sexta-feira, 31 de agosto de 2007


sexta-feira, 29 de dezembro de 2006


Pois que o último não será o último. Pois que não sirvamos apenas pra pra acalmar a ânsia daquilo que ainda não se concretizou Pois que nosso caminho seja apenas o nosso caminho. E que cada um siga o seu, sem inteferir no do outro. Porque caminho a dois é caminho de um. E só é assim quando é. Pois que exista amor de verdade. Eu disse de verdade. Puro como vodka russa. Sem aditivos de piedade, carência, contratos ou muleta. Porque amor de verdade não acaba. Por que amor de verdade se renova. Porque amor de verdade simplesmente existe. E existe, existe... Pois que os corações não se sintam tristes. Nem descartados. Nem menos amados. Que não haja necessidade de fuga, nem medo. Não há maneira de fugir daqui. Eu disse aqui. E é melhor que não tenhamos medo de nós mesmos. De tão subjetivos, era melhor mesmo que os sentimentos (e situações) fossem objetivos.


quarta-feira, 27 de dezembro de 2006
Egocêntrico, mal elaborado e repetitivo




Não adianta. O gosto pelo final de ano definitivamente não pertence a mim.
Eu me sinto cansada e me lembro logo dos finais de ano da TV Colosso, onde aparecia sempre o ano velho, bem velhinho, com uma bengalinha, cansado, sem conseguir andar... E o ano novo, fortão, cheio de luzinhas. Eu sou o ano velho.
Tenho dormido tanto, tanto. Mas todas as vezes que aquele sentimentozinho de fim me abala, eu logo penso em tudo oq o ano de 2006 trouxe. Foi, com certeza, um dos melhores anos da minha vida.
Em um dos capítulos da pesquisa que fiz sobre Campinas, finalizada em 2005, eu escrevi que a grande dificuldade de Campinas em firmar hoje em dia uma identidade prórpia, é a mania, a partir da febre amarela no final do século XIX, se se autoconstruir. Acaba uma coisa, logo a cidade se erguia com uma nova característica e tem sido assim até hoje.
Pois esse ano pra mim foi um ano Campinas. Com a diferença de que as coisas que aconteceram só serviram pra alimentar a minha prórpia identidade.
Em 2006 eu me formei. Assinei meu diploma num tablado enorme, segurei o vestido pra ninguém ver minha calcinha, enquanto meus pais, minha irmã e meus amigos gritavam lá de cima. A irmã da Pat, a Rosane, fez a foto do momento inusitado. E então eu estava formada. Foi tão ruim ficar aqueles anos ali no IFCH que ali eu repensei tudo, e pensei: não quero vida acadêmica. Não sei se quero voltar pra cá. Essas pessoas não tem nada a ver comigo. Eu quero ter minha casa, uma rede e tempo pra brincar com os meus filhos.
Mas aí eu fui ser professora de verdade, terminando o ano com 40 (wow!) aulas semanais. E aí eu vi mesmo oq não era ter tempo. E eu vi também o que era a inveja de uns, a falta de educação de tantos outros, a falta de consideração, as fofocas, e aquele monte de gente que não sabe nada querendo mandar na sua vida. E aí eu percebi que de uma forma ou de outra eu não ia ter tempo... E que mesmo que eu amasse dar aula, ia sempre ser daquele jeito. E que de repente, a academia me deixasse menos quebrada, pq pelo menos os livros, os congressos e as intermináveis horas na frente do pc não me respondiam palavras horríveis, nem me colocavam olho gordo, nem diziam coisas que eu já sabia e nem me davam ordens descabidas. E foi pelo gosto, e somente pelo gosto de escrever que eu continuei escrevendo meu projeto. E graças a Érico Veríssimo que ele saiu, pq eu só conseguiria voltar para a academia assim, pela arte. E ali tem de sobra.
Foi junto com Érico Veríssimo que eu fui cuspida pela segunda vez pela USP. A primeira foi na graduação, agora foi no mestrado. Não adianta, o clã não me quer. Mas foi com Érico Veríssimo que eu fui acolhida pela segunda vez pela Unicamp, que é campineira como eu e é onde eu vou ficar. E foi o amor ao estudo desse cara que eu li em um mês 5 livros de teoria sociológica só pensando como seria legal escrever escrever e pesquisar pesquisar sobre ele. E foi assim que eu voltei pra academia.
2006 foi ano de correria. E ela estava em todos os momentos. Não, não é Deus, é minha mãe. Ela continuou, em 2006, a mãe de miss que ela sempre foi. E ela estava lá no pagamento de contas, nas duas vezes que a gente compra sapato pro pai durante o ano, e ela estava lá quando eu bati o carro. Não. Eu bati o carro ano passado, mas enfim, ela estava dentro do carro quando eu bati. O carro é dela e ela nem se abalou. Ela estava lá quando tinha sorvete com calda. E ela pedia dispensa com mentira, quando eu aparecia na porta da escola, com o carro cheio de mulher, pra sair e tomar sorvete. E eu descobri que ela descobriu que sabe desenhar.
2006 foi o ano em que eu mais tive contato com meu pai, que aliás, faz aniversário hoje. Não, meus pais não são separados haha! Mas é que pai sai de manhã, volta a noite. E esse ano eu estava em casa todas as noites, e ninguém mais estava além dele. E a gente fez janta gostosa, leu jornal junto, e debateu horário político junto também. E juntos saímos com a bandeira do PT amarrada no capô do carro, gritando "É Lulaaaaaaaa" pela cidade toda. Mesmo que isso envolva me buscar no cartório eleitoral, onde isso é proibido.
E por enquanto, duas listas de primeira fase saíram. E ela está nas duas. Eu me lembro no final do ano passado, nos pedidos costumeiros: "nome na lista"! Pois é... Então é só pedir de novo que o nome na outra lista você pede para o ano que vem. E tanto esforço, só pode ter um resultado positivo. É o vagaluminho iluminando aí, outras esferas. E vai iluminar sempre.
Em 2006 se refizeram amizades que pareciam desfeitas. E a gente só percebe que elas nunca se foram quando, depois de uma colherada num caldo verde a unica coisa que se tem a dizer é: "estava com saudade disso". E ficar até altas horas conversando, gargalhando das misérias acontecidas e da falta de amor que os outros tem pela gente. E tem aquelas amizades que ficaram tão fortes nesse ano, e que... parece que se desfizeram mesmo... Só 2007 pra dar jeito nisso.
Não é preciso ver sempre. Mas é ter uma mensagem no celular de vez em quando, a presença na porta da balada só pra dizer feliz aniversário e ir embora pq tem que trabalhar no dia seguinte... É um estou com saudade vindo diretamente do Rio, assinado pelo melhor amigo, pela mãe do melhor amigo, pela irmã do melhor amigo e pelo cachorro do melhor amigo. É a amiga de infância divagando sobre a sua vida como se fosse a dela. É odiar isso, ficar puta durante toda a conversa e morrer de rir qdo ela diz que é melhor mesmo é casar por dinheiro que é o único jeito de ser feliz nessa vida.
Mas existem também os mais presentes. Aqueles sem as quais a gente não consegue ficar 24 horas sem se falar. Até porque a gente não consegu mais que isso também. Que chegam, te pintam quando você passa no mestrado, que vão comprar presentes pelo centro da cidade embaixo de chuva, que vai na costureira (ops, médica do Warzinho) e no sindicato com você. Que não te deixam sozinha. E tantos outros sorrisos que iliminam a vida da gente quando tudo parece perdido. A amiga que casou, a amiga que quer casar, o amigaum aum de sempre, o amigo que vai ser pai, a amiga que vai pra Araraquara, a amiga baladeira que agora namora o cara ideal - um guitarrista - a amigo que realizou o fetiche de qq homem - uma namorada enfermeira!, a amiga mai que sorte! e tantos outros sonhos aí que a gente vai compartilhando e fortalecendo os nossos. A gente pode até brigar, mas viver sem, não dá.
2006 foi o ano das verdades e das mentiras. E embora eu seja mesmo exagerada, me descabele de tannnto chorar, também arremesse o fone de ouvido e demais coisas pela frente longe quando sou contrariada e meu orgulho de mulher ferido, tudo foi por uma boa causa; pra mostrar pra esse coração teimoso de sagitariano que existem coisas que são, e coisas que não são. E é incrível como 2006 resolveu certas coisinhas que já vinham de outros anos tão mal resolvidas. Mostrou a face certa das pessoas e fizeram que, quando eu me olhasse no espelho, nascesse em mim enormes orelhas de burro. Porque eu dou valor demais para coisas que simplesmente não existem. E a única coisa que vale a pena nisso tudo é que... se não foi, então nunca existiu. E se não existiu, não tem porque ter lembranças singelas, nem sofrimento, nem nada. E então, quando eu finalmente mandei toda essa coisa de coração, de compartilhar sentimentos, coisas fofinhas e verdades que a gente pensa existir pro raio que o parta... Tcharã! Há, eu bem que tentei, mas também não fui macho pra manter minha palavra por mais de dois finais de semana. Lulu Santos tem razão quando diz que ás vezes aparece um certo alguém. E eu nem me fiz de desentendida. Plac plac plac, barulho das borboletas. E como Clarice já disse aqui: "É vasto, vai durar".
Grande esse, heim? Pois é. E mais uma vez, falando da minha vida. Esse blog anda meio egocêntrico, sei bem. Não cumrpi nenhuma das promessas que fiz nele ano passado, e na verdade, tive pouco tempo pra elaborar coisas melhores. Mas vejam: se o blog não está melhor, se o final de ano continua uma merda e eu esteja deprimida pelos acontecimentos porcaria, pelas pessoas idiotas, eu com certeza posso não ser uma pessoa melhor, mas é evidente o fato de que, mesmo de TPM, eu sou uma pessoa mais feliz. Não tenho oq reclamar de 2006. Talvez pediria que a Nova FM varie um pouco mais sua programação... E que ser feliz seja mais fácil.

