domingo, 30 de dezembro de 2007

Transbordo. Essa palavra é a que uso para começar esse texto. A gente sempre tem que começar de algum lugar, e agora siginifica que estou transbordando. De contentação e com medo de que ela se vá.


Não é sólido e não é líquido. É um tipo de pozinho translúcido que sobe pelo estômago, passando pelo peito e se instalado na visão, que projeta aqui, internamente, a figura de quem eu amo.


Se pudesse, não abriria mais os olhos, só para continuar vendo (sentindo?).


E assim estaremos juntos na noite de Ano Novo e em todos os outros dias em que estivermos separados pelos 75km.


Te amo. Te sinto.



Pra terminar bem brega, posto aqui a música que eu mais toquei para o meu amor nesse 2007. Todos os créditos para o Guitar Hero. E por coincidência, a raxa se chama Marianne!


Boston - More Than A Feeling (1976)

Kerry Livgren
I looked out this morning and the sun was gone
Turned on some music to start my day
I lost myself in a familiar song
I closed my eyes and I slipped away
It's more than a feeling, when I hear that old song
they used to
play (more than a feeling)
I begin dreaming (more than a feeling)
'till I see Marianne walk away
I see my Marianne walkin' away
So many people have come and gone
Their faces fade as the years go by
Yet I still recall as I wander on
as clear as the sun in the summer sky
It's more than a feeling, when I hear that old song
they used to
play (more than a feeling)
I begin dreaming (more than a feeling)
'till I see Marianne walk away
I see my Marianne walkin' away
When I'm tired and thinking cold
I hide in my music, forget the day
and dream of a girl I used to know
I closed my eyes and she slipped away
She slipped awa y. She slipped away.
It's more than a feeling, when I hear that old song
they used to
play (more than a feeling)
I begin dreaming (more than a feeling)
'till I see Marianne walk away
I see my Marianne walkin' away







sexta-feira, 28 de dezembro de 2007

No sábado de manhã escutei a música que segue.
Chorei que nem criança. Na verdade eu voltei a uma cidade do interior de São Paulo, chamada Itapira, onde passei a primeira infância. Meu pai era propagandista de uma fábrica de tintas e corria São Paulo dando cursos de aplicação de produtos.
Eu via pouco meu pai.
Quando ele chegava, no toca fitas (nem cheiro de CD naquela época...), estava sempre Toquinho e Vinícius, Creedence, Mercedez Soza e Elis Regina. E "as asas da Pan Air" me levavam para os lugares mais lindos e doces quando meu pai estava de volta e íamos passear na praça da árvore, mamãe, eu, papai e Bibi, que era um neném e só dormia andando de carro...

O que eu desejo?
Que em 2008 sintamos novamente tudo aquilo de mais especial. A magia do sorriso do irmão menor, o cheiro de dama da noite quando nos balançávamos nos parquinhos, a alegria da volta de alguém querido, enfim. Tudo aquilo que nos completa a essência.

Obrigada por fazerem parte do meu 2007,

Mariana Lima Marques
27.12.2007

Conversando no Bar - Fernando Brant e Milton Nascimento

Lá vinha o bonde no sobe e desce ladeira
E o motorneiro parava a orquestra um minuto
Para me contar casos da campanha da Itália
E de um tiro que ele não levou, levei um susto imenso
Nas asas da Pan Air
Descobri que as coisas mudam e que o mundo é pequeno
Nas asas da Pan Air
E lá vai menino xingando padre e pedra
E lá vai menino lambendo podre delícia
E lá vai menino senhor de todo fruto
Sem nenhum pecado, sem pavor
O medo em minha vida nasceu muito depois
Descobri que a minha arma é o que a memória guarda
Dos tempos da Pan Air
Nada existe que não se esqueça, alguém insiste e fala ao coração
Tudo de triste existe que não se esquece, alguém insiste e fere o coração
Nada de novo existe neste planeta que não se fale aqui na mesa de bar
E aquela briga e aquela fome de bola
E aquele tango e aquela dama da noite
E aquela mancha e a fala oculta
Que no fundo do quintal morreu, morri a cada dia dos dias que vivi
Cerveja que tomo hoje é apenas em memória dos tempos da Pan Air
A primeira Coca-Cola foi, me lembro bem agora, nas asas da Pan Air
A maior das maravilhas foi voando sobre o mundo nas asas da Pan Air
Em volta dessa mesa velhos e moços lembrando o que já foi
Em volta dessa mesa existem outras falando tão igual
Em volta dessas mesas existe a rua vivendo o seu normal
Em volta dessa rua uma cidade sonhando seus metais
Em volta da cidade...

quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

domingo, 2 de dezembro de 2007

30-5=25

Esse ano começou com alguns balanços. E os primeiros foram químicos. Aprendi que dar 40 aulas semanais deixa doente e acaba com o psicológico da gente mas aprendi também que eu simplesmente não consigo ficar sem as crianças. E se elas são pequenas, como agora, o mundo fica ainda mais completo.

Aprendi que depois do balanço químico eu me tornei uma pessoa melhor dentro de casa. Menos nervosa e mais tolerante. E agora aproveito melhor as pessoas que eu mais amo.
Aprendi que existem amigos pra toda a vida. Que tem aqueles que em 2007 vc não viu, mas que continuam sendo seus amigos. Que você encontra um amigo no busão e fica a viagem toda abraçada com ele, por puro sentimento de saudade, de querer ficar perto, pq oq vc sente é amor. E isso independe do tempo, e da distância.
Aprendi que bater boca não leva a nada e que é melhor concordar com tudo, sempre discordando internamente. É um processo de análise das pessoas, e de como elas podem ser medíocres de vez em quando.

Esse ano fui madrinha de casamento. Esse ano, fui pela primeira vez a um casamento. E uma outra grande pessoa também foi madrinha desse mesmo casamento. E estávamos lá, compartilhando esse momento.

Esse ano ganhei uma sobrinha. Ainda não conheço a Esther, mas filha do Marcão só pode ser minha sobrinha. E ela tem olhinhos claros, mas é a cara do Marcão. Uma florzinha.

Descobri que sou tia de todos meus aluninhos de 5-10 anos. Fico brava, eles me irritam, mas como gosto de receber o beijinho no final da aula.

Esse ano publiquei meu primeiro artigo. E apresentei também. E gostaram. E eu fiquei mais confiante.

Esse ano comemorei, como há muito não comemorava, um ano de namoro. Um ano e... 5 meses de namoro. Companheirismo, boas, boas risadas, milhões de beijinhos e autenticidade.

Foi nesse ano que entrei no mestrado. E foi então que eu decobri que eu não sei porra nenhuma mesmo.

No começo desse ano o Défi se foi pra sempre da minha vida. Perdi meu melhor amigo n. 2. mas no começo do ano eu estive com Bianca. E a gente daçou muito U2, depois de eu ser barrada na entrada do lugar por ter menos de 18 anos (sic).E esse ano não fui pro Rio ver meu amigo Renato. Muita, mas muita saudade mesmo.

Nesse ano meu vagaluminho ficou adulto de fato. Decisões de adulto, ingresso na faculdade. Minha mãe está quase ingressando na faculdade tb. E meu pai tem lindos fios brancos que fazem dele um véio bonito da porra!

Esse ano eu senti de novo o que é o maior significado da saudade. Sinto até agora o sentimento da busca que não cessa. Cada passeio de carro é o querer saber pra onde a nossa Maia se foi. E
como eu queria ela de volta.

Esse ano eu chorei por não poder mais cnfiar na minha crença petista. E vi que tudo muda, mas ainda mantenho a esperança. Talvez seja brasileira, e por isso, não desisto nunca.

Esse ano um ser loirinho se foi para os EUA. E amizade que é amizade, continua mesmo além-México.

Esse ano chegou em casa um ser pretinho. Gordinho. Orelhudo. Que dá a baíga! Que dorme nas camas e acorda a família pra não ficar sozinha.

Esse ano parei de dar peteleco e apertar as coxinhas gostosas do Max. Respeito a um velho senhor.

Ganhei um amigo! Ah, como eu sinto saudade daquela almofada que se chama Antonio...

Esse ano escutei pela primeira vez "quero ficar a minha vida toda com vc. Fazer pizza e ficar velhinho". E eu quis também.

Joguei boliche pela primeira vez. E ganhei!

Amanhã faço 25 anos. me sinto velha, sim. Reclamo, verdade. Mas ainda tenho meu vestidinho azul.

domingo, 25 de novembro de 2007

Qual é a cor do amor?

Abri o livro com todas as poesias do Cazuza que você me deu. Procurava a letra de uma música chamada Só se for a dois pra postar aqui, embaixo da foto. Pensei porque não eu escrever. Exercício não muito praticado nesses últimos tempos. Falta de tempo, não de vontade que se renova no refresco já sentido na quarta-feira. Ora, quarta-feira é o meio.


E pensei também que a pós-graduação me acham Amélia. Acredito no amor. Hippie seria menos pejorativo. Mas eu também não acho as pessoas tão boas assim. Não que o mundo não importe, importa sim. Dançar, falar besteira, mesmo que o tema depois dos 23 seja sexo sexo e sexo, é bem divertido. Encher a cara e socializar. Ótimo. Eu gosto de vez em quando.

O que pensam ser amelice eu considero verdade, pois como diria o poeta, tudo o que tem por aí é tão, mas tão egoísta, não?O conforto de verdade só vem quando estou com meus pais, minha irmã, meus cachorros, os verdadeiros amigos e se realiza sempre que eu estou com você.

As possibilidades de felicidade

São egoístas, meu amor

Viver a liberdade, amar de verdade

Só se for a dois

(Só a dois)

(Cazuza)

terça-feira, 30 de outubro de 2007





Ali pelas 9hs, acordo. Ligo o computador, abro os e-mails, mando um alô pra Gilda, confiro se o Rê tá on line e verifico de a Mie está bem lá nos States. Às vezes tem um scrap do Renato do Rio, que eu respondo. Agora ele é marxista. Tomo meu remédio, pego a Picchi no colo, beijo minha mãe e minha irmã, tomo café, arrumo meu quarto e vou conferindo os e-mails que vão chegando. Nunca nada importante.


É tudo tão normal, se não fossem os sentimentos que rodeiam tudo isso. Preocupação com a pesquisa, amor, saudade, fofura, felicidade, medo, perseverança e vontade. Tudo isso antes e durante o café da manhã.


Outro dia encostei a cabeça no onibus e fui, quase dormindo, escutando um sambinha. E aí eu pensei no quanto a gente discute e se irrita com as pessoas mais próximas. Quando ouvi João Nogueira eu não pude de pensar que nada seria igual sem essas presenças irritantes. Tudo que irrita é porque toca. E se toca, é porque importa.


A maior parte do tempo me vejo num mau humor inexplicável. É o cansaço do corpo, é a moleza do calor e os compromissos de todos os dias. Sábado quando o Re chegou eu estava num desses estados Gremilin aí. Quando eu saí do banho e a gente se viu, ele me deu um beij tão gostoso que revigorou, naquele momento, toda e qualquer vontade de que tudo, a partir dali, fosse tão bom quanto.


