sábado, 4 de abril de 2009

Há tempos não escrevo.
Falta de tempo. Covardia, pois escrever é um ato de coragem.
Correria. Escrever é pausa, é momento ímpar.
Escrevo para você. Por quê? Estava escutando uma música dos Beatles aqui e me lembrei de você. Embora a canção que mais me faz lembrar de você seja outra (I never dreamed, Lynyrd Skyrnyd), os quatro rapazes de Liverpool estão na parede do seu quarto, na camiseta que você veste e na forma de você encarar a vida. Impossível não ter um pouco de você em cada canção.
Lembrei de momentos que não deveriam ser nostálgicos porque tenho a sorte de ter-te comigo hoje, e quero ter sempre. Mas é bom recordar para jamais perder o sentimento de encanto do quanto é bom ter teu abraço no final da sexta-feira, ou como é bom mostrar o dedo do meio para os desgraçados motoristas da Anhanguera. De como é bom ficar falando besteira com você nas tardes de domingo, dos casulos da preguiça, da soneca de quarta-feira e das diversas versões que fazemos para o papel que vem na bandeja do Mac Donald's. "Amo muito dar a (sua) bunda" é a minha predileta.
E recordo que, dentre todas as minhas correrias, é você que está por trás segurando o pano de fundo. Terapia, congressos. 4h30 da madrugada e nós encontrando o José Genuíno no aeroporto. E nem o sono impediu que pensássemos: confiei nesse filho da puta!
Você diz: você é poderosa. Mas quem é parte da base disso tudo, heim?
Me lembro então que jamais, jamais, quero pensar em sequer não te ter por perto. Porque é mais que meu amor. De tão grande, já não sei nem nomear.