domingo, 16 de maio de 2004
Maioridade, dúvidas, paixão e solidão na noite de sábado: algumas considerações sobre o estado emocional de uma campineira nessa noite fria

Emocionada. Porque eu vejo que a vida não é só trabalhar, estudar, contar dinheiro, pagar as contas, aumentar o CR. Vida louca, vida breve. Já que eu não posso te levar, peço que vc me leve. É mais ou menos por aí. A vida é olhar para pessoas que conhecemos e ver como elas são maravilhosas ou como elas nos decepcionam. Pesar prós e contras e crescer com isso. É chorar por que aquela pessoa que amamos não nos corresponde, é chorar porque não temos capacidade de corresponder o sentimento de alguém que nos ama e chorar porque não encontramos alguém para amar, ou amar quem não quer ser amado. É ouvir o desconforto de um amigo e se sentir desconfortável também: se sentir pior ainda por não poder ajudar. É conhecer gente nova e se encantar. É descobrir que você pensava que era marxista, comunista, petista e agora a única coisa que se quer é que ninguém consiga adulterar a sua crença em Marx, porque todo o resto ruiu na sua frente. Sendo assim, a vida é um caldeirão de emoções, que se resume em amor e liberdade. Mal - Estar. Falando em Marx, marxismo, comunismo e petismo, eu só posso pensar no mal-estar em que todos nós nos encontramos. Não sabemos em que acreditar, e aí nos vem a dor da descrença em nós mesmos: se tudo o que somos vem de outras fontes e essas são sempre postas em prova, como podemos ter certeza do que realmente somos? Um cientista social é feito basicamente de teoria, e para criar uma nova teoria, precisa-se se basear em muitas coisas já escritas... E uma aluna na aula de política disse: "nós, cientistas sociais, sabemos tudo e não sabemos nada. E o que eu vejo, é que todos nos olham, sabendo que não sabemos nada". Podemos conviver com a descrença em nós mesmos, mas não podemos conviver com a descrença que depositam na gente. Viramos zumbis caso desacreditados. Se nos especializamos, viramos burros por fecharmos as portas para o resto do conhecimento que a ciência provém. Sinceramente? Às vezes eu queria que o mundo acabasse em um CD dos Stones e em um prato de brigadeiro, e muito, muito beijo na boca. Seria muito mais simples. Poderia versar interminávelmente sobre a ambivalência do mundo moderno, mas a idéia é não fazer um texto chato. Desejo Um prato de brigadeiro, Stones e beijo na boca, pra começar. Terminando, eu retomo o começo: quero minha família feliz, meus cachorros correndo, gordinhos e felizes, meus amigos perto de mim e as crianças com saúde. Conhecer pessoas, se encantar e desencantar, e ter alguém pra ser fiel. Botar "American Woman", "Rocket Queen", "Mr. Jones and Me", "Último Romântico", I Think About You", "Seduzir" e "Miss You" até rachar os ouvidos dos vizinhos. Ver que a escolha pelas Ciências Sociais só me trará alegrias, e ter certeza de que foi a certa. Parar de me decepcionar comigo mesma e ver um futuro brilhante. Vejo que tudo é possivel, com execessão das Ciências Sociais: caminho difícil, mas ora, me deixem sonhar, afinal, até os socialistas já foram utópicos. Alguns são até hoje, rs. Ui, como eu sou cult (como diria o Walter) A semana em que Lula deu um exemplo de diplomacia e preparo (sic) foi de roteiro cultural para mim. Começou com "O Triunfo da Vontade", de Leni Riefenstahl. É incrível ver como o nazismo hipnotizava as pessoas e ver os artifícios que os artistas que tinham a proteção de Hitler dispunham. Escreverei sobre o nazismo e essa bateria de filmes que tenho assistido quando me sentir mais capaz, hehe. Depois, veio "Solaris, de Tarkovski. Divino, definitivamente, os russos colocam o coração na arte, e vai ver que é por isso que são infinitamente melhores que qualquer norte-americano, quando o assunto é cinema. Se bem que hoje, assiti um filme brilhante, "O Grande Lebowsky". A personagem princial, é um ser incompreendido - assim como eu - por ODIAR Eagles. É tão bom que depois eu vou dar uma olhada pra ver de quem é o filme, porque é bom demais, comédia inteligente, ótimo tempero para o final de sábado. Mas o melhor de tudo foi "O Estudante de Praga", cinema expressionista alemão, 1912, com Paul Wegener: misticismo e terror a la Goethe com um final supreendente. Definitivamente, heim. Ui, como eu sou cult. Carga Pesada "Eu quero ver o caboclo enfrentar mais de 10 horas sem dormir, dirigindo e depois sair correndo pra zona". Depoimento de um caminhoneiro, no Correio Popular de Campinas, sobre a má imagem que o seriado "Carga Pesada" constrói acerca do caminhoneiro. Nossa Senhora de Fátima Pop Star E numa conversa com Dru... Drusilla (16:10 PM) Tava mudando de canal, aí qdo parou no sbt, tava passando aquele programa da sonia abrão (acho q ainda é dela...), e tinha uma daquelas legendas na tela q dizia o seguinte: "já já, nossa senhora de fátima aqui no palco