E na volta pra casa...
As músicas tem a função, principalmente as mais popzinhas, de lembrar pra gente mesmo que a gente gosta de alguém. Que a distãncia é tãããão sofrida, que a indiferença é amarga, que o amor não presta, que gostar é a melhor coisa do mundo, que a vida só é completa por alguém, bla bla. E escutando a Nova FM diariamente, é impossivel não decorar as letras, até uma delas, especialmente, te remeter a esses lugares comuns aí que elas propõe. E eu não poderia postar pela última vez aqui sem colocar a brega canção que no começo me fazia desligar o rádio. Depois eu só dizia "Ow cacete Nando Reis, antes eu choara de lindo que era, agora eu choro de raiva". E depois eu passei a escutar a letrinha. E hoje na porta do supermercado, eu me peguei cantando. E ela até tem sentido, como todo clichêzão açucarado.

N

E agora, o que vou fazer?
Se os seus lábios ainda estão molhando os lábios
meus?
E as lágrimas não secaram com o sol que fez?
E agora como posso te esquecer?
Se o seu cheiro ainda está no travesseiro?
E o seu cabelo está enrolado no meu peito?
Espero que o tempo passe
Espero que a semana acabe
Pra que eu possa te ver de novo
Espero que o tempo voe
Para que você retorne
Pra que eu possa te abraçar
e te beijar
de novo
E agora, como eu passo sem te ver?
Se o seu nome está gravado no
meu braço como um selo?
Nossos nomes que tem o N
como um elo
E agora como posso te perder?
Se o teu corpo ainda guarda o
meu prazer?
E o meu corpo está moldado
com o teu?

quarta-feira, 6 de dezembro de 2006
Porque...




Veio bem a calhar aquele painel ali abaixo. Porque nada aconteceria sem a força de vocês. Então, eu vou postar aquilo que eu tinha escrito no texto que iria com o painel, e que agora serve de agradecimento às primeiras pessoas que eu avisei da grande notícia ali acima.

PS: A montagem da lista e aquela foto infame foi feita pela Bibi ás pressas, enquanto eu falava com o Rê por telefone. Fala pra mim: com um carinho desse, o que que eu posso querer mais nessa vida, heim?
PS2 : Foram 16 aprovados =)

Iza - Determinante. Não tem outra palavra. Talvez Necessária. Vitaminada também. Eu preciso me deslocar de um lado pra outro pra poder ganhar o pão? Ela cede o carro. Eu não tenho tempo de comer? Pois ela prepara a comida, a roupa, me acorda de manhã e ainda topa fazer compras expressas entre um intervalo entre uma aula e outra. Corre embaixo de sol, põe o relógio pra despertar, está sempre junto e ainda fecha com 10 em todas as matérias da escola. Essa é a minha mãe.
Di - Eu me pareço com ele? Não me pareço. Pareço. Acho. Não acho. Sou teimosa igual.
Bibi - A irmãzinha que eu falava tem 19 anos. E eu ainda trago mimos para ela dos lugares onde vou, porque pra mim, ela não vai crescer. Sou uma pessoa privilegiada, no mínimo: chegar em casa e escutar " ah, vc ainda vai voltar pro serviço? Eu to com saudade, queria que você ficasse" vale mais que mil alfajores uruguaios.
Renato Lets get it on é a música. Mas será que ele lembra? Eu acho que não! E não vou falar muito, porque dia 17 o presente de aniversário dele vai ter um plus que já vai encher até a bola do dono do furinho no queixo que ele divide comigo há 5 meses. Será que ele lembra que são 5 meses? Eu também acho que não. O que importa? A-DO-RO! Só pra finalizar? Renato é o nome do cara que eu amo.
Néia Eu deveria odiar a pessoa que me empresta uma sandália maior que meu pé e me acorda ás 6 da manhã depois de ter ido dormir ás 4. Não tem como. Fazer um churrasco, ir pra Xel Há e abafar na balada, só com a Néia.
Renato Meu ano começou bem, era fevereiro e eu estava com o Rê. Falta uma foto aqui da Tia Daura, que fez o favor de tirar as fotos dela do orkut rrrr... O melhor purê do universo, é o dela! Eu poderia dizer muitas coisas, mas eu só falar de uma: escutar os Stones tocando The Night Time is the Right time e aquele abraço na rodoviária são, sem dúvida, momentos de carinho que eu vou guardar a vida toda.
Agradecendo também a minha grande incentivadora e orientadora Gilda Portugal, que, de madrugada, ao saber do veredicto, tentou me ligar. Não conseguiu e ligou a manhã toda e mesmo minha mãe atendendo, quis dar ela mesma os parabéns. E foi isso que ela disse quando atendeu meu telefonema de retorno: parabéns. Esse foi realmente o presente de aniversário que eu pedi.
sexta-feira, 15 de dezembro de 2006
Cadeado, contratos, presentes e coisas de verdade


