sexta-feira, 31 de agosto de 2007

terça-feira, 21 de dezembro de 2004
"O que se desatou num só momento não cabe no infinito. É fuga e vento (Drummond)"

As pessoas passam anos a fio tentando dar um certo colorido para suas vidas. Um colorido de preferência porpurinado. São os momentos recheados de subjetividades, e aqueles pelos quais vale se viver uma vida inteirinha, inteirinha. Pequenas porções de ilusão como diria o grande e quase guru Cazuza. Na verdade, eu acho que esses momentos são os entorpecentes fora de sua matéria física. Nunca me droguei com drogas químicas, mas me entorpeço contantemente dessas drogas imaginárias; esses feitiçozionhos que enfeitam nossa vida. Ouso afirmar que, o efeito é o mesmo: euforia e bem estar no começo, depressão logo que acaba o barato. Sempre quis ter uma vida de grandes aventuras e isso já estava escrito no meu mapa astral: sagitariana, Mariana. Não queria ser normal. Sempre achei que, mesmo com valores fortes, o ideal seria quebrar a rotina e fazer as coisas que dão prazer. Minha criação foi mais ou menos assim: "tenha responsabilidade sempre, com vc e com os outros. E sendo assim, vc pode se divertir antes das obrigações, contanto q as cumpra. Faça o que vc quiser. Não se machuque, não machuque os outros e seja feliz". Tenho me machucado bastante nos ultimos tempos. Pode ser o crescimento, mas a verdade é que, não machucar os outros é uma coisa impossível também. A maior dor é, agora ser adulta e não saber o que fazer com tanta responsabilidade. Mas o que dói ainda mais é que eu sempre fui tão responsável, principalmente no que diz respeito aos outros, ao q o outro sente, que eu não suporto que me façam sofrer. O pior de tudo ainda é que ás vezes, as pessoas nem querem me fazer sofrer. É o tal lance: no início vc quer alguém a quem ame de paixão, depois alguém que vc simplesmente conviva bem até chegar ao ponto q vc PRECISA de alguém com o mesmo nível de sensibilidade que o seu. É muito difcil entender que as pessoas só oferecem aquilo que elas têm e muitas vezes vc pensa que elas podem dar mais que o q realmente possuem. Eu nem posso enumerar os momentos maravilhosos da minha vida. Mas é exatamente como eu disse: eles acabam e o que vem depois é terrível. É como estar dentro da carruagem da Cinderela e a mesma inesperadamante voltar a ser abóbora: vc cai de rabo no chão sem saber o que aconteceu. Vc chora e não entende nada. Sua bunda dói e ninguém pode te ajudar. "Quem nunca curtiu uma paixão, nunca vai ter nada não". Ok Toquinho e Vinicius, eu compreendo. Eu sou completamente apaixonada por tudo, tudo mesmo. É por isso que as coisas mais maravilhosas acontecem. Sei q sou muito reclamona, mas eu agradeço por isso, pq sou privilegiada. Eu só não aguento mais é o perfume que fica no ar, porque, pra mim, das coisas boas é só isso que fica. E as lembranças, paradoxalmente boas, me doem. Peço, que, em 2005, as coisas não mais virem vento. Eu preciso ser REALMENTE ser feliz (e antes que comparem aqui, por favor, não citem nunca a Martha Medeiros. A felicidade realista dela não me serve. Ainda não perdi a esperança de que a felicidade possa ter um pouco de purpurina sim). Pato Donald e a mais-valia No início de férias a Escola de Frankfurt não me deixa em paz. Num papo filosófico com o Walter, na conexão direta via net Campinas - Porto Alegre, estamos nesse momento discutindo a influência da industria cultural no pensamento da sociedade. Walter diz que o fato de Adorno afirmar que o Pato Donald induz à exploração é patético. Me lembrei então que eu sempre detestei o Pato Donald e a forma com a qual ele tratava os outros amiguinhos dos desenhos. Me lembrei também do episódio onde ele explora uma abelhinha, e produz mais-valia ás custas dela. Adorno pode bem não estar de todo certo, o alemão sabia como ser radical. Mas o fato dele apontar a influência da industria cultural na vida das pessoas é incontestável. O erro é apontar a industria cultural como causa de odo o mal, mas uma coisa é certa: o Pato Donald, se já era um filho da puta, agora é um filho da puta capitalista. Agora a discussão é sobre a modernidade, pós-modernidade e a recém descoberta hiper-modernidade (long, dong, silver) e o papel do indivíduo na sociedade atual. Vou parar de escrever, estou ficando louca.