Hoje acordei com sentimento especial. Acordei com saudade. Saudade das minhas idas de pijama até a casa da Mie e de todas as vezes que eu morri de vergonha quando a irmã dela aparecia na sala e eu tava lá de calça de bolinhas e blusa listrada e chinelo havaiana cor-de-rosa. Saudade das piadas sobre a calabresa do Marchesini. Do Calipso dançado freneticamente no estacionamento do restaurante. De todas as vezes que a gente jurou em jogar merda no feudo. E também com as promessas de jogar sabão em pó na fonte. Em todas as vezes que juramos vingança, no maior estilo Scarlett O'Hara. De todas as vezes que eu parava com o carro no portão da casa dela e a gente ainda ficava quase uma hora dentro do carro, confabulando. Da maionese roubada. Acordei com saudade, enfim, de um todo formado por três.




domingo, 7 de outubro de 2007

Já postei hoje, eu sei.
Mas estava aqui pensando nas grandes merdas que eu faço, nas que fazem e nas que ainda vou fazer e a tristeza que corrói é a de que, no fim das contas, o psicólogo é um cara pago pra gente ter na vida alguém que não desistiu da gente.
... é pra essa gente achar o que perdeu ...
Maria Valéria, O Retrato (Érico Veríssimo)

Como é difícil terminar o que se começa. Ou simplesmente dar continuidade... Pra mim, esse é o maior dos sacrifícios. E até conhecer o Rê, eu acho que eu era assim com relacionamentos. Eu comemorava um mês completo com aquela hipocrisia sagitariana de um conformismo que não me cabe. Nunca me coube.
Às vezes me pegava pensando também até que ponto eu poderia ser fiel. Sim, porque eu tenho uma liberdade dentro de mim que não entra em acordo com o único. Eu preciso me sentir solta pra poder viver. Porque estar atada a algo é como não realização. Ter que ir aos lugares e ter que estar com pessoas durante um determinado tempo era uma verdadeira marcha fúnebre. Disso acho que me sinto libertada. Afinal, amor (de verdade), é liberdade.

Outra coisa: penso que todo, mas todo esse processo desgraçado do ano de 2007 tem a ver com um processo de nascimento. Não digo renascimento pois acho mesmo que as pessoas demoram um bom tempo ainda pra se sentirem finalmente desamarradas e independentes. As idas à terapia constituem um processo doloroso, mas que me fazem nascer.

Terminei de ler O Tempo e o Vento. Mais de 2000 páginas. Quase 4 meses para a releitura. E uma crise de choro inexplicáveel ao terminar.
Não tinha lido O Arquipélago quando dei por conta que estava doendo e eu estava nascendo. E tamanho foi meu espanto em sentir o personagem de Floriano Cambará. O escritor Floriano Cambará. Não tinha lido O Arquipélago quando quis ser escritora'e tinha 8 anos. E de certa forma, sou. Socióloga é o nome que me dão, mas eu gosto tanto de escrevver que acho que sou mesmo é escritora. E Floriano descreve um nascimento parecido com o meu, agora. Vai ver, o choro desmedido e sem razão tenha sido o mesmo do nascimento. Ou repúdio natural à situação tão a mim estranha: terminar algo.
Pode ser também uma tomada de consciência do meu sentimento de liberdade... E de chorar coisas que senti e não exteriorizei. E que Floriano me jogou na cara nas linhas tão bem escritas pelo meu amado gaúcho que é Érico Veríssimo.
Penso que o que dói mais é a compreensão que a vida adulta confere. A maturidade leva à renúncias tão doloridas quanto necessárias. A renúncia da madura Sílvia no momento representou ao mesmo tempo todas aquelas que já fiz, que doeram, mas que cicatrizaram, pois não há outro jeito. O que dói também são as aceitações... E o medo do que ainda teremos que aceitar e compreender. E compreender que a salvação dela é a mesma que imagino pra mim, traduz que nada acontece por acaso.

quarta-feira, 12 de setembro de 2007


Inconscientemente, eu me tranco nesse quarto. É estranho, mas é seguro. É egoísta, mas é confortável. Se eu quiser dormir eu durmo, se eu quiser ler eu leio.
Eu. Eu. Eu.
Tem me incomodado as sessões de terapia. Só existe um eu que na verdade já está enchendo o saco. É um festival de auto-piedade que no fundo, serve de acarinhamento de si prórprio. Minha psicóloga faltou semana retrasada por estar com sinusite e eu, no meu estado mais EU, esqueci de perguntar se ela estava melhor. Já falei pra ela que me deprime mais ainda ter que ficar falando só de mim, como se só eu existisse no mundo. Odeio pessoas que não enxergam nada além de seus problemas, desafetos e desamores mas é exatamente assim que eu me sinto quando estou lá sentada. Às vezes tenho vontade de falar: boceje, é chato mesmo. Você não me conhece, mas é paga pra me ajudar a desvendar um labirinto interno que se eu não sei a saída, quem é que vai saber? Intercalo meus problemas fazendo perguntas sobre a vida dela. Acho mais justo e menos sangue-suga.
Meus problemas, como só existissem eles. Noção de indivíduo, maldita pós-modernidade.
A tirinha é de um amigo do João, psicólogo. Manda muito bem e o blog dele é http://www.moscascomics.blogspot.com/ . Visitem!

terça-feira, 4 de setembro de 2007

Ursinho Internacional

E eu sou babona mesmo. Nem disfarço.

Segue o link com a biografia do Rê, que é parte integrante de um piloto de TV nos EUA. Os desenhos dele estão lá!

http://www.mildmanneredtv.com/Crew.html

E essa é a galeria!
http://klaatu81.deviantart.com/gallery/.


!!!!!!!

sábado, 1 de setembro de 2007


Sábado, 01 de setembro de 2007



Durante a adolescência, é muito comum termos um diário, onde os meninos da escola e suas patifarias para com a nossa pessoa são as grandes vedetes de uma história banhada de lágrimas e exagero, que a gente só vem achar ridículo uns 20 anos mais tarde, porque sim, vocês sabem, orgulho ferido e diamantes são eternos. Eu mesma demorei dois séculos pra esquecer figuras que hoje eu nem reconhecia na rua, porque devem estar feios e gordos, longe daquela graça que esbanjavam no alto de seus 10 anos de idade.

(Pra quem escrevem aqueles que estão apaixonados?)

Hoje eu quero fazer uma reflexão. E agradecer todos os pelancas que passaram pela minha vida, de coração aberto. Pois, sabemos também, que se um dia gostamos desses caras, é porque uma coisa nos encantou. Só que essa coisa foi ficando pequena diante de todos aqueles defeitos ridículos, tais como se achar o tal, ou olhar pra bunda das gordas que andam empinadinhas nas Titans da vida, ou destratar um garçon, se referir a filme pornô como "filme de foda", ou te pedir em casamento ao mesmo tempo que mantém uma namoradinha adolescente que tem foto de coelhinha no Orkut (patético).

(Eu sei. Para aquele que o sorriso preenche todo um vazio, que faz andar os pés e caminhar a esperança, renovar a vontade).

Porque, se eu gostei (e eu sempre me deixei gostar muito das pessoas, acho incrível a peculiaridade de suas qualidades e fico fudida com o download recessivo de caráter que algumas tem). Eu sempre gostei também de ver a cara de encanto delas quando gostavam de alguma coisa em mim, e como se fincava um estilete no meu orgulho cada vez que essas pessoas avançam a lanterna perspicaz para meus piores defeitos. Uma pessoa que saca seu campo, descobrindo um defeito ou uma faha só pode ser brilhante! Acho que sou uma anti social que admira as pessoas (sim, gostar é uma palavra muito forte).

(A inspiração vem da saudade que já está aqui, e da força motriz que é a espera do reencontro no final da semana).

Em suma, o que quero dizer com essa bla bla bla patético- nostálgico (sic)? Um simples eu te amo às vezes vira nada perto de um eu te amo que é cabeça, pernas, cada fio de cabelo, poro, coração. Acho que a melhor expressão vem a ser: eu te sinto. Porque quando não se pode estar junto o que fica é cheiro, risadas daquilo que foi dito e feito, fechar dos olhos, saber que apesar de 50km, a gente está junto.

(Eu te sinto).
domingo, 22 de julho de 2007
Alta cumplicidade



Quando era menor e mais pura, eu conseguia escrever poemas. São eles que expõem de forma implícita os intensos momentos da vida, sem dar detalhes nem contar o porquê.Contar tudo tudo é banalizar, mas como contar agora?
Continuo gostando de escrever, porém, meu texto em prosa eu já nem sei se é conto, crônica, texto corrido, conjunto de tópicos um tipo de bossa que deve mesmo se enquadrar na nova categoria = post. Deve ser.
A intenção é de poema, pois só um poema explicaria pelo caráter de adjetivo que a palavra tem. Mas vai do jeito que eu sei fazer.
A gente não sabe nada. Mas o que cala fundo fundo, a gente sabe e conhece muito bem. Como classificar momentos únicos, encontros felizes e preenchimento desse espaço que alguns chamam de sina, longa estrada, mas que eu gosto mesmo é de chamar de vida.
Enfim, se a gente for pensar que essa de classificação é uma bobagem iluminista, a gente passa apenas a sentir. O quanto é bom pensar que de fato não se esconde nada, pq quando se é, esse verbo que não exige complemento, apenas é. Porque aquilo que existe (é) é suficiente. E isso a gente não sabe, a gente só sente. É o cheiro, é o toque, é o gosto. É estar em casa, é o sono tranquilo. É plenitude, é toque no fim da noite. É não se enjoar. (Ou alguém se enjoa do doce predileto, do cheiro da fruta que mais gosta, ou de ler uma carta carinhosa?)
É querer sempre, é ter saudade antes mesmo de sentí-la. É o sorriso que sempre me espera. É o apertar das pálpebras, mergulhar num filme fresco onde só existe carinho, cumplicidade, amor, vontade de estar junto, muita admiração e a vista do outro lá na frente. É o único lugar onde eu quero estar.
domingo, 15 de julho de 2007

Essa noite eu sonhei que estava sem amigos. Eles passavam por mim e não me reconheciam. Outros diziam que eu não estava agindo bem ultimamente, e por isso se afastaram. Não sei ao certo o que isso quer dizer, talvez seja só solidificação de medo, eu só sei é que isso acabou servindo pra eu pensar, em cada um dos meus amigos de verdade, e ver o quanto é fácil se não formos atentos ou carinhosos, seja lá qual for a palavra, esquecer, se desvincular ou não mais reconhecer as pessoas. Tava olhando as fotos no meu album do orkut, onde tem tanta gente querida e não adianta, acabo sempre pensando na vida dessa gente q me faz tanta e tanta falta. É o casal de amigos que se conheceram na Unicamp, começaram a ficar no dia do seu aniversário e agora estão trabalhando juntos na mesma Unicamp. Viva o funcionalismo público que junta os casais! Minha amiga de tantos, tantos anos, que senta no sofá de casa 18 anos depois´e é simplesmente a mesma menina de 1991. Minhas amiga que jamais ia casar, mas que foi a primeira da turma a ter um bebê e da qual, no último dia 07/07, fui madrinha de casamento em Vinhedo - SP. Nunca tinha ido a um casamento antes. São minhas amigas mestrandas, que foram pra longe de mim, mas q estão sempre tão perto. É o meu amado amigo carioca que trocou a Engenharia pelo Direito com a maior coragem do mundo, e que é amado tanto! . É minha amiga artista que vê borboletas no caminho. É amigo se metendo com mulher casada, é gente trocando de profissão. É amiga se resolvendo e indo embora para os States, com a promessa de contrabando. É amiga que sai com o chefe e se apaixona, é amigo que foge de casa, é (são) amigo (os) (as) que te decepciona (m) e vai (ão) embora como se você não tivesse existido. É o amigo que foi pai dia 25 de junho e te faz repensar toda a sua vida, inclusive a presença dele na sua roda viva. E eu quero continuar sabendo de tudo, para reconhecer. Não quero me perder de ninguém. Essa semana fiquei tão deprimida por causa do meu rosto, todo empelotada por uma alergia misteriosa. E acho que é justamente porque gosto do meu rosto. Porque nele reconheço minha família, minha história, o nariz dos Lima, o cabelo dos Marques, e por aí vai. Não perder, não me perder
quarta-feira, 2 de maio de 2007



