Sinto de uma forma latente na minha alma que você na verdade, não saiba nada sobre mim. 

Você não sabe que eu adoro dançar até as seis da manhã entre uma Cuba Libre e outra. Não sabe que eu canto alto minha playlist toda do Spotify e que eu gosto de ter longas conversar de travesseiro até pegar no sono. 

Não sabe, porque nao quer 

Não sabe porque nao me dá tempo de te dizer é você também não se esforça para descobrir

Quem sabe um dia você saiba que das coisas que eu mais gosto na vida é chegar ao Rio de Janeiro. Que eu gosto de andar pelas ruas de cidades desconhecidas esbarrando em anônimos e fazendo amizades improváveis. 

Que eu escrevo, você também não sabe. Escrevo essas prosas que não fazem sentido depois de um ano ou dois, pois lá não serão mais para você. 

Você não sabe que, apesar de abreviada, eu amo a vida de uma forma louca e intensa. Que eu quero experimentar o mais de tudo e muito além.

Que eu sou intensa e assim só eu sei viver. Que eu amo pra valer e se não for, não  me vale. 

É uma pena que você não me dê tempo de mostrar que eu quero a vida de braços abertos e embriagados de você, gin ou seja mais de bom o que existir. 

Eu sou assim. Que eu quero rir quando o cansaço me liberar e gozar de tudo até o limite, porque é só o que eu quero. 

E eu rio e meu riso é largo e a gargalhada é mais. Apenas sou e sinto.  

Profa. Dra. Mariana Lima Marques 

Graduada, mestre e doutora em Sociologia pela Universidade Estadual de Campinas e Universidade de Évora

Especialista em Iberismo (UÉvora)

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