quinta-feira, 30 de agosto de 2007

segunda-feira, 19 de abril de 2004
Paradise City
"Take me down to the paradise city
Where the grass is green and girls are pretty I want, please, take me home!"
Guns n' Roses

Não que eu queira sentir as dores do mundo. Não, de forma alguma, cada um já tem suas tragédias pessoais, pequenas, grandes. É aquele lance, que o florzinha Veloso disse: "cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é". . Mas é que o mundo anda tão, tão louco e perdido que eu já nem sei mais o que pensar. De nada me adianta pensar apenas nas coisas que me estão próximas, como os problemas dos meus amigos (tão particulares mas ao mesmo tempo tão sérios). E de nada me adianta pensar apenas na minha solidão. Estamos TODOS sozinhos, estamos todos com a alma enferma. Tanta intolerância: a Rocinha tomada pelos policiais (sabe-se lá os horrores não divulgados que estão ocorrendo ali), Israel fazendo o caminho de volta do nazismo, a rupestre Condoleeza declarando mais guerra aos terroristas, o Brasil sem empregos e o PT de Jaguariúna, sempre tão burro. Meu primeiro post aqui no "pagu" falava justamente do fato de acreditar e de persistir na utopia, que só faz caminhar. E aproveitando a deixa, aproveito pra falar da reportagem que assisti no Fantástico, ontem (ás vezes a Globo traz coisas muito interessantes). Mostrou um sobrevivente de Auschwitz, numa reportagem muito bem feita e comovente. Eu e minha mãe, depois ficamos pensando como uma pessoa pode suportar aos dores da lembrança. Acabamos concordando, que o que fez esse e outros sobreviventes persistirem, era a utopia da vida. Não quero ficar alheia aos problemas que me rodeiam, de forma nenhuma, nem me fixar em problemas gerais afim de sufocar pos meus e enganar a minha realidade (prática muito comum entre as pessoas, que fogem de si mesmos, tentando solucionar os problemas macrossociológicos, acabando mais vez mais perdidos dentro da sua identidade e tornando-se pessoas cada vez mais vazias). Mas a verdade é que vendo tanta coisa por resolver, eu queria mesmo me levassem para o paraíso, onde a grama é verde, os garotos são bonitos. Acho que todos nós, por vezes, não nos sentimos desse mundo, e eu, nesse momento, também gostaria de ir pra casa. AntasMas eu sou uma moça de muita, muita sorte mesmo. Eu, que malhei o seu Laymerda aqui no blog, agora dependo de uma assinatura dele pra validar minha inscrição à Bolsa da FAPESP. Isso porque a "marianta" aqui esqueceu de pegar a assinatura do Chefe de Depto. de Sociologia ao enviar o projeto. Hoje chegou um envelopão aqui em casa da FAPESP: era minha inscrição, que retornava. Rrrrrrrrrrrrr. E quem é o chefe do Depto. de Sociologia? Quem? Quem? O Sir. Laymert dos Santos. Que bem afortunada sou! Não, isso porque enviei um email pela tarde à secretária do departamento, perguntando se poderia ir até lá amanhã coletar a assinatura. Adivinhem se ela respondeu. Não. Não respondeu. Ora, ela devia estar muito ocupada lá, debatendo "quem matou LIneu Vasconcelos", ou trocando receita de recheio de sonho com a secretária do Depto. de Antropologia. Pqp...

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