Com o tempo a gente aprende que o recomeçar é imprescindível, e aí a gente ergue a cabeça e segue em frente. Mas algumas pessoas não tem o medo do reinício.Mas, como eu, tem um certo pânico do corte. Eu fico pensando se o meu problema foi meu parto. Eu imagino como eu devo ter sofrido intensamente de ter que me desligar do cordão que me segurou durante nove meses, mesmo sabendo que a separação me levaria para os braços da mamã. Minha depressão deve vir daí. Eu simplesmente não consigo cortar laços, sejas quais forem, mesmo sabendo que depois coisas melhores virão.
Vejo as pessoas se descolarem das coisas, empregos e pessoas na maior facilidade, como se nada fossem os anos de empenho, amizade ou apego. Não sei viver assim e mesmo que esteja ruim, eu fico me apegando àqueles detalhes que já nem existem mais. Esse meu distúrbio também pode ser chamado e diagnosticado como burrice, mas não vem ao caso agora.
Sempre que acontece alguma porcaria, a primeira coisa que eu penso é: eu vou dar um jeito. Eu vou conseguir. E acho que todo mundo pensa isso, é o instinto de sobrevivência. E eu vou começar a viver menos dolorosamente quando aprender a cortar laços.
Cadeados também prendem, e o meu, esse que eu touxe pra casa na quarta, não deveria ter saído jamais do armário na biblioteca da Unicamp. Com o tempo, apesar das pessoas horríveis, forasteiras e sem nenhuma alma, eu vou aprendendo que aquele é meu lugar. E vou me conformando com a idéia de que eu poderei ser acadêmica e dona de casa, porque, como eu disse outro dia para a Sue, meu maior sonho é trocar fraldas enquanto ficho "Economia e Sociedade" do Max Weber. E tomara que meu filho não me odeie por isso, a maior prova de seu ódio será se ele seguir profissões como Administração, Contabilidade, enfim, essas coisas sem alma. Mas isso não vai acontecer. Agora que meu cadeado está em casa, eu sinto que as coisas estão certas. Por mais que tenha me dóido a transferência de um armário para o outro, eu sinto que está certo. Existem lugares que não são e nem merecem a gente. Unicamp, estou de volta!
Odeio final de ano, mas esse está sendo peculiar. Coisas boas, coisas ruins, mas uma certeza: parece que está indo tudo para o seu devido lugar. Sabe aquelas bolinhas de mercúrio que vão se juntando quando o termômetro quebra? É isso que eu sinto agora na minha vida. Novamente, eu sinto tudo se arrumando devidamente onde deveria estar sempre.
Odeio final de ano. Mas eu adoro ter amigos. Adoro ter uma família de verdade. Adoro saber que o cara que eu amo me ama.
Uma das maiores frustrações da minha vida era não ter sido pintada quando entrei na graduação. E ontem, o que as duas patetas Mie e Sue fizeram? Pois vieram até a minha casa com dois potes de guache e me detonaram de tinta. Eu é claro ADOREI. Uma carga de emoção forte para o dia em que abri a porta da sala da 6ª 2 e me deparei com um cartaz: "Professora Mari, FELIZ ANIVERSÁRIO. A 6ª.2 pede desculpas". Na mão de um aluninho bochechudo, uma caixa de presente com o sabonete de morango que eu queria. Na mesa, bolos, nas boquinhas o estridente "PARABÉNS A VOCÊÊÊÊ" e nas perninhas, velocidade para pegar o melhor lugar no abraço coletivo. Mais emoção hoje, chegando do trabalho. Envelope vindo do Rio de Janeiro. Dentro dele, um DVD do BB King. Era meu melhor amigo Renato me bonificando por eu não ter podido ir assistir o show com ele no Rio, junto com inúmeros convites Regina decorados com o Ursinho Pooh neném para que eu convide maes amigos para a minha festa (que já foi, mas enfim HAHAHAHA)...
Victor Hugo escreveu no poema mais clichê de todo o universo: Desejo que quando estiver bem cansado ainda exista amor pra recomeçar". Então eu não devo me abater pelo final de ano, porque se o privilégio for amor, então eu tenho é muita sorte. Porque as pessoas que eu mais amo nessa vida repetiram várias vezes que me amavam nesses dias difíceis. E como eu precisei disso... E foi suficiente pra que tudo estivesse bem nessa sexta-feira, 15/12, embora os diários de classe entregues e as notas fechadas deem um ar de finalização a tudo. Acabou. mas como existe amor pra recomeçar, heim? Dentro e fora.

Existe amor pra recomeçar!


Juntar família, amigos e alunos numa mesma festa (foto só das calcinhas! os cuecas ficaram exilados no outro lado!)


Dançar até cair Stayin' Alive, sem ligar se os outros estão vendo o vexame, ir quase até o chão e fazer a mesma coisa em cada refrão! E ainda cantar no megafone do cara da banda!


É só amor. Sem nome ou sobrenome, sem sentir o que não sente, como diz a música. Porque além de tudo, faz aniversário no mesmo dia do Érico Veríssimo! Amo você! (chega, mais, apenas no plus!)


Ter as duas patetas (quem é a terceira/ heim? heim?) para proporcionar isso:




Ter eles pra segurar todo o resto. Assim fica fácil!

Esse é o combustível do recomeço!

E daí, final de ano já é o maio clichê!
Lá vai:

Eu te Desejo
Eu te desejo não parar tão cedo
pois toda idade tem prazer e medo
E com os que eram feios o bastante
que você consiga ser tolerante
Quando você ficar triste que seja por um dia
e não o ano inteiro
Que você descubra que rir é bom
mas rir de tudo é desespero
Desejo que você tenha a quem amar
e quando estiver bem cansado
ainda exista amor pra recomeçar
Eu te desejo muitos amigos
mas que em um você possa confiar
E que tenha até inimigos pra você não deixar de duvidar
Quando você ficar triste que seja por um dia e não o ano inteiro
Que você descubra que rir é bom
mas rir de tudo é desespero
Desejo que você tenha a quem amar
e quando estiver bem cansado
ainda exista amor pra recomeçar
pra recomeçar
Eu desejo que você ganhe dineiro pois é preciso viver também
E que você diga a ele pelo menos uma vez quem é mesmo o dono de quem...

sábado, 2 de dezembro de 2006
O ano que ainda não terminou


Pois ontem minha irmãzinha me perguntou: "ei Mari, você não vai fazer seu texto de homenagem a si mesma esse ano? É o segundo ano que você não faz!".
Pois é, eu sempre escrevia um texto tirando um sarro do meu ano pateta, de corridas contra o tempo e de vaciladas pelas curvas. O melhor remédio é rir, e eu me esculaxava.
Esse ano, não tive nenhuma idéia. Néia, minha irmã nipônica sempre diz: "você é a pessoa que eu conheço que mais gosta de comemorar aniversário". Esse ano eu nem estou com muita vontade. Ronaldo me perguntou "oq você quer ganhar?" E eu disse: nada. É, eu acho que eu não quero ganhar nada mesmo.
Mas vou fazer diferente. Vou ser piegas como eu fui a maior parte do ano e homenagear aqueles que fizaram o ano dos 23. Por que sem vocês, ele simplesmente não seria, e ter voc~es comigo é sem dúvida, o maior significado de vida.




PS: Eu ia escrever de cada um, comecei e escrevi até a Sue Ellen. Aí eu fiquei com dó do meu primo Victor, que é o último da lista, e até lá eu ia perder a imaginação, pq afinal, são 56 pessoas! Pra não ser injusta, achei melhor nem postar =)
Lembrete
Faltam aqui algumas fotos de pessoas determinantes, mas que eu não tinha no meu pc nem achei nos orkuts da vida: Tia Daura, tão amada, e que tirou todas as fotos dela do Orkut! Tia Regina minha madrinha, Gilda, minha madrinha acadêmica, orientadora ponta firme! Antõnio Carlos, o "irmão" acadêmico, sempre pronto pra auxiliar nessa minha virgindade no mundo dos semi-deuses pós doutorados, Márcia, a secretária do Integrado e muitos alunos que me ensinam que a vida é sempre, mas sempre aprendizagem. Além de muitas outras que minha injustiça não permitiu que eu lembrasse.

Do baú:
November Rain
Ontem minha casa foi inundada, cachorrada toda se apossou da sala, e o novembro chegou mesmo anunciando o fim do ano com uma chuva que continuou por todo o feriado. Eu não gosto de novembro. Não gosto porque ele anuncia, depois da chuva, aquele amarelo apoteótico do sol e as manhãs escuras do horário de verão que são quentes e revelam: logo mais é dezembro. Dezembro vaporento. Quando penso em dezembro penso logo de tardes de sábado, onde 19hs ainda tem sol e meus pais estão na cozinha fazendo a comilança de mais a noite. Penso também na dor nas costas que dá preparar meu bolo de aniversário, e o bolo do meu pai. Dezembro tem gosto de pavê, e o início da canseira, igual aquela das 6h30, de recomeçar, pois logo mais, é janeiro. Ah, como janeiro me cansa...
1, 2, 3. Dezembro. Seperava as mechas para fazer a chapinha no meu cabelo não-liso. 1,2,3 cabelos brancos. Eu me lembro que falava: "quando aparecer os primeiros cabelos brancos, eu vou pintar porque é feio". Mas eu achei bonito. E nem arranquei, como a gente costuma fazer no cabelo dos outros. Vai ser legal ver meu cabelo "preto nuclear" como diz o Jaum, ficar levemente pigmentado por fiozinhos claros.
quinta-feira, 30 de novembro de 2006
O tiro que parece não ter saído pela culatra