Fazia tempo que não me vinha esse tipo de inspiração. E eu, que me recuso pensar que algo possa cair na rotina. Mas não pode, porque não há nenhuma vantagem em ser teimosa se não for pra tentar fazer cada dia diferente. Nem que isso gere esforços tremendos, de rir quando você quer chorar, de brincar quando você quer esmurrar, de comer quando você não pode pensar em nada caindo no seu estômago, de sair pra procurar o que ninguém vai te convencer de que você não vai achar. E isso, é evidente, eu aprendo dia-a-dia com a minha mãe, porque é o que ela faz desde que eu me entendo por gente. Lembro de meu avô doente no hospital, nós acabados de tristeza em casa, mas sem deixar a peteca cair. Toda noite, antes de dormir, sentávamos na cama e dávamos altas gargalhadas de nós mesmos. Eu, dona Iza, papai e Bibi. Cada um com a sua dor, mas sabendo que com ela, não dava pra continuar, e que pra manter aquele que você ama de pé, é preciso fazer isso. E pra isso, quanta coragem. Então, eu posso dizer que minha mãe me ensinou, entre tudo de tão embasador, a ter coragem. Acho que não se precisa mais que isso pra viver não.
Mas também não é fácil ter coragem. Ainda mais nos dias de hoje, que tudo vem e vai tão fácil, e onde o fundamental e o supérfluo se misturam numa dança que a gente se confunde. Existem tantos caminhos mais fáceis.
Não para os teimosos. A gente tenta até o fim. Outra coisa que eu aprendi com a minha mãe: ir até o fim. Uma amiga minha, a Júlia, disse ouro dia "eu sou uma burra, pq o lema de Júlia é tentar até o fim". Dona Iza até me irrita, porque pra ela não existe final. Às vezes pra você já deu e ela ainda quer ir mais além. Pra ela tudo tem jeito, e ela dá um jeito mesmo. Ela veste a camisa e não larga a torcida nem embaixo de pancada. Quando era pequena, eu costumava cantar os doces versos de Carcará: Podem me bater, podem me ofender... Podem até me deixar sem comer... Que eu não vou mudar de opinião . Ela dizia que essa era meu tema, mas pensando bem não é só o meu não.
Rir, rir e rir. De verdade, perder o fôlego, ficar com coceira no corpo e lágrima nos olhos. Passar por cima das coisas e segurar o que é importante e o que vale a pena. Porque na verdade é o que realmente importa que fica: o amor, o carinho, a vontade de estar junto, as palavras que não faltam, o abraço sincero, a cumplicidade, o sorriso quando se acorda, os momentos bizarros que se enfrentados juntos, viram uma festa! E se tem isso, já não falta nada. A gente enfrenta o resto: falta de dinheiro, caras de merda, descrença alheia, futuro indefinido, amigos falsos e gente sem alma não são nada perto do que se tem. E eu tenho!
segunda-feira, 16 de abril de 2007

São 20h10. Acho incrível a capacidade dos minutos não serem nada quando a gente se sente vazio. É como se eles passassem sem nenhum efeito colateral ou não. Os minutos que passam em vão, que nada resolvem, em que nada se produz nada mais são que esse nada que se tornam em tempo. Tempo, perdido. O nada se enche do que então se perdeu. Acho que repentinamente, eu me enchi de perder. Foram tantas coisas importantes na minha vida que eu simplesmente perdi na última semana que eu sinceramente não sei como preencher esse vazio que está cheio de impotência que beira a decepção não concretizada, e essa dor aqui que não se vai, pq é dor desnecessária, mas é profunda. Talvez seja fonte de fortaleza e entendimento, mas por enquanto é só dor. E enquanto for assim só dor, a ansiedade corrói, e é como se eu não pudesse fazer mais nada. Talvez eu nem tenha ganhado, e é isso o que mais dói, pois não se perde o que não se teve. E o coração, assim.
sexta-feira, 9 de março de 2007


CU-lt - Um tributo às Viúvas de Karl Marx (Dani, Jaum, Léo, Ricardo, Cynthia, Rodrigo, Patrícia, Dru, Thaís e Júlia e Marie), que são oq são, que não se metem a intelectual, gente autêntica que assume que não leu porque não quis, que não sabe pq na hora que o professor disse tal coisa tava bebendo, que diz na cara dura que MPB é coisa de chato, que se não gosta de rock diz: abaixa essa porra, que se não entende pergunta, que brigam entre si, falam as maiores verdades, reconhecem os erros e saem pra beber junto, que bebe até cair e ainda grita: viva lá revolución! com um copo de coca-cola na mão. Obrigada por vocês existirem!

Tenho um verdadeiro ódio profundo de ficar com tempo ocioso. Unicamp, 16:20. Mais de meia hora pro Rê chegar. Hunf.
Vou lançar uma campanha: seja você mesmo e ganhe um biscoito recheado. Sabem, estava me achando uma porcaria por me considerar preconceituosa. É. Eu estava (estou) com um sentimento horrível dentro de mim contra essa gente, sabem, que não lê nada e fica aí, posando de cult. Ó senhor, me livre de ser cult! É essa patota idiota que faz questão de citar Proust, Benjamin, Barthes, Marx, Lévi-Strauss e o caralho a quatro (ó senhor, me livre de ser cult!) sem ao menos ler uma linha! Ou só porque anotou na aula o "pensamento" que a professora leu, e escreveu tão rápido que não sabe direito se é aquilo mesmo. Ó senhor, me livre de ser cult! Me livre da síndrome para-choque de caminhão!
E mais: eu não aguento mais ver essa gentinha gastando, gastando, gastando nas mesinhas! Ó senhor, eu sei, eu conheço, eu sei que não leram bosta nenhuma, mas cruzam a perna, só falta o cigarrinho na mão e um letreiro em neon em cima da cabeça "me achem inteligente, aqui ó, eu sou cult" (ó senhor, me livre de ser cult).
São uns miseráveis que conhecem UMA música de uma banda melhorzinha, se comparado com os lixos sonoros que habitualmente consomem e já são FÃS. Agora me diz se você não se irrita se, uma banda que vc ouve na sua casa desde pequeno é profanada por aí, na boca de gente que quer ser cult. Não sei explicar direito, mas você sabe as pessoas que gostam, que querem de fato ampliar o capital cultural e se interessam, sem querer ditar modismos ou perecer oq não é!
Ó senhor, me livre desse sentimento. Ou melhor: me livre dessa gente nojenta. Aliás, a eficiência divina é mesmo um espanto! Começou antes mesmo de eu pedir. Amém.


Eu não estou interessado em nenhuma teoria,
Em nenhuma fantasia, nem no algo mais
Nem em tinta pro meu rosto ou oba oba, ou melodia
Para acompanhar bocejos, sonhos matinais
Eu não estou interessado em nenhuma teoria,
Nem nessas coisas do oriente, romances astrais
A minha alucinação é suportar o dia-a-dia,
E meu delírio é a experiência com coisas reais
Um preto, um pobre, um estudante, uma mulher sozinha
Blue jeans e motocicletas, pessoas cinzas normais
Garotas dentro da noite, revólver: cheira cachorro
Os humilhados do parque com os seus jornais
Carneiros, mesa, trabalho, meu corpo que cai do oitavo andar
E a solidão das pessoas dessas capitais
A violência da noite, o movimento do tráfego
Um rapaz delicado e alegre que canta e requebra, é demais
Cravos, espinhas no rosto, Rock, Hot Dog, "play it cool, Baby"
Doze Jovens Coloridos, dois Policiais
Cumprindo o seu (maldito)duro dever e defendendo o seu amor e nossa vida
Cumprindo o seu (maldito)duro dever e defendendo o seu amor e nossa vida
Mas eu não estou interessado em nenhuma teoria, em nenhuma fantasia, nem no algo mais
Longe o profeta do terror que a laranja mecânica anuncia
Amar e mudar as coisas me interessa mais
Amar e mudar as coisas, amar e mudar as coisas me interessa mais
Um preto, um pobre, um estudante, uma mulher sozinha
Blue jeans e motocicletas, pessoas cinzas normais
Garotas dentro da noite, revólver: cheira cachorro
Os humilhados do parque com os seus jornais
Carneiros, mesa, trabalho, meu corpo que cai do oitavo andar
E a solidão das pessoas dessas capitais
A violência da noite, o movimento do tráfego
Um rapaz delicado e alegre que canta e requebra, é demais
Cravos, espinhas no rosto, Rock, Hot Dog, "play it cool, Baby"
Doze Jovens Coloridos, dois Policiais
Cumprindo o seu (maldito)duro dever e defendendo o seu amor e nossa vida
Cumprindo o seu (maldito)duro dever e defendendo o seu amor e nossa vida
Mas eu não estou interessado em nenhuma teoria,
Em nenhuma fantasia, nem no algo mais
Longe o profeta do terror que a laranja mecânica anuncia
Amar e mudar as coisas me interessa mais
Amar e mudar as coisas, amar e mudar as coisas me interessa mais
(Belchior)
sexta-feira, 23 de fevereiro de 2007

Fui pagar um boleto no banco, feliz. Livros, mais livros! Entrou uma mulher e disse: "qual banco aqui foi assaltado"?. Minha resposta foi tão espontânea, disse: "puxa, as pessoas só contam boas notícias!".
Acho incrível a capacidade das pessoas virem despejar merda na nossa orelha. Não almejava ser agora acadêmica. Eu poderia escrever "más notícias", mas é pura merda mesmo. Fazem questão de propagar como um feixe de luz, por aí, tudo de podre oq acontece com os outros, numa tentativa de amenizar seus esgotos individuais. E falam, falam dos outros, acentuam seus erros, JULGAM seus atos, inventam mais desgraça como se já não fosse suficiente... E são incapazes de falarem de suas próprias vidas, de alguma alegria, de alguma coisa boa de fato, porque simplesmente já não se lembram delas.
É quase a mesma coisa dos pseudo-intelectuais, ou pretensiosos, como diria o Rê. Ele se sentam na mesa de um bar e debatem teorias, temas, e até emoções. Meu deus... Emoções. Emoção não cabe num cubículo, não se mede nem se debate. Exploram diversos pontos de vista sobre um assunto que não vai levar ninguém a nada, num jogo incessante de vaidade de "quem é que sabe mais", onde gritinhos inflamados e alteração de vozes querem parecer "uma opinião forte". E falam sobre os outros simplesmente porque também se esqueceram de si, nesse viciante processo de individualidade pra fora. É tanto esforço para parecer "legal", "inteligente" e "simpatico" e impressionar as pessoas, que é impossível desbravar aí, o verdadeiro eu das pessoas.


Blues da Piedade
Agora eu vou cantar pros miseráveis
Que vagam pelo mundo derrotados
Pra essas sementes mal plantadas
Que já nascem com cara de abortadas

Pras pessoas de alma bem pequena
Remoendo pequenos problemas
Querendo sempre aquilo que não têm

Pra quem vê a luz
Mas não ilumina suas minicertezas
Vive contando dinheiro
E não muda quando é lua cheia

Pra quem não sabe amar
Fica esperando
Alguém que caiba no seu sonho
Como varizes que vão aumentando
Como insetos em volta da lâmpada

Vamos pedir piedade
Senhor, piedade
Pra essa gente careta e covarde
Vamos pedir piedade
Senhor, piedade
Lhes dê grandeza e um pouco de coragem

Quero cantar só para as pessoas fracas
Que tão no mundo e perderam a viagem
Quero cantar o blues
Com o pastor e o bumbo na praça

Vamos pedir piedade
Pois há um incêncio sob a chuva rala
Somos iguais em desgraça
Vamos cantar o blues da piedade

Vamos pedir piedade
Senhor, piedade
Pra essa gente careta e covarde
Vamos pedir piedade
Senhor, piedade
Lhes dê grandeza e um pouco de coragem

Cazuza e Frejat

Às 20:12:07 MaritaPregou este panfleto
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sexta-feira, 16 de fevereiro de 2007
Puff








Não é lamentação, não é nada.

