quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

O Pagu é a uma história que não interessa a muita gente.
É a trajetória de quem adolesceu ao se tornar uma mulher adulta. As felicidades em meio tantos percalços. O morrer várias e várias vezes. A tal da pele que sai para vir uma nova.
Vai ver a vida é isso.

Lisboa

Estive viva, vinte e nove anos, sem você.
E o outro amor, que eu tanto tinha, agora se vê em concorrente perigo.
Suas luzes me encantam. Aliás, seu sol, que sendo único me faz, aliás, não fossem as partes de alma que me completam tão além desse mar, querer ficar.
O corpo até adormeceu.
Creio que tenha sido a ausência de força do organismo em gerir a mágoa ou a ausência daquilo que sempre me foi inerente. E sua foto, o seu olhar de sempre, me trouxe à tona o pedaço amputado de mim que não cicatriza.
O abismo que se fez e que se faz sempre quando almas feitas para estarem juntas, caprichosamente,s e separam.