A globalização confere um aspecto peculiar à sociedade do início do século XXI. Levada ao seu grau mais extremo, o falso caráter homogêneo que ela propõe é um dos maiores desafios que a sociologia pode enfrentar.
Uma vez que a sociedade se desenvolve em ritmo acelerado, as diferenças também se impõem da mesma forma: o fluxo liberal de capitais contribui na formação de uma massa de excluídos que não percebem nada de homogêneo nessa nova ordem: são ainda mais exploradas e a estrutura frágil á qual sempre estiveram inseridas não permite que sua condição seja diferente, mesmo que se pregue a idéia de igualdade de oportunidades.
A sociologia vem de encontro á necessidade de análise das interações sociais, como elas se configuram e se desenvolvem, concomitantemente ao curso da sociedade. Porém, o que não podemos deixar de analisar é q eu a modificação da sociedade, principalmente pelo advento da tecnologia, não vem de encontro com o aprimoramento da condição de alguns.
Os pontos já ressaltados encontram eco nos sistemas de ensino, onde, por exemplo, a rede pública (se tomando como exemplo as escolas brasileiras), apresenta para quem quiser analisar, a deficiência de sua clientela em articular aquilo que lhe foi ensinado durante os anos escolares. Ora, não se é defendido que a tarefa da sociologia - recém instituída nos currículos escolares do ensino médio nacional - deve ser a de fomentar nos seres a experiência crítica? Pois bem, talvez seja esse mais um dos desafios da sociologia no século XXI, ou seja, ultrapassar as barreiras que estão expressas nas bases que os ser humano recebe na infância - na maioria das vezes, insuficiente - e estabelecer com ela o parâmetro que vai conferir ao indivíduo a capacidade crítica, que fará com que ele transpasse o senso comum, tendo enfim consciência de que faz parte de um todo social, e mais; que é elemento determinante desse todo.
O exemplo foi preciso para destacar que a sociologia se apresentará no século XXI como artifício de inserção em uma totalidade que se representa cada vez mais segmentaria e foge mais do caráter "globalizante", que só tem a ver, enfim, com a economia.
A sociedade global produziu um indivíduo que, mesmo sem querer, se destaca dela: é na homogeneidade que propõe que ele acaba não se identificando como ser social, simplesmente por seu sentido não ser passível de compreensão numa esfera que se configura cada vez mais individualizante, principalmente, como já se disse, pelo advento tecnológico que propõe cada vez mais sua racionalidade que termina por retirar do ser aquele sentimento inerente de relação. Basta observarmos a questão das relações pessoais, onde na sociedade tecnológica, o ser se comunica cada vez menos e vai perdendo a capacidade de buscar essa interação.
Dessa forma, outro importante desafio da sociologia no século XXI será traçar metas para que os ser humano retome o seu caráter de interação nessa esfera individualizante que o mundo globalizado configura. Mostrar como, apesar das estruturas que cada vez mais contribuem para a individualização do ser - grandes cidades, desgaste profissional, etc - o homem pode reencontrar sua propriedade social que vai além da língua, nacionalidade ou costumes: aquela de querer (e não apenas precisar) estar perto de outros seres humanos.



Vida caralha...

Às 21:56:47 MaritaPregou este panfleto
# || envie este texto para um amigo || SUBA NO PALANQUE!!! [4]

--------------------------------------------------------------------------------
terça-feira, 21 de novembro de 2006
Perdi Vinte, Vinte e Quatro...


Acordar com sono, sem vontade de acordar. E eu também não sei por que isso ocorre, eu não estou triste, nem nada. Acho que só estou cansada. Trabalhar cansa, a sociabilidade cansa, as pessoas cansam. E você vai percebendo que, lutar contra elas é uma guerra perdida, e então você simplesmente se acostuma com as coisas. Com o que você gosta, que acaba sendo banalizado se você não aprimora, e também com as coisas que você não gosta, porque você simplesmente não liga mais, tal é a frequência que coisas que nos desagradam acontecem por aí. O medo do conflito faz isso e você pensa: mas essa vida também é tão curta, e brigar é tão cansativo... deixa passar.
De tudo, o que eu mais tenho medo é o desencanto. Juro, não quero me desencantar com as coisas, mas tem horas que é inevitável.E eu, que dou um valor imenso para até aquilo que não tem valor, contemplando as coisas da vida, como naquela cena da Winona Ryder em Edward, Mãos de Tesoura, onde ela gira encantada embaixo da neve, me sinto idiota por prezar tanto, por cuidar tanto.
Talvez seja mesmo idiota. Talvez as coisas não tenham tanto valor.
Vou fazer 24 anos. Mas eu não tenho 24 anos.

Eu queria querer por uma música aqui.

Às 22:43:08 MaritaPregou este panfleto
# || envie este texto para um amigo || SUBA NO PALANQUE!!! [3]

--------------------------------------------------------------------------------
domingo, 5 de novembro de 2006


Se Deus quiser um dia eu viro semente
E quando a chuva molhar o jardim, ah, eu fico contente
E na primavera vou brotar na terra
E tomar banho de sol, banho de sol, banho de sol, sol
Se Deus quiser um dia eu morro bem velha
Na hora "H" quando a bomba estourar quero ver da janela
E entrar no pacote de camarote
E tomar banho de sol, banho de sol, banho de sol, sol...

Sementes jamais serão apenas sementes.
Não tem nada, nada mesmo mais promissor que as sementes. Sejam elas de flor, de fruta, de comigo-ninguém-pode. Sementes são promessa de vida, de continuidade.
Pois essa semana se foi uma pessoa que ilustrou toda a minha infância. Menos pela sua presença, mais pelas histórias que minha mãe contava. Era a caprichosa tia Marinês, com quem eu aprendi intuitivamente a encapar caixa de sapatos. Não, ela não me ensinou, mas minha mãe contava que ficavam tão bonitas que eu queria fazer igual. É a Tia Marinês que dava aula no Externato Branca de Neve, e esse era o nome da minha escolhinha imaginária, onde minhas bonecas estudavam. E minha mãe falava com tanto orgulho "Tia Marinês é professora", que eu acho que eu sempre achei bonito ser professora por causa da Tia Marinês mesmo. Uma das coisas que eu queria desde pequena: ser professora. Ora, posso dizer então, que um sonho já foi realizado! Mesmo que seja difícil, que desanime, eu tenho certeza que também estou espalhando por aí sementes. As mesmas que os alunos da Tia Marinês retribuíram, no envelopinho, durante a sua missa de sétimo dia.


No céu estrelado eu me perco com os pés na Terra...

Sexta-feira, 14h30. Maravilha, dispensa, nenhum aluno. Política durante duas horas, reformulação do PT da cidade. Dentro, completamente. Não adianta tentar fugir do destino, ou seja, procurar sarna para se coçar. 14h00, maravilha, daqui a pouco, 14h30! Missa de sétimo dia. Não gosto muito de celebrações, sejam quais forem. Batizado, aniversário, casamento, velório, enterro, missa, noivado, visitar nenem na maternidade. Não precisamos de momentos convencionais pra sentir a pessoa com a gente, mas enfim, obrigação. 14h30.
Calor. A cidade do ferrorama, mais de 30 graus, com certeza. Uma cocada no centro da cidade, mais de 15h. Dia 08, pagamento, sábado, aniversário da Aline. Presente da Mie, ainda não entregue. Quanta conta pra pagar! Luz acesa da gasolina, abastecer, não dá pra esquecer. Ahhh a missa de sétimo dia! Conta. Conta. Conta! Abana, abana, abana! Suspiro (...) Finalmente, banho. Cabeça debaixo do chuveiro. Tudo aquilo na cabeça. Fecho os olhos. "Calma. A gente já vai lá ver as bonecas". Sorriso.