Simplesmente acordei magoada na Segunda, mas com a capacidade de seguir em frente normalmente. Sem resqúicios do que afligia, sem nada. Normalmente. Com o anel de lua e estrela no dedo, óculos vermelhos, normal. Apenas magoada.

Agora eu não sinto nada, mas enfim. Acho que me acostumei com o fato de que as pessoas não são iguais. E que, por melhor que isso seja, por melhor que a gente se torne trocando aí tantas experiências e vivências, a falta de empatia de necessidades inerentes não nos deixa de fazer sofrer. Ok, eu acho que me acostumei. Não tinha que ser assim, mas eu me acostumei. Não podia ser assim, mas eu me acostumei. Não vou versar sobre as pessoas que não sabem amar e que mostram q ue tudo foi uma grande mentira, porque eu sou privilegiada nesse aspecto. Falo e recebo eu te amo das pessoas realmente importantes e realmente especiais!. É. Mesmo que meus amigos estejam longe, ah, como é bom ter amigos! Não quero uma "galera". Eu tenho meus amigos, os de verdade permanecem, me dão esporro, me dão abraços, ficam com cara feia quando eu sou turrona e me enchem de beijos sinceros nos reencontros. Como eu já disse, mentira perece, e amizade de verdade, se chama conforto. Deitada num puff.

É estranho. Eu estou estranhamente tranquila, não ligando para a desatenção Buarquiana, não temendo gotas d'agua. Simplesmente porque o feriado se aproxima. Minha irmã passou no vestibular. Voltei estudar... E eu posso descrever as coisas que vão acontecer nesse feriado, sem vivê-las. Não vou contar pra não estragar minha prórpia surpresa.

É muita responsabilidade. São contas pra pagar, dirigir um carro sem ar-condicionado nessas tardes escaldantes. É horário no dermatologista, conversa com a orientadora, carona pra amiga. E qual a roupa que eu vou por sábado?

Fazer as unhas, depilar as pernas, como é chato fazer o pé! Ritual de limpeza de pele, não esquecer do anti-alérgico. Tantas incumbências... Boa aluna, no mínimo 5 no mestrado, as Els que faltam. Boa filha, boa irmã boa amiga, boa de cama, sempre desejável. Essa maldita impressora.

...

...

...

Definitivamente, preciso de um puff.

Eu quero uma casa no campo
Onde eu possa compor muitos rocks rurais
E tenha somente a certeza
Dos amigos do peito e nada mais
Eu quero uma casa no campo
Onde eu possa ficar no tamanho da paz
E tenha somente a certeza
Dos limites do corpo e nada mais
Eu quero carneiros e cabras pastando solenes
No meu jardim
Eu quero o silêncio das línguas cansadas
Eu quero a esperança de óculos
E um filho de cuca legal
Eu quero plantar e colher com a mão
A pimenta e o sal
Eu quero uma casa no campo
Do tamanho ideal, pau-a-pique e sapé
Onde eu possa plantar meus amigos
Meus discos e livros
e nada mais...
(Casa no Campo, Zé Rodrix)

Às 21:47:22 MaritaPregou este panfleto
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quarta-feira, 7 de fevereiro de 2007
Levanta, sacode a poeira e dá a volta por cima



Há tempos que eu não faço posts homenagem porque, na verdade, eles nunca ficam de acordo com aquilo que a gente queria escrever e talz.
Mas a foto ali é de uma menininha, aos 5 anos, na formatura do pré. Ela estudava numa escola de rico chamada Mestre Liquinho, onde aprendeu a levar a galinha até os ovos, o cachorro na casinha, essas coisas.
Mas ontem, 06/02, ela recebeu a notícia de que estava na UNICAMP. E Na USP tb. Não é pq é minha irmã, mas eu conheci poucas pessoas que mereceram tanto essa vaga. Pelo empenho, pela inteligência, pelo amor à literatura e por escrever realmente bem, sem apelos sentimentais ou querendo copiar outras pessoas. É literata nata. Rimou.
Eu não pude gritar, tava na fila da matrícula do mestrado. Mas puta que pariu. Vai ser um festival de batata no sábado. C merece, vacona!

Início de 2007

Eita começo de ano filho da puta! Mas agora, eu espero que depois do vodu do carnaval, tudo comece a andar. É churras das Viúvas dia 03/03! Afinal, sabemos quem são os verdadeiros amigos. E é bom saber.
Sonho de hoje: cobras. Traição? É só oq falta. Espero só que seja um reflexo do que aconteceu ano passado, porque mais traição, puxada de tapete e patifaria... Não to podendo. Chega. Que o pavilhão se lave, e bola pra frente.

Yahoo! This is your celebration
Yahoo! This is your celebration

Celebrate good times, come on! (Let's celebrate)
Celebrate good times, come on! (Let's celebrate)

There's a party goin' on right here
A celebration to last throughout the years
So bring your good times, and your laughter too
We gonna celebrate your party with you

Come on now

Celebration
Let's all celebrate and have a good time
Celebration
We gonna celebrate and have a good time

It's time to come together
It's up to you, what's your pleasure

Everyone around the world
Come on!

Yahoo! It's a celebration
Yahoo!

Celebrate good times, come on!
It's a celebration
Celebrate good times, come on!
Let's celebrate

We're gonna have a good time tonight
Let's celebrate, it's all right
We're gonna have a good time tonight
Let's celebrate, it's all right

Baby...

We're gonna have a good time tonight (Ce-le-bra-tion)
Let's celebrate, it's all right
We're gonna have a good time tonight (Ce-le-bra-tion)
Let's celebrate, it's all right

Yahoo!
Yahoo!

Celebrate good times, come on! (Let's celebrate)
Celebrate good times, come on!
It's a celebration!
Celebrate good times, come on! (Let's celebrate)

(ad lib)

Come on and celebrate, good times, tonight (Celebrate good times, come on!)
'Cause everything's gonna be all right
Let's celebrate (Celebrate good times, come on)
(Let's celebrate)
Kool And The Gang - Celebration
segunda-feira, 5 de fevereiro de 2007
I - Quando ela cai no sofá, so far way... Vinho à beça na cabeça, eu que sei... (Leoni)
Um post não convencional


Coloquei todas as mp3 que tenho dos Stones no MP3 e zarpei para Nova Odessa, sábado. Estava eu, no ônibus, escolhendo a música, fungindo de Angie quando pensei: quero sofrer. Mudei a pasta e configurei todas as músicas do LEONI. Eu sou fã do cazuza, fato. Mas outra pessoa que sabe bem dizer as coisas, é o Leoni. Só quem já foi incrivelmente corno e com problemas sexuais mal resolvidos pra escrever tudo aquilo que a gente já sentiu alguma vez.
Nunca li nenhuma biografia, mas enfim. As letras MOSTRAM isso. O cara é um touro. Mas devasta corações infantis e adultos e acirra disputas:

II - Vai embora não, fica mais... Homem nenhum no mundo vai te dar tanto carinho... (Cazuza/ Leoni) Devaneios Leonianos depois das 3h18 protagonizados por Wi e Marie

William diz: cazuza diz mto.

Mariana diz:eu amo cazuza. muito!
ele diz tudo. o Leoni tb, embora minha familia me condene e eu só escute no mp3

William diz:pq?

Mariana diz: hahahahahaha
minha mãe diz que é brega
minha irmã tb

William diz: leoni é lindo!
e não é brega...
e era namoradinho do cazuza.

Mariana diz:há!
Leoni é maior corno, eu gosto dele
E é lindo tb, eita homem bonito

William diz:ele é corno, mas lindo.
lindo.lindo.
não merece ser corno.

Mariana diz: lindo, eu queria casar com ele qdo era pequena

William diz: eu quero até hoje

Mariana diz: mas é cornão heim. as musicas denunciam

William diz: sim.
sexta-feira, 2 de fevereiro de 2007

Eu tinha um amigo chamado Dudu. Era grandão como os grandes cantores de blues e tocava gaita. Usava muitos anéis nos dedos, qdo estava frio portava um sobretudo. O Dudu precisava de mim. Me ligava às 4 da manhã porque se sentia sozinho. Tinha dores de cabeça horríveis e um blog chamado Monster Inside. Era meu amigo e me chamava de Maricota. Na verdade, eu era amiga do Dudu, mas eu acho que ele não era meu amigo. Ele só precisava de mim. Tinha depressão e não suportava ficar sozinho. De lembrança minha, ficou com uma presilha de cabelo. Eu não quero, mas eu sempre esqueço com pessoas queridas coisas minhas. Não é por querer. Agora fico mais atenta, mas é um medo de perder as pessoas que eu gosto. É como se eu tivesse um pretexto pra voltar. Porque eu simplesmente não sei cortar vínculos.
Dudu precisava de mim.
Também tenho depressão. Odeio quem usa a depressão pra descupar ou justificar as coisas. Se soubessem o quanto é doloroso e sério, ninguém brincava com isso.
Há tempos não tenho notícias do Dudu, mas eu às vezes me pego pensando: cadê o Dudu? A última vez que vi o orkut dele, que não existe mais, ele estava namorando e aparentemente feliz. O Dudu, como tantos outros amigos, passou. Eu espero que as dores de cabeça do Dudu tenham passado também.
Também tenho dor de cabeça. Elas têm ficado piores, piores.
Voltar. Aqui está escuro agora. Luzinhas do msn piscam às 1h28 da manhã. On line o Texugo, um amigo do Death que acabou ficando meu amigo, o Rê do Rio. A Gleisinha, a Luciane professora... Já faz um tempo que as meninas foram deitar. Minha mãe também. Bibi foi tomar banho e 24 Horas terminou de uma maneira horrível para Jack Bauer.
Não consigo dormir porque dói.
Eu sempre volto. Sou teimosa.
Acho que estou triste, e tristeza é tão solitária. Se ao menos eu conseguisse falar para as pessoas pq eu estou triste, mas eu não consigo. Eu acho que no fundo, eu sou assim, uma.
1h33. Nó na garganta. Chorar sem fazer barulho. Ninguém percebe mesmo.
Odeio ser gente grande e ter que resolver as coisas pra mim mesma. E por mim mesma.
Meu quarto: bagunça. Livros, papéis, quadrinho de Praga, uma caricatura. Foto com a mãe, com o pai, Bibi e Walzo. Dia 15 é aniversário do Walzo. Um alce com um ímã segura uma foto minha e do Renato recém impressa. Duas caixas de OB jogadas, uma almofada de peixe, uma frasqueira com cartas, fotos, recordações. Não queria ter memória.
Sala escura. Janela aberta. Toalhas pra bordar, nunca termino oq eu começo. Faltam dois caramujos. Um nó. Cada vez mais apertado. Lembrar de chorar sem fazer barulho.
Sentimento de nada. Em que ponto da minha vida eu fui deixar a minha auto estima assim, tão baixa? Eu não lembro. Agora eu queria uma memória aguçada.
Um buraco além do do estômago. Acordar amanhã, o pior é acordar. Tristeza que não tem medida, e acordar é aguentar tudo de novo.
E esse nó, oq é?
Desata, desata...


Eu queria ver no escuro do mundo
Onde está tudo o que você quer
Pra me transformar no que te agrada
No que me faça ver
Quais são as cores e as coisas
Pra te prender?
Eu tive um sonho ruim e acordei chorando
Por isso eu te liguei
Será que você ainda pensa em mim?
Será que você ainda pensa?
Às vezes te odeio por quase um segundo
Depois te amo mais
Teus pêlos, teu gosto, teu rosto, tudo
Que não me deixa em paz
Quais são as cores e as coisas
Pra te prender?
Eu tive um sonho ruim e acordei chorando
Por isso eu te liguei
Será que você ainda pensa em mim?
Será que você ainda pensa?
Às vezes te odeio por quase um segundo
Depois te amo mais
Teus pêlos, teu gosto, teu rosto, tudo
Que não me deixa em paz
Quais são as cores e as coisas
Pra te prender?
Eu tive um sonho ruim e acordei chorando
Por isso eu te liguei
Será que você ainda pensa em mim?
Será que você ainda pensa?