Um comentário:

Marie disse...

11.01.2005 | Mari, só te digo uma coisa: a perseverança é virtude de poucos. Nunca desista de ser feliz, nem que você tenha que contar com minha ajuda para isso. Um 2005 especial para ti. Leo
Leo - leorostqz@yahoo.com.br | www.timewait.weblogger.com.br

02.01.2005 | Mari, sei como é duro buscar por uma coisa e dar com a cara na parede por diversas vezes. É muito difícil e às vezes parece que nunca nada vai dar certo. Mas olha só, tente ver isso como um aprendizado pelo qual vc tem que passar. Sei que é fácil falar, mas a vida é assim mesmo: cheia de coisas boas e ruins. Tente filtrar as coisas ruins e não se sinta mal pq as coisas boas ficaram para trás. E nunca desista de encontrar a sua felicidade. Um dia ela chega, com certeza!! Qto ao Donald, bom, eu nunca gostei dele, mas nunca tinha parado prá pensar nisso. Me lembro desse episódio das abelhinhas... Se pararmos para observar, em quase tudo há alguma coisa que remeta aos ideais capitalistas. Mas logo isso vai mudar. Não deix
Dru - noite_ensolarada@yahoo.com.br | http://www.fotolog.net/noite_ensolarada

30.12.2004 | Feliz Ano novo pra vc xuxu! Passa no meu flog depois. Bjos
Gleisi - gleisi@ebmnet.com.br | http://fotolog.net/gleisignr

24.12.2004 | Oi Mary O que eu queria te falar é exatamente oq esta nos dois coments anteriores, a vida tem altos e baixos...os baixos marcam mais normalmente e oq precisamos não é aumentar as coisas boas...é saber aceitar as ruins pois elas sempre vão acontecer. A vida é loka mary Pensar mais em você é muito importante pra 2005 não esqueça disso. Qto ao Donald eu desde criança adoro mesmo sabendo que ele é um filho da puta...adoro quando ele sacaneia os sobrinhos..haha Mary feliz natal grande bjo Beck
Beck - adriano_ads@hotmail.com | http://semblog

23.12.2004 | Linda, te adoro mto! Gostei do seu texto, mto, mas miga,acredita em mim, vamos criar forças pra certas coisas da vida, certos estudos da vda, faculdades da vida [eu anda vo começar, passar por mals bocados, mas momentos bons tb.. espero eu!], mas o q vale mesmo é a gente aproveitar o presente, pq o passado é passado e o futuro é incerto! Vamos escrever nossas próprias histórias, seguir os ideais, e viver, enfim, afinal, o q é a vida, senão sonho? E o Pato Donald é um mongo capitalista, haha. Nunca gostei dele. Miga, te adoro de montão, vc tá no meu coração! Te desejo um Natal maravilhoso [apesar de vc num gostar mto, afinal, Natal é um tanto quanto capitalista, né isso tb me deixa triste], e um maravilho
Camila - undefined | www.nobody-cares.blogger.com.br

22.12.2004 | Hmmm... por onde começar? Não sei direito o que anda se passando contigo. A vida é permeada por esses momentos ruins sim, mas quando a dor vier apenas sinta, não cultive. Passa como tudo. E momentos bons as vezes passam muito rápido e duram apenas por um instante. Tente guarda-los com doçura e não ficar triste pq eles se foram.Entendo que você está cansada, mas força! As coisas boas da vida acontecem pra nos dar força e não ao contrário, mesmo que sejam passageiras. Não são drogas pra entorpecer ou iludir nossos corações. Bom, quanto ao resto... uma vez eu li um texto dessa Martha Medeiros e achei uma merda.Puta troço chato. E quanto ao pato Donald, eu lí gibis da disney a infância
Thiago - |