segunda-feira, 18 de outubro de 2004
Confeitaria

Quando tomar a atitude certa? Quando decidir pelo sim? Na verdade o universo humano é muito confuso mesmo. Demais. Quando achamos que podemos confiar em uma pessoa, o acontecimento é tão, tão raro que a gente acha que, enfim, acertou. Ainda mais quando vc conhece a pessoa há tempos e espera que já tenha visto de tudo na vida. Eis que a vida te supreende novamente. Acontecimentos inusitados, estranhos e sem sentido acontecem e vc se vê sem saída. Em quem confiar? Descobri nesse final de semana que nem em mim mesma eu posso confiar. Eu me traí. E tenho certeza que vou me trair várias e várias vezes, porque costumo andar direito com os meus semelhantes e espero que façam o mesmo. Paulo me disse uma coisa que quase me fez ligar pra ele e pagar um interurbano para Canoas, RS: "as vezes as pessoas não tem o mesmo nível de sensibilidade que vc e acabam agindo com atitudes que te magoam sem que elas percebam". O que fazer? Nos tornarmos hostis? Desacreditar na verdade do mundo? Desacreditar as pessoas, a bondade e o caráter? Proferir palavras de derrota e prever como Nostradamus coisas terríveis acerca do destino que não pode ser melhor pq o mundo está perdido? Impotência dói. Saudade dói. Mas decepção não fica atrás. E sinceramente, eu não aguento mais me decepcionar com as pessoas. Estado terminal Não gastem dinheiro assistindo "O Terminal". Inferno na Terra (roubando a expressão do Walter) de filme. Cansativo, meloso e sem conteúdo. Ainda bem que sou estudante e paguei meia. Agora sim Em decorrência da sessão confeitaria de sábado assiti mais um filme: "O Homem do Ano". Esse sim vale a pena. Crítica social na versão truculenta de um filme que consegue mostrar a essência humana. A simpatia que sentimos pelo matador é chave para entender quão sensível é o filme. Cinema nacional da melhor qualidade. Obrigada Obrigado Por ter se mandado Ter me acordado pra realidade Das pessoas que eu já nem lembrava Pareciam todas ter a tua cara . (Cazuza)