Os livros na estante já não têm mais tanta importância
Do muito que eu li, do pouco que sei
Nada me resta
A não ser a vontade de te encontrar
O motivo eu já nem sei
Nem que seja só para estar ao seu lado
Só pra ler no seu rosto
Uma mensagem de amor
À noite eu me deito,
Então escuto a mensagem no ar
Tambores rufando
Eu já não tenho nada pra te dar
No céu estrelado eu me perco
Com os pés na terra
Vagando entre os astros
Nada me move nem me faz parar
A não ser a vontade de te encontrar
O motivo eu já nem sei
Nem que seja só para estar ao seu lado
Só pra ler no seu rosto
Uma mensagem de amor






quinta-feira, 19 de outubro de 2006
4 felicidades

Eu estava me perguntando outro dia, o que era felicidade. Acabei concluindo na segunda-feira, acho, que, felicidade era na verdade, ser mulher. Outro dia, disse que felicidade era ver meu armário todo arrumado pela minha mãe. Que felicidade, era mãe.
Descobri outras felicidades aqui. Ei-las!


Felicidade é conseguir entrar na Unicamp, ter 19 anos, não saber nem amarrar os sapatos e ingressar no curso de Ciências Sociais. É ficar com a mãe das 9 até às 17hs sentada num banco duro, almoçando uma comida ruim de burguês no Instituto de Artes, esperando a lista sair e seu nome, estar lá. É subir de saia nas costas de quem estava na frente, só pra ter certeza que o nome estava lá e sair correndo, correndo, e pular no colo da mesma mãe que já estava com a bunda doendo. É ligar pro pai do orelhão e escutar ele chorar de emoção pq vc entrou na Unicamp. É conhecer pessoas, brigar com elas, e mesmo assim, na frente de um prato com caldo verde, ver que tudo continua como antes, e resgatar a solidariedade orgânica, haha! Felicidade é perder todas as esperanças na vida e na humanidade, no lugar onde você achava que seria a mais feliz das pessoas, e mesmo assim se acabar de dançar Madonna com várias, eu disse várias Bohemias na cabeça, na festa de formatura. É ficar literalmente sem pé, de tanto, tanto dançar. Mas pra que pé, se com 23 anos eu ainda não sei amarrar os sapatos?


Felicidade é construir relações sólidas. É ir fazendo os pares aí, aos poucos. É não conseguir viver sem pessoas importantes. É sentir quando uma pessoa que você ama não está bem, é se esforçar pra resolver um mal entendido. É ver a música aproximando de você duas pessoas raras. É o melhor amigo te chamar de ema há mais de 100 anos e você nem mais ligar. É conversar com ele sobre absolutamente tudo, é ele saber de todos os seus defeitos e mesmo assim continuar te aguentando...
É conhecer alguém sagitariano como você. É se aproximar dessa pessoa sem interesse nenhum, só pelas similitudes, é sentir borboletas no estômago e ter um namorado com quem você pode falar da Marjane Satrapi e ser entendida. É escutar "deixa que eu corto a cebola, senão você vai chorar", ou "eu sinto falta daquele toque, no final da noite".
É ter dois Renatos tão importantes. Felicidade é ver dois dos principais homens da sua vida, dizerem que te ama, quase simultaneamente. E é ficar com cara de tonta por uns 5 minutos, olhado para as duas janelas abertas no PC.


Maria, Maria, é uma força, uma certa magia...
Felicidade é juntar mãozinhas tão diferentes num mesmo evento. É ser estrelinha, é ser florzinha, é ser argola Sandra Rosa Madalena, é ser borboletinha. E mesmo assim, ter a coragem de sair, enfrentar o mundo. Ser mulher fatal, ser intelectual, ser nerd, ser desbocada, ser romântica, fazer voto de castidade, procurar emprego, e sorrir cada vez que o mundo diz não (a maior parte do tempo). É se permitir ser todas as mulheres do mundo, por uma ir completando a outra.


Felicidade é olhar no espelho e ver exatamente a mesma imagem


E como tudo tem uma trilha sonora...
Enquanto Bibi picava o alho da abobrinha, colocamos Flávio Venturini, nunca foi tão apropriado (posso escutar novamente essa música sem curtir fossa), e ela inspirou toda a felicidade ali acima.
Vale tentar viver
Tudo demais
Você me faz descobrir
O dom de iluminar
Tudo que for sentir
Deve durar
De tanto a luz expandir
Aprender conhecer revelar
Sim princesa sou quem vai chegar
Na chuva da montanha
Vem se molhar
Sempre pra sempre sou por seu querer
Estrela cintilante
Vem me valer
Vale dizer que sim
Vale chorar
De tanto o som explodir
Descobrir conhecer revelar
Sim princesa sou quem vai pedir
Me faz arder em brasa
Vem e me acende
Chama me chama
Sou por seu querer
Estrela cintilante
quarta-feira, 18 de outubro de 2006
A-DO-RO!


Já sei. Quando eu quiser fazer regime, é só pegar o prato, e enquanto estiver sendo transmitido o horário gratuito de propaganda eleitoral, estarei feita, porque eu perco minha fome na hora. Hoje, como era uma das coisas que eu mais gosto de comer, arroz feijão e é claro, SALADA DE TOMATE, eu desliguei e continuei, mas quando for panqueca - hãhã, eu sou a única pessoa no mundo que não vê graça em panqueca - eu certamente vou ligar a TV. E é lindo o cenário que se configura: vejo meus amigos em exércitos organizados em lados opostos - Aqui o exército azulzinho, e nós defendemos o Deus Chuchu. Há! Aqui somos o exército estrelinha, e defendemos o Lulinha. Ok, eu me posiciono desde sempre no exército do Lulinha, mas pera lá, a troco de que eu vou ficar comprando briga com os outros, e muitos são meus amigos? Heim?
Sim. Hoje eu encaminhei uns textos com enfoque político. Mas é porque eu já estou de saco cheio das "orações do povo brasileiro contra o PT". Ah, faça-me o favor. Então que se faça uma oração em peso mesmo contra a política do Brasil, pq nada aqui tem jeito, porque a base é podre, então, a estrutura vai ruir sempre, e óóóóó, é claro que é mais fácil culpar o PT e o semi-analfabeto. Semi-analfabeto... Que morram os semi-analfabetos de alma. Essa gentinha que a gente encontra por aí diariamente, com argumentos tão, mas tão fraquinhos... Com idéias tão sempre medianas... Com uma crítica tão baseada em revistas da Editora Abril... Tão fãs da velha novidade que descobriram semana passada e agora não sai de sua playlist, porque ora, é cult! Tão classe média. Classe média deveria ser o nome de um estado de espirito, porque classe média é essa gente aí, tão medianamente sem graça. Independe do plano econômico, ok? Não distorçam, já que a moda agora é distorcer tudo e... e... e... Enfiar na bunda do PT! Há!
Tá. Eu me irrito também. Eu me vejo entrando nas rodinhas quando o assunto é a reformulação do PT da cidade e eu me vi me colocando à disposição. Não vou me filiar. Não preciso de rótulos, odeio isso. Eu corria como uma criança dentro da escola na qual estudei, e na qual eu fui fiscal do TRE, conferindo os números das urnas. Foi demais. E eu me estresso com muitas outras coisas também, principalmente com pessoas, porque as pessoas são muito cansativas.
Mas sabem. Tudo isso dói muito, mas eu simplesmente adoro ser mulher. Eu adoro. É horrível, mas eu adoro! Como diria a Cynthia, "o homem pode tudo, mas se a mulher chorar..." haha! Não que eu chore, não, eu não costumo chorar (mais) por qualquer coisinha. Eu tenho chorado de tristeza profunda ou de felicidade profunda. Mas eu adoro poder ser curiosa e ainda ser chamada de fofa demais depois de fazer um fuá pra descobrir um segredo do meu amigo carioca, que me chama de Minha por causa do meu repetitivo e paulistano meu meu meu. Eu adoro ser a menininha da mamãe, a irmã da Gabi, a filha do Waldir, a professora da Mandie, a namorada do Renato, sobrinha-irmã postiça da Tia Daura e do Rê. Melhor amiga da Bianca, a Marita nas citações da Sue, a muié da Mie.
Mas eu adoro mesmo é chegar em casa, e quando não tem janta (apesar da D. Iza deixar sempre pronto) trabalhar a tarde toda, chegar em casa, fazer janta, tomar banho, lavar a louça, ler Durkheim, conectar a internet, falar com o namorado, falar das músicas do Leoni com o Thi Meu, brigar com o Ronaldo, chamar o Galante de bobão e dar um olá para as vadias, escrever um scrap pro Rê, misturar bossa-nova com fossa-velha com a Bel, mineiros, gaúchos, petistas e troianos.
Ser intensa dói. "não dá pra ser menos séria?". Foi a pergunta. Não, não dá definitivamente. Eu gosto de ficar insegura todo domingo na plataforma 4. Adoro fazer tudo aquilo que eu escrevi ali em cima, e às 21hs tomar um banho daqueles e passar aquele creme caro, mas que vale a pena e tem cheiro de morango. Tem o de limão também. E aí eu adoro deitar a cabeça no travesseiro e esperar que um refrãozinho venha na minha cabeça "água de beber, água de beber, camará". É sempre um refrão diferente.
E é tão bom no sábado preparar aula o dia todo, correr, fazer as unhas, ir ao mercado, escolher roupa porque, às 21hs vai ter alguém aqui na porta de casa me esperando do lado de fora do carro. E está sempre sorrindo. Nunca conheci ninguém tão sagitariano.
A gente só se lembra daquilo que cala fundo. Não é de todo mal sentir assim como eu sinto as coisas, porque eu sei que lá adiante eu vou lembrar. E é por isso que eu digo, que eu simplesmente adoro ser mulher. Eu sinto cada coisa que eu faço, e eu só acredito que isso seja possível, sendo assim, mulher. Pode ter certeza: o arroz que eu faço tem um refrão.
Domingos de Oliveira idealizou todas as mulheres do mundo em uma só. Ora, não é isso que somos?