(Quase Um Segundo, Herbert Vianna )


t.xµgT diz:
vc esqueceu de homenagear uma grande mulher.
Marie diz:
anita garibaldi?
t.xµgT diz:
não, que anita uq!
a delzuite!
sábado, 20 de janeiro de 2007


Passa tempo, passatempo. Não sou modernista, não sou contemporânea, não sou construtivista. Sou mulher. Mulherzinha como me dizia um amigo. Que chora, que se irrita por nada. Que faz ceninha pra ser notada. Que simplesmente adora ser acarinhada.
Os minutos correm. Como correm! Seis aulas com intervalo de 15 minutos que são um!
Os dias passam, meses. Cabelo embranquece, cesta básica acaba. A conta de telefone chega de novo. Nova edição de Aventuras na História. Corre, corre.
Inocente e tentando que tudo não se torne secular. Sentimentos verdadeiros não perecem. Tudo corre, mas permanece.
Verdade não se seculariza, ou senão seria banal.
Ser piegas. Alguém sabe o que é ser piegas? E o que é não ser piegas? Será que não perder o encanto das coisas é ser piegas?
Expor com olhos, mãos e palavras a sua verdade, é ser piegas?
Permito-me encantar.
Vivo encantada com as coisas boas: amizade, cheiro de mãe, sorriso de irmã, carinho de pai. COm verdade. Reconciliação com lágrimas, esporro de amigo, letra do Belchior.
Vivo em perigo. Num mundo desencantado, me perco.
Quem me salva é quem se deixa encantar também.


Salvação
Algumas notas da pior semana de todos os tempos

1) Um e-mail com o título "Volta". Era o Jaum dizendo que estava com saudades. Saber que alguém sente minha falta foi, certamente, um impulso. Mesmo que o título me remetesse à música do Fabio Jr.

2) Qdo eu me sentia mais sozinha, eis que diretamente do Rio, Renato me diz que tb tá com saudade. Está longe, mas se lembra de mim. Acalanto

3) Scrap da Bianca: Eu te amo
Pra um depressivo, tem coisa mais segura que ser amada? E saber disso? Não, definitivamente.

VERDADE salva.
Mentira pode durar. Mas sempre, sempre perece.
terça-feira, 9 de janeiro de 2007
Ora, se você quiser de divertir invente suas próprias canções...





Não quero começar aqui com mais uma daquelas "nossa, que horror, que palhaçada, vocês viram só, que coisa, puxa vida, estou indignada", aqueles comecinhos de textos onde depois você lê os comentários e lá está: "Puxa, que legal, você falou tudo", ou "Puxa, como vc é crítica (o)".
Aliás, o que tenho visto e ouvido por aí é tanta coisinha copiada que eu até repenso questões de o que seria, enfim, a crítica. Ouço, por vezes, coisas que eu mesma falei e em discussões acaloradas, eu até fico quieta, porque eu não, simplesmente não consigo dar credibilidade às pessoas que falam simplesmente por gostar de ouvir o som de suas vozes e que, uns 6, 7, 10 meses atrás pensavam completamente diferente. O ser humano, é óbvio, deve evoluir, fato. Deve aprimorar o conhecimento e a opinião evidentemente, e só há aprimoramento se não não há vontade de aparecer, de falar mais que os outros, de parecer erudito. Trocar informações é excelente. Só assim a gente evolui e constrói novos pontos de vista. Afinal, o homem é um animal social, como diz Aristóteles. Mas utilizar informação coletada dos outros como se fossem próprias é plágio.
Meu amigo Défi dizia sempre que tinha muita raiva de ouvir coisas que ele inventava na boca de outras pessoas, como se fossem delas. Eu achei besteira mas eu sempre concordei com ele. Me irritava ver outras pessoas, da turma dele inclusive, falando coisas que ELE falava. Não sei se é a academia que EXIGE que se mostrem as fontes, mas falta de personalidade e plágio não-penalizável me irritam bastante. Me irrita tanto quanto barulho de pipa (plec plec plec (batendo no telhado), fi fi fi fi (barulho da cordinha se mexendo) nhec nhec nhec (carretel) ou moto que ultrapassa pela direita. Acabei pensando nisso ontem quando Wi disse: Marie, créditos são importantes, sou jornalista! e Postou uma fras eminha, me indicando. Lisonjeiro, é a segunda vez que apareço num site jornalístico! haha! Rê sempre diz também que roteiristas e desenhistas devem ter os nomes no início dos quadrinhos. O site o Wi se encontra nesse endereço: http://imposturasbemcomportadas.blogspot.com/
Ando implicante nesse começo de 2007. Não, não vou escrever palavras de ordem ou debates acalorados. Porque parece que qualquer mérito aí está: em você se agressivo. Se você é agressivo então você escreve bem, é super crítico, é inteligente, bla. Hoje eu também não quero ser depressiva. Porque quando você é depressivo você "toca o coração das pessoas, você é sensível, vc escreve lindo". Hoje eu vou fazer que nem Chico Xavier, vou fechar os olhos e teclar. Depois eu leio oq vai sair.
Mas sempre me falaram que eu sou crítica. Mas se for pra ser crítica nesses moldes massificados aí, pra mim não presta, eu não quero. Não conheço nenhuma musiquinha ou grupinho norte-americano da moda, e não é porque eu sou cult, é porque me irrita, eu não conheço mesmo! Tá tá tá, eu não sou crítica, eu sou irritada. Talvez irritante. Eu me esforço para entender a opinião das pessoas, eu tento ser democrática nesse país que não tem nada de democracia (a-há, vai dizer que isso te surpreende. Olhe lá no fundo e veja que NÃO!), mas eu simplesmente não consigo achar legal aquilo que todo mundo acha. Beleza pra mim é uma coisa que vem de outros lugares, e não só da bunda ou da cara de bunda da pessoa. Então eu não acho bonito quem todo mundo acha. E não é pq eu sou crítica, é porque, sei lá porque. E eu também não sou cult! Vai ver é porque eu fui criada aprendendo a fazer minhas próprias canções, como diria o maçante e massificado Renato Russo. Eu aprendi ser assim. E também não quero ser taxada como original, porque é do original que saem cópias, e sinceramente, também não to com esse cacife todo aí. Ninguém é original, somos fruto de nossas relações e experiências.
E sabe? Eu também to cansada de gente super simpática e que gosta de todo mundo e é suuuuper legal S2. Eu erro muitas vezes e beiro a ignorância, mas gostar de uma pessoa pra mim é olhar na cara: se tiver VERDADE ali, eu gosto. Se não tiver nada, ora, quem é que gosta do nada? Dá pra gostar?
Taí. Faz tempo que eu não escuto isso, mas da próxima vez que me fizerem a clássica pergunta "mas você não gosta de ninguém??", eu vou dizer: "mas não é não gostar de tal pessoa. É apenas "nada" por tal pessoa. Eu não sinto nada por ela. Já perceberam como a ausência de coisas perturba as pessoas?
Mas eu fiz todo esse rodeio aí pra falar do novo frisson do nosso mundo internauta. AMO internet, assumo, e isso desde 1998, lá se vão quase 10 (wow) anos. Deve ter por aí dois mil e quinhentos (que legal é escrever dois mil e quinhentos) textinhos de protesto mas o que eu achei incrível é que a patifaria Cicarelli Youtube serviu para que até o bitolado mais tapado, que tava lá vendo videos pornôs questionasse e refletisse sobre a sua livre escolha invadida. E repensar o sentido de democracia. E indo mais além, né, cidadania, republica. E depois da internet, a democracia ganhou um status ainda maior. Aqui as idéias são realmente livremente despachadas, doa a quem doer. E quando dói, se tratando do país-circo, os pertencentes às altas rodas, usando de toda a sua ignorância e sei lá mais o que, usam aí do artifício tãããão antigo de nossa cultura. Privatiza a vontade do Público. Há! "Que invasão o que fizeram com a modelo. Cancela o acesso ao Youtube!" Há! Mágico! E a zinha, que até anteontem era conhecida apenas no interior do terceiro mundo, acaba sendo afamada em tooooodo o mundo. O judiciário deficiente, que não tem know how suficiente para operar ocorrências do mundo virtual se queima, fica desacreditado, celebridades instantâneas se formam, e o Brasil segue bem à sua maneira.
A democracia não existe plenamente. A gente tá sempre aí, sendo obrigado a fazer coisas que não queremos. É só pensarmos na tecnologia. Quem tem conexão discada sabe bem disso. Tem dia que é um inferno, as salas do yahoo! jogos não funcionam. E somos cada vez mais forçados a instalar o Speedy, mesmo não querendo. Os novos aparelhos exigem instalação apenas em Windows avançados e você é obrigado a fazer a icompra e o download. Sabe a pior coisa? A gente não percebe. E esse é apenas um dos exemplos que são tantos, tantos. Moradores de Jaguariúna, o que vocês acham da Faixa Azul?? Há! Não tem outro jeito, sabe por quê? Porque os lugares para estacionar perto da Igreja agora estão sempre lotados. Essa é a nossa democracia: 1,20 a hora. Tim tim.

Marcianos invadem a Terra - Legião Urbana
Diga adeus e atravesse a rua
Voamos alto depois das duas
Mas as cervejas acabaram e os cigarros também
Cuidado com a coisa coisando por aí
A coisa coisa sempre e também coisa por aqui
Seqüestra o seu resgate, envenena a sua atenção
É verbo e substantivo/adjetivo e palavrão
E o carinha do rádio não quer calar a boca
E quer o meu dinheiro e as minhas opiniões
Ora, se você quiser se divertir
Invente suas próprias canções
Será que existe vida em Marte?
Janelas de hotéis
Garagens vazias
Fronteiras
Granadas
Lençóis
E existem muitos formatos
Que só têm verniz e não tem invenção
E tudo aquilo contra o que sempre lutam
É exatamente tudo aquilo o que eles são
Marcianos invadem a Terra
Estão inflando o meu ego com ar
E quando acho que estou quase chegando
Tenho que dobrar mais uma esquina
E mesmo se eu tiver a minha liberdade
Não tenho tanto tempo assim
E mesmo se eu tiver a minha liberdade:
Será que existe vida em Marte?

sexta-feira, 31 de agosto de 2007


sexta-feira, 29 de dezembro de 2006


Pois que o último não será o último. Pois que não sirvamos apenas pra pra acalmar a ânsia daquilo que ainda não se concretizou Pois que nosso caminho seja apenas o nosso caminho. E que cada um siga o seu, sem inteferir no do outro. Porque caminho a dois é caminho de um. E só é assim quando é. Pois que exista amor de verdade. Eu disse de verdade. Puro como vodka russa. Sem aditivos de piedade, carência, contratos ou muleta. Porque amor de verdade não acaba. Por que amor de verdade se renova. Porque amor de verdade simplesmente existe. E existe, existe... Pois que os corações não se sintam tristes. Nem descartados. Nem menos amados. Que não haja necessidade de fuga, nem medo. Não há maneira de fugir daqui. Eu disse aqui. E é melhor que não tenhamos medo de nós mesmos. De tão subjetivos, era melhor mesmo que os sentimentos (e situações) fossem objetivos.


