quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

Eu hoje acordei e o dia era igual a ontem, que foi igual a anteontem. 
E tem sido assim desde que eu e perdi. Talvez eu já tenha nascido perdida de mim mesma e talvez eu nunca me ache. 
E também tenho percebido que minha capacidade de escrever e externar as coisas que sinto não é mais a mesma. 
Talvez eu esteja tolhida de alma. Talvez os acontecimentos tenham me tirado de mim, e eu vá ficando assim, toco de árvore. 

segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

Tenho a cabeça regada em pensamentos que me levam aonde finalmente sou eu mesma. 
Fecho os olhos. Gôndolas de Veneza. Luzes esquizofrênicas de uma casa noturna. Folhas de outono a voar pela rua. O passo é livre, o copo é cheio. Vou onde quero. 
E eu quero, como eu quero. 
É um universo de quereres. Todos eles também sou eu mesma, se misturando em uma profundidade que quando transbordada não tem medo, mas assusta. 
E então, sozinha novamente, fecho os olhos novamente. E então me misturo às gentis pessoas de Sarajevo ou estou deitada às margens do Tejo.