PS: TPM ou ataque maníaco depressivo?
sexta-feira, 13 de outubro de 2006

Liberdade. É tanta liberdade numa semana de voltas e reviravoltas na minha vida quase desinteressante. Foram tantos testes no último mês. Borboletar, desborboletar, boa profissional com direito a foto com a classe mais querida, ou má profissional, problemas de relacionamento. Quem é que se relaciona bem com todas as pessoas desse mundo? Não, não nasci para a política, muito embora um dia eu tenha pensado que esse talvez poderia ser o caminho. É tanta liberdade e é tão pouco tempo... E foram tantos testes incluindo uma prova de mestrado que não passei. Destino? É, talvez não fosse saudável pra mim ir pra São Paulo mesmo. Tanta liberdade, e afinal, onde está a felicidade? Se o inferno são os outros, a felicidade também, e assim, eu me configuro mesmo como um animal dos mais sociais que existem, embora muito anti-social. Ei Aristóteles, a felicidade é um ser social?
Tanta liberdade. Dois reais no bolso, um doce da padaria que você já nem gosta tanto, mas enfim, é a auto-piedade patética por um dia cheio de trabalho. Aventura: passar pelos trilhos da Maria Fumaça que vai ser inaugurada... Sexta! Sentar na grama da rodoviária, esperar seu Salvador e hum! O doce nem está tão ruim. Nhac na cereja, fim.
Eu queria poder ter digitado na minha cabeça o texto que eu pensei nesse caminho entre a escola-padaria-rodoviária. Foram tantas coisas das mais puras de mim mesma e tão apaixonadas que foram abreviadas por uma pergunta idiota de um cara idiota que me passou uma cantada idiota de depois saiu correndo como um idiota porque a namorada estava chegando. E meu texto se foi. E eu me anestesiei na segunda para voltar a sentir então apenas na sexta de manhã. Forrest Gump e sua mágica trilha sonora... E eu voltei a sentir, definitivamente sábado. Ou já era domingo? Mas eu estava tão feliz de me sentir insensível pela primeira vez em muitos anos. Socorro, não estou sentindo nada? Não! Era assim: por favor, que eu continue assim, não sentindo nada.

Felicidade, Liberdade e Fraternidade

Eis que você não tem nenhum, mas nenhum controle mesmo sobre as coisas. Minha cabeça não pára de funcionar até a hora que eu deito, e isso acaba sendo independente do mundo que me obriga produzir. Eu simplesmente penso, penso, e penso. Já que é só isso, eu podia sim ser mais racional.
Era sábado (ou era domingo?), e era mais de 4 da manhã. Um rosto que dorme, é só, e só um rosto. E eu, que não estava sentindo nada, pensei, às 4hs: droga! Olhei para o teto escuro, a imagem era quase turva. Óculos quebrado. Mas de perto eu enxergo bem. Pensei de novo: droga - pensa cabeça, pensa, pensa!
Droga (de novo). E nada mais faz sentido quando você vê a pessoa que você gosta dormindo. Pra vocês terem uma idéia, eu nem lembrava do resultado do 1º Turno.

E seria eu, louca, em afirmar aqui no meu Pagu tão politizado que, alguns dos minutos mais felizes da minha vida foram vividos na plataforma 4 da Rodoviária de Campinas?
Definitivamente eu sou mulherzinha. Estar junto é viver de perto.

De Perto
Hãhã, novamente presente nesse blog

Não quero estar nesse lugar
E ver você partir
Eu quero te esperar onde você quer ir
Te receber
Te acomodar
Te oferecer a mão
Poder cantar, te acompanhar ao violão

Quero te ver de perto
Quero dizer que o nosso amor deu certo

Não sei viver só e sem sonhar
Sem fé, sem ter alguém
Faz tempo que eu te espero
E que te quero bem
Sonho em fazer pro nosso amor uma bela canção
Que me traga paz sem culpa
Ao coração
sábado, 23 de setembro de 2006
Começo, meio e fim


Aprendi que eu lido melhor com o meio de tudo. E como eu já disse e justifiquei para algumas pessoas, como eu gosto das quartas! As quartas dão aquela sensação de que vc já reuniu e gastou as forças do recomeço - é a partida para o fim, que ainda guarda essa expectativa, sem ter ainda que se preocupar com os instantes finais, que são tão dolorosos quanto a dúvida do começo.
O começo me cansa, não tem frutos. Tudo é promessa, e a cada instante vem a pergunta: porque é tão difícil o agora? O agora é cavar o raso.
O meio é onde se julga se o começo valeu a pena e onde se decide pelo continuar e terminar.
O fim. Eu quase nunca termino um livro, eu quase nunca termino nada do que eu começo. Será que todo mundo é assim?
Será que a perpectiva do fim nos constrange com nostalgia desnecessária, será que os fins de ciclos significam o fim da linha... Ou o que mais assusta é simplesmente a obrigação de recomeçar...

Marianinha
11:30, última aula do período. Luís Felipe, um ex-aluno e agora formando do 3ºano, me chama:
(Felipe) - Marie, vc já viu a sua filha lá embaixo?
(Marie)- Filha?
(Felipe)- É, filha. Tem uma menina ali embaixo, igualzinha a você. E com um agravante: outro dia perguntei se ela queria ajuda pra discar os números no orelhão, que ela não alcançava e ela me disse: "Sai menino, eu sei fazer sozinha". Marie, a menina é igualzinha a você. Olha, é aquela ali no bebedouro!
Olhei pra baixo, em direção ao bebedouro. Tem uns 7 anos, no máximo. E é impressionantemente igual MESMO.
E fiquei ali, embasbacada com a minha miniaturinha, que empurrava os amiguinhos de perto do bebedouro para que só ela bebesse água.