quarta-feira, 27 de dezembro de 2006
Egocêntrico, mal elaborado e repetitivo




Não adianta. O gosto pelo final de ano definitivamente não pertence a mim.
Eu me sinto cansada e me lembro logo dos finais de ano da TV Colosso, onde aparecia sempre o ano velho, bem velhinho, com uma bengalinha, cansado, sem conseguir andar... E o ano novo, fortão, cheio de luzinhas. Eu sou o ano velho.
Tenho dormido tanto, tanto. Mas todas as vezes que aquele sentimentozinho de fim me abala, eu logo penso em tudo oq o ano de 2006 trouxe. Foi, com certeza, um dos melhores anos da minha vida.
Em um dos capítulos da pesquisa que fiz sobre Campinas, finalizada em 2005, eu escrevi que a grande dificuldade de Campinas em firmar hoje em dia uma identidade prórpia, é a mania, a partir da febre amarela no final do século XIX, se se autoconstruir. Acaba uma coisa, logo a cidade se erguia com uma nova característica e tem sido assim até hoje.
Pois esse ano pra mim foi um ano Campinas. Com a diferença de que as coisas que aconteceram só serviram pra alimentar a minha prórpia identidade.
Em 2006 eu me formei. Assinei meu diploma num tablado enorme, segurei o vestido pra ninguém ver minha calcinha, enquanto meus pais, minha irmã e meus amigos gritavam lá de cima. A irmã da Pat, a Rosane, fez a foto do momento inusitado. E então eu estava formada. Foi tão ruim ficar aqueles anos ali no IFCH que ali eu repensei tudo, e pensei: não quero vida acadêmica. Não sei se quero voltar pra cá. Essas pessoas não tem nada a ver comigo. Eu quero ter minha casa, uma rede e tempo pra brincar com os meus filhos.
Mas aí eu fui ser professora de verdade, terminando o ano com 40 (wow!) aulas semanais. E aí eu vi mesmo oq não era ter tempo. E eu vi também o que era a inveja de uns, a falta de educação de tantos outros, a falta de consideração, as fofocas, e aquele monte de gente que não sabe nada querendo mandar na sua vida. E aí eu percebi que de uma forma ou de outra eu não ia ter tempo... E que mesmo que eu amasse dar aula, ia sempre ser daquele jeito. E que de repente, a academia me deixasse menos quebrada, pq pelo menos os livros, os congressos e as intermináveis horas na frente do pc não me respondiam palavras horríveis, nem me colocavam olho gordo, nem diziam coisas que eu já sabia e nem me davam ordens descabidas. E foi pelo gosto, e somente pelo gosto de escrever que eu continuei escrevendo meu projeto. E graças a Érico Veríssimo que ele saiu, pq eu só conseguiria voltar para a academia assim, pela arte. E ali tem de sobra.
Foi junto com Érico Veríssimo que eu fui cuspida pela segunda vez pela USP. A primeira foi na graduação, agora foi no mestrado. Não adianta, o clã não me quer. Mas foi com Érico Veríssimo que eu fui acolhida pela segunda vez pela Unicamp, que é campineira como eu e é onde eu vou ficar. E foi o amor ao estudo desse cara que eu li em um mês 5 livros de teoria sociológica só pensando como seria legal escrever escrever e pesquisar pesquisar sobre ele. E foi assim que eu voltei pra academia.
2006 foi ano de correria. E ela estava em todos os momentos. Não, não é Deus, é minha mãe. Ela continuou, em 2006, a mãe de miss que ela sempre foi. E ela estava lá no pagamento de contas, nas duas vezes que a gente compra sapato pro pai durante o ano, e ela estava lá quando eu bati o carro. Não. Eu bati o carro ano passado, mas enfim, ela estava dentro do carro quando eu bati. O carro é dela e ela nem se abalou. Ela estava lá quando tinha sorvete com calda. E ela pedia dispensa com mentira, quando eu aparecia na porta da escola, com o carro cheio de mulher, pra sair e tomar sorvete. E eu descobri que ela descobriu que sabe desenhar.
2006 foi o ano em que eu mais tive contato com meu pai, que aliás, faz aniversário hoje. Não, meus pais não são separados haha! Mas é que pai sai de manhã, volta a noite. E esse ano eu estava em casa todas as noites, e ninguém mais estava além dele. E a gente fez janta gostosa, leu jornal junto, e debateu horário político junto também. E juntos saímos com a bandeira do PT amarrada no capô do carro, gritando "É Lulaaaaaaaa" pela cidade toda. Mesmo que isso envolva me buscar no cartório eleitoral, onde isso é proibido.
E por enquanto, duas listas de primeira fase saíram. E ela está nas duas. Eu me lembro no final do ano passado, nos pedidos costumeiros: "nome na lista"! Pois é... Então é só pedir de novo que o nome na outra lista você pede para o ano que vem. E tanto esforço, só pode ter um resultado positivo. É o vagaluminho iluminando aí, outras esferas. E vai iluminar sempre.
Em 2006 se refizeram amizades que pareciam desfeitas. E a gente só percebe que elas nunca se foram quando, depois de uma colherada num caldo verde a unica coisa que se tem a dizer é: "estava com saudade disso". E ficar até altas horas conversando, gargalhando das misérias acontecidas e da falta de amor que os outros tem pela gente. E tem aquelas amizades que ficaram tão fortes nesse ano, e que... parece que se desfizeram mesmo... Só 2007 pra dar jeito nisso.
Não é preciso ver sempre. Mas é ter uma mensagem no celular de vez em quando, a presença na porta da balada só pra dizer feliz aniversário e ir embora pq tem que trabalhar no dia seguinte... É um estou com saudade vindo diretamente do Rio, assinado pelo melhor amigo, pela mãe do melhor amigo, pela irmã do melhor amigo e pelo cachorro do melhor amigo. É a amiga de infância divagando sobre a sua vida como se fosse a dela. É odiar isso, ficar puta durante toda a conversa e morrer de rir qdo ela diz que é melhor mesmo é casar por dinheiro que é o único jeito de ser feliz nessa vida.
Mas existem também os mais presentes. Aqueles sem as quais a gente não consegue ficar 24 horas sem se falar. Até porque a gente não consegu mais que isso também. Que chegam, te pintam quando você passa no mestrado, que vão comprar presentes pelo centro da cidade embaixo de chuva, que vai na costureira (ops, médica do Warzinho) e no sindicato com você. Que não te deixam sozinha. E tantos outros sorrisos que iliminam a vida da gente quando tudo parece perdido. A amiga que casou, a amiga que quer casar, o amigaum aum de sempre, o amigo que vai ser pai, a amiga que vai pra Araraquara, a amiga baladeira que agora namora o cara ideal - um guitarrista - a amigo que realizou o fetiche de qq homem - uma namorada enfermeira!, a amiga mai que sorte! e tantos outros sonhos aí que a gente vai compartilhando e fortalecendo os nossos. A gente pode até brigar, mas viver sem, não dá.
2006 foi o ano das verdades e das mentiras. E embora eu seja mesmo exagerada, me descabele de tannnto chorar, também arremesse o fone de ouvido e demais coisas pela frente longe quando sou contrariada e meu orgulho de mulher ferido, tudo foi por uma boa causa; pra mostrar pra esse coração teimoso de sagitariano que existem coisas que são, e coisas que não são. E é incrível como 2006 resolveu certas coisinhas que já vinham de outros anos tão mal resolvidas. Mostrou a face certa das pessoas e fizeram que, quando eu me olhasse no espelho, nascesse em mim enormes orelhas de burro. Porque eu dou valor demais para coisas que simplesmente não existem. E a única coisa que vale a pena nisso tudo é que... se não foi, então nunca existiu. E se não existiu, não tem porque ter lembranças singelas, nem sofrimento, nem nada. E então, quando eu finalmente mandei toda essa coisa de coração, de compartilhar sentimentos, coisas fofinhas e verdades que a gente pensa existir pro raio que o parta... Tcharã! Há, eu bem que tentei, mas também não fui macho pra manter minha palavra por mais de dois finais de semana. Lulu Santos tem razão quando diz que ás vezes aparece um certo alguém. E eu nem me fiz de desentendida. Plac plac plac, barulho das borboletas. E como Clarice já disse aqui: "É vasto, vai durar".
Grande esse, heim? Pois é. E mais uma vez, falando da minha vida. Esse blog anda meio egocêntrico, sei bem. Não cumrpi nenhuma das promessas que fiz nele ano passado, e na verdade, tive pouco tempo pra elaborar coisas melhores. Mas vejam: se o blog não está melhor, se o final de ano continua uma merda e eu esteja deprimida pelos acontecimentos porcaria, pelas pessoas idiotas, eu com certeza posso não ser uma pessoa melhor, mas é evidente o fato de que, mesmo de TPM, eu sou uma pessoa mais feliz. Não tenho oq reclamar de 2006. Talvez pediria que a Nova FM varie um pouco mais sua programação... E que ser feliz seja mais fácil.

E na volta pra casa...
As músicas tem a função, principalmente as mais popzinhas, de lembrar pra gente mesmo que a gente gosta de alguém. Que a distãncia é tãããão sofrida, que a indiferença é amarga, que o amor não presta, que gostar é a melhor coisa do mundo, que a vida só é completa por alguém, bla bla. E escutando a Nova FM diariamente, é impossivel não decorar as letras, até uma delas, especialmente, te remeter a esses lugares comuns aí que elas propõe. E eu não poderia postar pela última vez aqui sem colocar a brega canção que no começo me fazia desligar o rádio. Depois eu só dizia "Ow cacete Nando Reis, antes eu choara de lindo que era, agora eu choro de raiva". E depois eu passei a escutar a letrinha. E hoje na porta do supermercado, eu me peguei cantando. E ela até tem sentido, como todo clichêzão açucarado.

N

E agora, o que vou fazer?
Se os seus lábios ainda estão molhando os lábios
meus?
E as lágrimas não secaram com o sol que fez?
E agora como posso te esquecer?
Se o seu cheiro ainda está no travesseiro?
E o seu cabelo está enrolado no meu peito?
Espero que o tempo passe
Espero que a semana acabe
Pra que eu possa te ver de novo
Espero que o tempo voe
Para que você retorne
Pra que eu possa te abraçar
e te beijar
de novo
E agora, como eu passo sem te ver?
Se o seu nome está gravado no
meu braço como um selo?
Nossos nomes que tem o N
como um elo
E agora como posso te perder?
Se o teu corpo ainda guarda o
meu prazer?
E o meu corpo está moldado
com o teu?

quarta-feira, 6 de dezembro de 2006
Porque...




Veio bem a calhar aquele painel ali abaixo. Porque nada aconteceria sem a força de vocês. Então, eu vou postar aquilo que eu tinha escrito no texto que iria com o painel, e que agora serve de agradecimento às primeiras pessoas que eu avisei da grande notícia ali acima.