Às 00:15:57 MaritaPregou este panfleto
# || envie este texto para um amigo || SUBA NO PALANQUE!!! [5]

--------------------------------------------------------------------------------
quarta-feira, 6 de setembro de 2006
Sessão textos que estão saindo da gaveta - 01
Me segura
(Sobre todas as relações humanas e o perigo sensorial de se viver em sociedade)


E aperta forte. Mas bem forte mesmo.
Uma mulher de TPM é capaz de sentir as coisas mais diversas nos mais diferentes intervalos de tempo. E eu até gosto de escrever qdo estou nesses momentos pq quase sempre saem coisas completamente apaixonadas, das quais eu me semi-arrependo depois, mas acabam ficando aí mesmo, pq na verdade eu sou uma desavergonhada das coisas que eu sinto. Hipocrisia de mim mesma, não, eu não quero.
Pois ontem eu fui dormir com um aperto no peito. E eu nem sei como explicar, porque eu mesma passei boa parte da minha vida respondendo quando ficava assim, triste, que eu não sabia oq estava acontecendo. E na verdade eu não sabia mesmo, até hoje eu não sei pq eu fico assim, tão triste. O que eu sei é que eu tenho intuições quase sempre erradas. Mas erradas mesmo. Que me fazem sofrer. Sofrimento por antecipação, bom, talvez seja isso mesmo. Eu não tenho a insegurança de falar as coisas que eu penso ou o que eu sinto (eu gaguejo, eu, eu enrolo, eu tropeço e falo quase chorando, mas eu falo) - pois sim, isso o sistema não conseguiu me tirar - mas em todos os outros aspectos eu sou insegura sim. Caraca, esse é o meu calvário. A insegurança, a insegurança...
Estávamos, eu e Sue, conversando sobre uma pessoa que nada faz para ser querida, pois só mente, distorce e chateia, que, o maior medo que eu tinha na vida era esse, de não ser querida. Qtas vezes nessa vida a gente pronuncia, escreve, pensa e sente na palavra medo, não?
Pois eu acho que ontem qdo eu fui dormir eu tive esse medo aí, esse medo de não ser gostada. Mas não esse gostado superficial, de "gosto porque gosto, sei lá, porque gosto". Um gostado de verdade. Porque eu me lembrei de uma pessoa que me disse certa vez, do nada: "a situação não me cativou o suficiente". E me lembrei da frase horrível que o Jaum escutou quando uma amizade profunda, de anos, chegou ao fim "amigos vão e vêm". E me magoei com as duas.
O risco de escutar um "amigos vão e vêm"... O risco de se escutar "não quero mais, a situação não me cativou o suficiente". Leis da física agora regem as relações; movimento e quantidade.
Eu definitivamente não estou pronta pra essas coisas.
Eu me sinto andando em cima de uma gelatina gigante.
Será tão difícil viver assim, de verdade? Eu quero me entregar, mas eu também quero que as pessoas se entreguem pra mim, com tudo o que há de ruim nas relações humanas: o ciúme, as encrencas, os mals-entendidos, a cobrança por atenção, os puxões de orelha, o envolvimento desmedido e até a insegurança (tá, eu assumo que às vezes ela é necessária como medidor de verdade) de gostar e não saber se também é gostado. Eu quero a barbárie estampada na cara das pessoas que eu amo quando eu falo alguma coisa que elas não toleram, mesmo que não haja motivo. Eu quero a irracionalidade de mãos, bocas e palavras. Eu quero fazer parte dos planos, e não apenas escadinha para ajudar alcançar objetivos. Eu quero ser prioridade.

Eu quero ser amada.
De verdade.


(quem não quer?)

Medieval
Cazuza
Você me pede
Pra ser mais moderno
Que culpa que eu tenho
É só você que eu quero
Às vezes eu amo
E construo castelos
Às vezes eu amo tanto
Que tiro férias
E embarco num tour pro inferno
Será que eu sou medieval?
Baby, eu me acho um cara tão atual
Na moda da nova Idade Média
Na mídia da novidade média
Olha pra mim, me dê a mão
Depois um beijo
Em homenagem a toda
Distância e desejo
Mora em mim
Que eu deixo as portas sempre abertas
Onde ninguém vai te atirar
As mãos vazias nem pedras
Eu acredito nas besteiras
Que eu leio no jornal
Eu acredito no meu lado
Português, sentimental
Eu acredito em paixão e moinhos lindos
Mas a minha vida sempre brinca comigo
De porre em porre, vai me desmentindo
Será que eu sou medieval?
Baby, eu me acho um cara tão atual
Na moda da nova Idade Média
Na mídia da novidade média
segunda-feira, 28 de agosto de 2006
Cinco saudades de Clarice


Pois eu fiquei ontem, de manhã, depois de não conseguir voltar a dormir estando às voltas com o licenciamento do carro, tentando escrever tudo oq eu estava sentindo aqui nesse Pagu, meu velho confidente. E tão fiel. Tão, e tanto...
Escrever o tanto que eu tinha medo, o tanto que viver dói, o tanto que que... é grande? Não. É vasto, e como é.
Pois eu também pedia sempre pra acordar com uma vontade especial, e como eu pedi isso, heim. Vontade de acordar e querer escrever pra alguém. Sim, escrever, oq eu mais gosto de fazer. Isso me aconteceu uma vez apenas, há tanto tempo. Sem mais querer, eis que ontem eu acordei querendo, com a spalavras prontas na minha cabeça e com o endereço certo, e eu escrevi. Sim, eu escrevi! Está guardado.
Por hora, Clarice fala por mim, nesse momento inédito no Pagu, onde eu posto um texto completo de outro autor. Mas esse merece. Antes, um tira gosto temático:
Para te escrever eu antes me perfumo toda. Eu te conheço todo por te viver toda" - Ainda Clarice...


E Deus é uma criação monstruosa. Eu tenho medo de Deus porque ele é total demais para o meu tamanho. E também tenho uma espécie de pudor em relação a Ele: Há coisas minhas quem ele sabe. Medo? Conheço um ela que se apavora com borboletas como se estas fossem sobrenaturais. E a parte divina das borboletas é mesmo de dar terror. E conheço um ele que se arrepia todo de horror diante de flores - acha que as flores são assombradamente delicadas como um suspiro de ninguém no escuro.
Eu é que estou escutando o assobio no escuro. Eu que sou doente da condição humana. Eu me revolto: não quero mais ser gente. Quem? quem tem misericórdia de nós que sabemos sobre a vida e a morte quando um animal que eu profundamente invejo - é inconsciente de sua condição? Quem tem piedade de nós? Somos uns abandonados? uns entregues ao desespero? Não, tem que haver um consolo possível. Juro: tem que haver.
Eu não tenho é coragem de dizer a verdade que nós sabemos. Há palavras proibidas.
Mas eu denuncio. Denuncio nossa fraqueza, denuncio o horror alucinante de morrer - e respondo a toda essa infâmia com - exatamente isto que vai agora ficar escrito - e respondo a toda essa infâmia com a alegria. Puríssima e levíssima alegria. A minha única salvação é a alegria. Uma alegria atonal dentro do it essencial. Não faz sentido? Pois tem que fazer. Porque é cruel demais saber que a vida é única e que não temos como garantia senão a fé em trevas - porque é cruel demais, então respondo com a pureza de uma alegria indomável. recuso-me a ficar triste. Sejamos alegres. Quem não tiver medo de ficar alegre e experimentar uma só vez sequer a alegria doida e profunda terá o melhor de nossa verdade. Eu estou - apesar de tudo oh apesar de tudo - estou sendo alegre neste instante-já que passa se eu não fixá-lo com palavras. Estou sendo alegre neste mesmo instante porque me recuso a ser vencida: entao eu amo. Como resposta. Amor impessoal, amor it, é alegria> mesmo o amor que não dá certo, mesmo o amor que termina. E a minha própria morte e a dos que amamos tem que ser alegre, não sei ainda como, mas tem que ser. Viver é isto: a alegria do it. E conformar-me não como vencida mas num allegro com brio.
Aliás não quero morrer. Recuso-me contra "Deus". Vamos não morrer como desafio?
Não vou morrer, ouviu, Deus? Não tenho coragem, ouviu? Não me mate, ouviu? Porque é uma infâmia nascer para morrer não se sabe quando nem onde. Vou ficar muito alegre, ouviu? Como resposta, como insulto. Uma coisa eu garanto: nós não somos culpados. E preciso entender enquanto estou viva, ouviu? porque depois será tarde demais.
Ah este flash de instantes nunca termina. Meu canto do it nunca termina? Vou acabá-lo deliberadamente por um ato voluntário. Mas ele continua em improviso constante, criando sempre e sempre o presente que é futuro.
Este improviso é.
Quer ver como continua? Esta noite - é difícil te explicar - esta noite sonhei que estava sonhando. Será que depois da morte é assim? o sonho de um sonho de um sonho de um sonho?
Sou herege. Não, não é verdade. Ou sou? Mas algo existe.
Ah viver é tão desconfortável. Tudo aperta: o corpo exige, o espírito não pára, viver parece ter sono e não poder dormir - viver é incômodo. Não se pode andar nu nem de corpo nem de espírito.
Eu não te disse que viver é apertado? Pois fui dormir e sonhei que te escrevia um largo majestoso e era mais verdade ainda do que te escrevo: era sem medo. Esqueci-me do que no sonho escrevi, tudo voltou para o nada, voltou para a força do que Existe e que se chama às vezes Deus.
Tudo acaba mas o que te escrevo continua. O que é bom, muito bom. O melhor ainda não foi escrito. O melhor está nas entrelinhas.
Hoje é sábado e é feito do mais puro ar, apenas ar.
Falo-te como exercício profundo, e pinto como exercício profundo de mim. O que quero agorar escrever? Quero alguma coisa tranquila e sem modas. Alguma coisa como a lembrança de um monumento alto que parece mais alto porque é lembrança. Mas quero de passagem ter realmente tocado no monumento. Vou parar porque é sábado.
Continua sábado.
Aquilo que ainda vai ser depois - é agora. Agora é o domínio de agora. E enquanto dura a improvisação eu nasço.
E eis que depois de uma tarde de "quem sou eu" e de acordar à uma hora da madrugada ainda em desespero - eis que às três horas da madrugada acordei e me encontrei. Fui ao encontro de mim. Calma, alegre, plenitude sem fulminação.
Simplesmente eu sou eu. E você é você. É vasto, vai durar.
O que te escrevo é um "isto". Não vai parar : continua.
Olha pra mim e me ama. Não: tu olhas pra ti e te amas. É o que está certo.
O que te escrevo continua e estou enfeitiçada.