PS: A montagem da lista e aquela foto infame foi feita pela Bibi ás pressas, enquanto eu falava com o Rê por telefone. Fala pra mim: com um carinho desse, o que que eu posso querer mais nessa vida, heim?
PS2 : Foram 16 aprovados =)

Iza - Determinante. Não tem outra palavra. Talvez Necessária. Vitaminada também. Eu preciso me deslocar de um lado pra outro pra poder ganhar o pão? Ela cede o carro. Eu não tenho tempo de comer? Pois ela prepara a comida, a roupa, me acorda de manhã e ainda topa fazer compras expressas entre um intervalo entre uma aula e outra. Corre embaixo de sol, põe o relógio pra despertar, está sempre junto e ainda fecha com 10 em todas as matérias da escola. Essa é a minha mãe.
Di - Eu me pareço com ele? Não me pareço. Pareço. Acho. Não acho. Sou teimosa igual.
Bibi - A irmãzinha que eu falava tem 19 anos. E eu ainda trago mimos para ela dos lugares onde vou, porque pra mim, ela não vai crescer. Sou uma pessoa privilegiada, no mínimo: chegar em casa e escutar " ah, vc ainda vai voltar pro serviço? Eu to com saudade, queria que você ficasse" vale mais que mil alfajores uruguaios.
Renato Lets get it on é a música. Mas será que ele lembra? Eu acho que não! E não vou falar muito, porque dia 17 o presente de aniversário dele vai ter um plus que já vai encher até a bola do dono do furinho no queixo que ele divide comigo há 5 meses. Será que ele lembra que são 5 meses? Eu também acho que não. O que importa? A-DO-RO! Só pra finalizar? Renato é o nome do cara que eu amo.
Néia Eu deveria odiar a pessoa que me empresta uma sandália maior que meu pé e me acorda ás 6 da manhã depois de ter ido dormir ás 4. Não tem como. Fazer um churrasco, ir pra Xel Há e abafar na balada, só com a Néia.
Renato Meu ano começou bem, era fevereiro e eu estava com o Rê. Falta uma foto aqui da Tia Daura, que fez o favor de tirar as fotos dela do orkut rrrr... O melhor purê do universo, é o dela! Eu poderia dizer muitas coisas, mas eu só falar de uma: escutar os Stones tocando The Night Time is the Right time e aquele abraço na rodoviária são, sem dúvida, momentos de carinho que eu vou guardar a vida toda.
Agradecendo também a minha grande incentivadora e orientadora Gilda Portugal, que, de madrugada, ao saber do veredicto, tentou me ligar. Não conseguiu e ligou a manhã toda e mesmo minha mãe atendendo, quis dar ela mesma os parabéns. E foi isso que ela disse quando atendeu meu telefonema de retorno: parabéns. Esse foi realmente o presente de aniversário que eu pedi.
sexta-feira, 15 de dezembro de 2006
Cadeado, contratos, presentes e coisas de verdade


Com o tempo a gente aprende que o recomeçar é imprescindível, e aí a gente ergue a cabeça e segue em frente. Mas algumas pessoas não tem o medo do reinício.Mas, como eu, tem um certo pânico do corte. Eu fico pensando se o meu problema foi meu parto. Eu imagino como eu devo ter sofrido intensamente de ter que me desligar do cordão que me segurou durante nove meses, mesmo sabendo que a separação me levaria para os braços da mamã. Minha depressão deve vir daí. Eu simplesmente não consigo cortar laços, sejas quais forem, mesmo sabendo que depois coisas melhores virão.
Vejo as pessoas se descolarem das coisas, empregos e pessoas na maior facilidade, como se nada fossem os anos de empenho, amizade ou apego. Não sei viver assim e mesmo que esteja ruim, eu fico me apegando àqueles detalhes que já nem existem mais. Esse meu distúrbio também pode ser chamado e diagnosticado como burrice, mas não vem ao caso agora.
Sempre que acontece alguma porcaria, a primeira coisa que eu penso é: eu vou dar um jeito. Eu vou conseguir. E acho que todo mundo pensa isso, é o instinto de sobrevivência. E eu vou começar a viver menos dolorosamente quando aprender a cortar laços.
Cadeados também prendem, e o meu, esse que eu touxe pra casa na quarta, não deveria ter saído jamais do armário na biblioteca da Unicamp. Com o tempo, apesar das pessoas horríveis, forasteiras e sem nenhuma alma, eu vou aprendendo que aquele é meu lugar. E vou me conformando com a idéia de que eu poderei ser acadêmica e dona de casa, porque, como eu disse outro dia para a Sue, meu maior sonho é trocar fraldas enquanto ficho "Economia e Sociedade" do Max Weber. E tomara que meu filho não me odeie por isso, a maior prova de seu ódio será se ele seguir profissões como Administração, Contabilidade, enfim, essas coisas sem alma. Mas isso não vai acontecer. Agora que meu cadeado está em casa, eu sinto que as coisas estão certas. Por mais que tenha me dóido a transferência de um armário para o outro, eu sinto que está certo. Existem lugares que não são e nem merecem a gente. Unicamp, estou de volta!
Odeio final de ano, mas esse está sendo peculiar. Coisas boas, coisas ruins, mas uma certeza: parece que está indo tudo para o seu devido lugar. Sabe aquelas bolinhas de mercúrio que vão se juntando quando o termômetro quebra? É isso que eu sinto agora na minha vida. Novamente, eu sinto tudo se arrumando devidamente onde deveria estar sempre.
Odeio final de ano. Mas eu adoro ter amigos. Adoro ter uma família de verdade. Adoro saber que o cara que eu amo me ama.
Uma das maiores frustrações da minha vida era não ter sido pintada quando entrei na graduação. E ontem, o que as duas patetas Mie e Sue fizeram? Pois vieram até a minha casa com dois potes de guache e me detonaram de tinta. Eu é claro ADOREI. Uma carga de emoção forte para o dia em que abri a porta da sala da 6ª 2 e me deparei com um cartaz: "Professora Mari, FELIZ ANIVERSÁRIO. A 6ª.2 pede desculpas". Na mão de um aluninho bochechudo, uma caixa de presente com o sabonete de morango que eu queria. Na mesa, bolos, nas boquinhas o estridente "PARABÉNS A VOCÊÊÊÊ" e nas perninhas, velocidade para pegar o melhor lugar no abraço coletivo. Mais emoção hoje, chegando do trabalho. Envelope vindo do Rio de Janeiro. Dentro dele, um DVD do BB King. Era meu melhor amigo Renato me bonificando por eu não ter podido ir assistir o show com ele no Rio, junto com inúmeros convites Regina decorados com o Ursinho Pooh neném para que eu convide maes amigos para a minha festa (que já foi, mas enfim HAHAHAHA)...
Victor Hugo escreveu no poema mais clichê de todo o universo: Desejo que quando estiver bem cansado ainda exista amor pra recomeçar". Então eu não devo me abater pelo final de ano, porque se o privilégio for amor, então eu tenho é muita sorte. Porque as pessoas que eu mais amo nessa vida repetiram várias vezes que me amavam nesses dias difíceis. E como eu precisei disso... E foi suficiente pra que tudo estivesse bem nessa sexta-feira, 15/12, embora os diários de classe entregues e as notas fechadas deem um ar de finalização a tudo. Acabou. mas como existe amor pra recomeçar, heim? Dentro e fora.

Existe amor pra recomeçar!


Juntar família, amigos e alunos numa mesma festa (foto só das calcinhas! os cuecas ficaram exilados no outro lado!)


Dançar até cair Stayin' Alive, sem ligar se os outros estão vendo o vexame, ir quase até o chão e fazer a mesma coisa em cada refrão! E ainda cantar no megafone do cara da banda!


É só amor. Sem nome ou sobrenome, sem sentir o que não sente, como diz a música. Porque além de tudo, faz aniversário no mesmo dia do Érico Veríssimo! Amo você! (chega, mais, apenas no plus!)


Ter as duas patetas (quem é a terceira/ heim? heim?) para proporcionar isso:




Ter eles pra segurar todo o resto. Assim fica fácil!

Esse é o combustível do recomeço!

E daí, final de ano já é o maio clichê!
Lá vai:

Eu te Desejo
Eu te desejo não parar tão cedo
pois toda idade tem prazer e medo
E com os que eram feios o bastante
que você consiga ser tolerante
Quando você ficar triste que seja por um dia
e não o ano inteiro
Que você descubra que rir é bom
mas rir de tudo é desespero
Desejo que você tenha a quem amar
e quando estiver bem cansado
ainda exista amor pra recomeçar
Eu te desejo muitos amigos
mas que em um você possa confiar
E que tenha até inimigos pra você não deixar de duvidar
Quando você ficar triste que seja por um dia e não o ano inteiro
Que você descubra que rir é bom
mas rir de tudo é desespero
Desejo que você tenha a quem amar
e quando estiver bem cansado
ainda exista amor pra recomeçar
pra recomeçar
Eu desejo que você ganhe dineiro pois é preciso viver também
E que você diga a ele pelo menos uma vez quem é mesmo o dono de quem...

sábado, 2 de dezembro de 2006
O ano que ainda não terminou


Pois ontem minha irmãzinha me perguntou: "ei Mari, você não vai fazer seu texto de homenagem a si mesma esse ano? É o segundo ano que você não faz!".
Pois é, eu sempre escrevia um texto tirando um sarro do meu ano pateta, de corridas contra o tempo e de vaciladas pelas curvas. O melhor remédio é rir, e eu me esculaxava.
Esse ano, não tive nenhuma idéia. Néia, minha irmã nipônica sempre diz: "você é a pessoa que eu conheço que mais gosta de comemorar aniversário". Esse ano eu nem estou com muita vontade. Ronaldo me perguntou "oq você quer ganhar?" E eu disse: nada. É, eu acho que eu não quero ganhar nada mesmo.
Mas vou fazer diferente. Vou ser piegas como eu fui a maior parte do ano e homenagear aqueles que fizaram o ano dos 23. Por que sem vocês, ele simplesmente não seria, e ter voc~es comigo é sem dúvida, o maior significado de vida.




PS: Eu ia escrever de cada um, comecei e escrevi até a Sue Ellen. Aí eu fiquei com dó do meu primo Victor, que é o último da lista, e até lá eu ia perder a imaginação, pq afinal, são 56 pessoas! Pra não ser injusta, achei melhor nem postar =)
Lembrete
Faltam aqui algumas fotos de pessoas determinantes, mas que eu não tinha no meu pc nem achei nos orkuts da vida: Tia Daura, tão amada, e que tirou todas as fotos dela do Orkut! Tia Regina minha madrinha, Gilda, minha madrinha acadêmica, orientadora ponta firme! Antõnio Carlos, o "irmão" acadêmico, sempre pronto pra auxiliar nessa minha virgindade no mundo dos semi-deuses pós doutorados, Márcia, a secretária do Integrado e muitos alunos que me ensinam que a vida é sempre, mas sempre aprendizagem. Além de muitas outras que minha injustiça não permitiu que eu lembrasse.

Do baú:
November Rain
Ontem minha casa foi inundada, cachorrada toda se apossou da sala, e o novembro chegou mesmo anunciando o fim do ano com uma chuva que continuou por todo o feriado. Eu não gosto de novembro. Não gosto porque ele anuncia, depois da chuva, aquele amarelo apoteótico do sol e as manhãs escuras do horário de verão que são quentes e revelam: logo mais é dezembro. Dezembro vaporento. Quando penso em dezembro penso logo de tardes de sábado, onde 19hs ainda tem sol e meus pais estão na cozinha fazendo a comilança de mais a noite. Penso também na dor nas costas que dá preparar meu bolo de aniversário, e o bolo do meu pai. Dezembro tem gosto de pavê, e o início da canseira, igual aquela das 6h30, de recomeçar, pois logo mais, é janeiro. Ah, como janeiro me cansa...
1, 2, 3. Dezembro. Seperava as mechas para fazer a chapinha no meu cabelo não-liso. 1,2,3 cabelos brancos. Eu me lembro que falava: "quando aparecer os primeiros cabelos brancos, eu vou pintar porque é feio". Mas eu achei bonito. E nem arranquei, como a gente costuma fazer no cabelo dos outros. Vai ser legal ver meu cabelo "preto nuclear" como diz o Jaum, ficar levemente pigmentado por fiozinhos claros.
quinta-feira, 30 de novembro de 2006
O tiro que parece não ter saído pela culatra


A globalização confere um aspecto peculiar à sociedade do início do século XXI. Levada ao seu grau mais extremo, o falso caráter homogêneo que ela propõe é um dos maiores desafios que a sociologia pode enfrentar.
Uma vez que a sociedade se desenvolve em ritmo acelerado, as diferenças também se impõem da mesma forma: o fluxo liberal de capitais contribui na formação de uma massa de excluídos que não percebem nada de homogêneo nessa nova ordem: são ainda mais exploradas e a estrutura frágil á qual sempre estiveram inseridas não permite que sua condição seja diferente, mesmo que se pregue a idéia de igualdade de oportunidades.
A sociologia vem de encontro á necessidade de análise das interações sociais, como elas se configuram e se desenvolvem, concomitantemente ao curso da sociedade. Porém, o que não podemos deixar de analisar é q eu a modificação da sociedade, principalmente pelo advento da tecnologia, não vem de encontro com o aprimoramento da condição de alguns.
Os pontos já ressaltados encontram eco nos sistemas de ensino, onde, por exemplo, a rede pública (se tomando como exemplo as escolas brasileiras), apresenta para quem quiser analisar, a deficiência de sua clientela em articular aquilo que lhe foi ensinado durante os anos escolares. Ora, não se é defendido que a tarefa da sociologia - recém instituída nos currículos escolares do ensino médio nacional - deve ser a de fomentar nos seres a experiência crítica? Pois bem, talvez seja esse mais um dos desafios da sociologia no século XXI, ou seja, ultrapassar as barreiras que estão expressas nas bases que os ser humano recebe na infância - na maioria das vezes, insuficiente - e estabelecer com ela o parâmetro que vai conferir ao indivíduo a capacidade crítica, que fará com que ele transpasse o senso comum, tendo enfim consciência de que faz parte de um todo social, e mais; que é elemento determinante desse todo.
O exemplo foi preciso para destacar que a sociologia se apresentará no século XXI como artifício de inserção em uma totalidade que se representa cada vez mais segmentaria e foge mais do caráter "globalizante", que só tem a ver, enfim, com a economia.
A sociedade global produziu um indivíduo que, mesmo sem querer, se destaca dela: é na homogeneidade que propõe que ele acaba não se identificando como ser social, simplesmente por seu sentido não ser passível de compreensão numa esfera que se configura cada vez mais individualizante, principalmente, como já se disse, pelo advento tecnológico que propõe cada vez mais sua racionalidade que termina por retirar do ser aquele sentimento inerente de relação. Basta observarmos a questão das relações pessoais, onde na sociedade tecnológica, o ser se comunica cada vez menos e vai perdendo a capacidade de buscar essa interação.
Dessa forma, outro importante desafio da sociologia no século XXI será traçar metas para que os ser humano retome o seu caráter de interação nessa esfera individualizante que o mundo globalizado configura. Mostrar como, apesar das estruturas que cada vez mais contribuem para a individualização do ser - grandes cidades, desgaste profissional, etc - o homem pode reencontrar sua propriedade social que vai além da língua, nacionalidade ou costumes: aquela de querer (e não apenas precisar) estar perto de outros seres humanos.



Vida caralha...

Às 21:56:47 MaritaPregou este panfleto
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terça-feira, 21 de novembro de 2006
Perdi Vinte, Vinte e Quatro...


Acordar com sono, sem vontade de acordar. E eu também não sei por que isso ocorre, eu não estou triste, nem nada. Acho que só estou cansada. Trabalhar cansa, a sociabilidade cansa, as pessoas cansam. E você vai percebendo que, lutar contra elas é uma guerra perdida, e então você simplesmente se acostuma com as coisas. Com o que você gosta, que acaba sendo banalizado se você não aprimora, e também com as coisas que você não gosta, porque você simplesmente não liga mais, tal é a frequência que coisas que nos desagradam acontecem por aí. O medo do conflito faz isso e você pensa: mas essa vida também é tão curta, e brigar é tão cansativo... deixa passar.
De tudo, o que eu mais tenho medo é o desencanto. Juro, não quero me desencantar com as coisas, mas tem horas que é inevitável.E eu, que dou um valor imenso para até aquilo que não tem valor, contemplando as coisas da vida, como naquela cena da Winona Ryder em Edward, Mãos de Tesoura, onde ela gira encantada embaixo da neve, me sinto idiota por prezar tanto, por cuidar tanto.
Talvez seja mesmo idiota. Talvez as coisas não tenham tanto valor.
Vou fazer 24 anos. Mas eu não tenho 24 anos.

Eu queria querer por uma música aqui.

Às 22:43:08 MaritaPregou este panfleto
# || envie este texto para um amigo || SUBA NO PALANQUE!!! [3]

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domingo, 5 de novembro de 2006


Se Deus quiser um dia eu viro semente
E quando a chuva molhar o jardim, ah, eu fico contente
E na primavera vou brotar na terra
E tomar banho de sol, banho de sol, banho de sol, sol
Se Deus quiser um dia eu morro bem velha
Na hora "H" quando a bomba estourar quero ver da janela
E entrar no pacote de camarote
E tomar banho de sol, banho de sol, banho de sol, sol...

Sementes jamais serão apenas sementes.
Não tem nada, nada mesmo mais promissor que as sementes. Sejam elas de flor, de fruta, de comigo-ninguém-pode. Sementes são promessa de vida, de continuidade.
Pois essa semana se foi uma pessoa que ilustrou toda a minha infância. Menos pela sua presença, mais pelas histórias que minha mãe contava. Era a caprichosa tia Marinês, com quem eu aprendi intuitivamente a encapar caixa de sapatos. Não, ela não me ensinou, mas minha mãe contava que ficavam tão bonitas que eu queria fazer igual. É a Tia Marinês que dava aula no Externato Branca de Neve, e esse era o nome da minha escolhinha imaginária, onde minhas bonecas estudavam. E minha mãe falava com tanto orgulho "Tia Marinês é professora", que eu acho que eu sempre achei bonito ser professora por causa da Tia Marinês mesmo. Uma das coisas que eu queria desde pequena: ser professora. Ora, posso dizer então, que um sonho já foi realizado! Mesmo que seja difícil, que desanime, eu tenho certeza que também estou espalhando por aí sementes. As mesmas que os alunos da Tia Marinês retribuíram, no envelopinho, durante a sua missa de sétimo dia.


No céu estrelado eu me perco com os pés na Terra...

Sexta-feira, 14h30. Maravilha, dispensa, nenhum aluno. Política durante duas horas, reformulação do PT da cidade. Dentro, completamente. Não adianta tentar fugir do destino, ou seja, procurar sarna para se coçar. 14h00, maravilha, daqui a pouco, 14h30! Missa de sétimo dia. Não gosto muito de celebrações, sejam quais forem. Batizado, aniversário, casamento, velório, enterro, missa, noivado, visitar nenem na maternidade. Não precisamos de momentos convencionais pra sentir a pessoa com a gente, mas enfim, obrigação. 14h30.
Calor. A cidade do ferrorama, mais de 30 graus, com certeza. Uma cocada no centro da cidade, mais de 15h. Dia 08, pagamento, sábado, aniversário da Aline. Presente da Mie, ainda não entregue. Quanta conta pra pagar! Luz acesa da gasolina, abastecer, não dá pra esquecer. Ahhh a missa de sétimo dia! Conta. Conta. Conta! Abana, abana, abana! Suspiro (...) Finalmente, banho. Cabeça debaixo do chuveiro. Tudo aquilo na cabeça. Fecho os olhos. "Calma. A gente já vai lá ver as bonecas". Sorriso.


Os livros na estante já não têm mais tanta importância
Do muito que eu li, do pouco que sei
Nada me resta
A não ser a vontade de te encontrar
O motivo eu já nem sei
Nem que seja só para estar ao seu lado
Só pra ler no seu rosto
Uma mensagem de amor
À noite eu me deito,
Então escuto a mensagem no ar
Tambores rufando
Eu já não tenho nada pra te dar
No céu estrelado eu me perco
Com os pés na terra
Vagando entre os astros
Nada me move nem me faz parar
A não ser a vontade de te encontrar
O motivo eu já nem sei
Nem que seja só para estar ao seu lado
Só pra ler no seu rosto
Uma mensagem de amor






quinta-feira, 19 de outubro de 2006
4 felicidades

Eu estava me perguntando outro dia, o que era felicidade. Acabei concluindo na segunda-feira, acho, que, felicidade era na verdade, ser mulher. Outro dia, disse que felicidade era ver meu armário todo arrumado pela minha mãe. Que felicidade, era mãe.
Descobri outras felicidades aqui. Ei-las!


Felicidade é conseguir entrar na Unicamp, ter 19 anos, não saber nem amarrar os sapatos e ingressar no curso de Ciências Sociais. É ficar com a mãe das 9 até às 17hs sentada num banco duro, almoçando uma comida ruim de burguês no Instituto de Artes, esperando a lista sair e seu nome, estar lá. É subir de saia nas costas de quem estava na frente, só pra ter certeza que o nome estava lá e sair correndo, correndo, e pular no colo da mesma mãe que já estava com a bunda doendo. É ligar pro pai do orelhão e escutar ele chorar de emoção pq vc entrou na Unicamp. É conhecer pessoas, brigar com elas, e mesmo assim, na frente de um prato com caldo verde, ver que tudo continua como antes, e resgatar a solidariedade orgânica, haha! Felicidade é perder todas as esperanças na vida e na humanidade, no lugar onde você achava que seria a mais feliz das pessoas, e mesmo assim se acabar de dançar Madonna com várias, eu disse várias Bohemias na cabeça, na festa de formatura. É ficar literalmente sem pé, de tanto, tanto dançar. Mas pra que pé, se com 23 anos eu ainda não sei amarrar os sapatos?


Felicidade é construir relações sólidas. É ir fazendo os pares aí, aos poucos. É não conseguir viver sem pessoas importantes. É sentir quando uma pessoa que você ama não está bem, é se esforçar pra resolver um mal entendido. É ver a música aproximando de você duas pessoas raras. É o melhor amigo te chamar de ema há mais de 100 anos e você nem mais ligar. É conversar com ele sobre absolutamente tudo, é ele saber de todos os seus defeitos e mesmo assim continuar te aguentando...
É conhecer alguém sagitariano como você. É se aproximar dessa pessoa sem interesse nenhum, só pelas similitudes, é sentir borboletas no estômago e ter um namorado com quem você pode falar da Marjane Satrapi e ser entendida. É escutar "deixa que eu corto a cebola, senão você vai chorar", ou "eu sinto falta daquele toque, no final da noite".
É ter dois Renatos tão importantes. Felicidade é ver dois dos principais homens da sua vida, dizerem que te ama, quase simultaneamente. E é ficar com cara de tonta por uns 5 minutos, olhado para as duas janelas abertas no PC.


Maria, Maria, é uma força, uma certa magia...
Felicidade é juntar mãozinhas tão diferentes num mesmo evento. É ser estrelinha, é ser florzinha, é ser argola Sandra Rosa Madalena, é ser borboletinha. E mesmo assim, ter a coragem de sair, enfrentar o mundo. Ser mulher fatal, ser intelectual, ser nerd, ser desbocada, ser romântica, fazer voto de castidade, procurar emprego, e sorrir cada vez que o mundo diz não (a maior parte do tempo). É se permitir ser todas as mulheres do mundo, por uma ir completando a outra.


Felicidade é olhar no espelho e ver exatamente a mesma imagem


E como tudo tem uma trilha sonora...
Enquanto Bibi picava o alho da abobrinha, colocamos Flávio Venturini, nunca foi tão apropriado (posso escutar novamente essa música sem curtir fossa), e ela inspirou toda a felicidade ali acima.
Vale tentar viver
Tudo demais
Você me faz descobrir
O dom de iluminar
Tudo que for sentir
Deve durar
De tanto a luz expandir
Aprender conhecer revelar
Sim princesa sou quem vai chegar
Na chuva da montanha
Vem se molhar
Sempre pra sempre sou por seu querer
Estrela cintilante
Vem me valer
Vale dizer que sim
Vale chorar
De tanto o som explodir
Descobrir conhecer revelar
Sim princesa sou quem vai pedir
Me faz arder em brasa
Vem e me acende
Chama me chama
Sou por seu querer
Estrela cintilante