Clarice Lispector - Água Viva






Estou sobre uma gelatina gigante



Às 18:49:15 MaritaPregou este panfleto
# || envie este texto para um amigo || SUBA NO PALANQUE!!! [4]

--------------------------------------------------------------------------------
terça-feira, 15 de agosto de 2006
Piegas [ ]
Meio piegas [ ]
Muito piegas [ ]
Não, não é piegas [ ]
Nossa, a música do final ficou piegas [ ]


Acordei cedo ontem. Eu acabo reclamando muito, mas no fundo sabe que eu até gosto? A disposição é outra, e em dias bons eu não me importo da pior parte do dia em períodos depressivos: o despertar é algo tão aterrorizante que eu prefiro nem lembrar.
Pois ontem eu levantei, porém foi como um daqueles dias em que você sabe que vai buscar alguma coisa, e que essa coisa é definitiva. Ninguém explica oq eu senti qdo eu passei pela portaria da USP, assim como não dá pra explicar nada de maravilhoso que nos acontece. Até hoje, por exemplo, não me caiu a ficha de que eu entrei na UNicamp, me formei etc. Coisas maravilhosas não acontecem com a constância desejada, mas enfim: se fossem cotidianas, seriam maravilhosas? Acho que não.
Pois desci do ônibus em Campinas e eis que vejo Mie, que esperava o mesmo ônibus, mas para voltar aqui pra Mariafumaçolândia.
Subindo as escadas, eu pensei: é incrível a concomitância da corrida dos sonhos da gente. Enquanto eu estava indo pra São Paulo, me inscrever no mestrado da USP, Mie voltava da Polícia Federal, com os papéis de entrada do passaporte, pois enfim ela conseguiu a grana pra ir pros States. Entramos na Unicamp juntas, estudamos juntas na pior escola da cidade, só fomos aprofundar nossa amizade depois, mas isso ficou alguns minutos ali, vivo na minha cabeça. E eu achei bonito. E eu confiei ainda mais.
Cheguei em casa exausta. Mas tão, tão satisfeita. Porque tinha passado o dia com uma pessoa incrível, amiga sempre e sósia da Olga Benário, a tão já citada nesse blog, Letícia, tomado um chá mate que era um escândalo de gostoso (não é a toa que se chamava Paraíso), encontrado minha amiga mais descompassada na rodoviária antes de ir atrás do meu sonho (ela estava voltando com o dela)... Porque o sábado foi de Big Chico, papai, mamãe, Renato e eu na mesa da balada de blues (até entrei na comunidade: minha mãe e eu na balada)...
... e porque...
...
eu simplesmente fecho os olhos e sinto finalmente oq eu jamais acharia que ia sentir.


O amor acaba

Resposta da Cléo ao texto que eu encaminhei, com esse nome:
Não, Mari, o amor que é amor, não acaba... se renova...sempre!!! Acredite!!!
bjs

Que bom que alguém concorda comigo.

...
(dessa vez eu copiei mesmo, pq meu inglês não dá pra tanto haha! - aliás, não dá pra nada)

Let's Get It On - Marvin Gaye

I've been really tryin', baby
Tryin' to hold back this feelin' for so long
And if you feel like I feel, baby
Then come on, oh, come on
Whoo, let's get it on
Ah, babe, let's get it on
Let's love, baby
Let's get it on, sugar
Let's get it on
Whoo-ooh-ooh

We're all sensitive people
With so much to give
Understand me, sugar
Since we got to be
Let's live
I love you

There's nothin' wrong
With me lovin' you
Baby, no, no
And givin' yourself to me can never be wrong
If the love is true
Oh, babe, ooh, ooh

Don't you know
How sweet and wonderful life can be?
Whoo-ooh
I'm askin' you, baby
To get it on with me
Ooh, ooh, ooh

I ain't gonna worry, I ain't gonna push
Won't push you, baby
So come on, come on, come on, come on, come on, baby
Stop beatin' 'round the bush, hey

Let's get it on, ooh, ooh
Let's get it on
You know what I'm talkin' 'bout
Come on, baby, hey, hey
Let your love come out
If you believe in love
Let's get it on, ooh, ooh
Let's get it on, baby
This minute, oh yeah
Let's get it on
Please, please, get it on
Hey, hey

I know you know
What I've been dreamin' of
Don't you, baby?
My whole body is in love
Whoo

I ain't gonna worry, no, I ain't gonna push
I won't push you, baby, whoo
Come on, come on, come on, come on, come on, darlin'
Stop beatin' 'round the bush, hey

Gonna get it on
Beggin' you, baby, I want to get it on
You don't have to worry that it's wrong
If the spirit moves you, let me groove you good
Let your love come down
Oh, get it on, come on, baby

Do you know I mean it?
I've been sanctified
Hey, hey
Girl, you give me good feelings, so good

Nothin' wrong with love
If you want to love me
Just let yourself go
Oh, baby
Let's get it on



Às 17:10:03 MaritaPregou este panfleto
# || envie este texto para um amigo || SUBA NO PALANQUE!!! [5]

--------------------------------------------------------------------------------
terça-feira, 1 de agosto de 2006
Pagu: Mais de 10.000 Visitas!!! Obrigada aos leitores do rosinha!


De Perto

Acordei hoje e estava tão, mas tão frio. Bem, eu levantei até que disposta, é bom acordar pra trabalhar, eu me sinto útil. Não adianta, olha os desmandos sociais sobre a minha cabecinha de apenas 23 anos. Eu sei que com 23 anos minha mãe já era casada fazia um ano - ai ai ai além de ser útil, a sociedade também ordena (acho que ordenava né) que fator de seriedade é o matrimônio. Pois é. Você só vale se você produz. Óóóó como estou feliz por ser ÚTIL. Pelo menos essa utilidade rende alguma felicidade, como meu tanque de gasolina cheio, um bom blues, infinitas batatas fritas e - por que não - uma tequila, pois eu mereço!
Eu entrei, nessa mesma época do ano passado, em uma comunidade no orkut chamada "O Nosso Amor a Gente Inventa. Olha só como nós, os úteis mortais nos comportamos com relação a nossa vida sentimental: nós também criamos histórias úteis aos momentos e acreditamos mesmo que aquilo é maravilhoso por estar cumprindo a tarefa momentanea do preenchimento interior - que nada mais que é um saco de ar que se coloca dentro de bolsas na loja, sabe? Pra ficar gordinho. Você fura, a-ca-bou. Se foi. Nem fez tanto barulho.
Ok ok. Eu já sei lidar com histórias criadas por mim mesma e com prazo de validade, pq no mundo capitalista tudo é útil por uma determinada quantidade de tempo. Por que criei histórias? Melhor né. Eu precisava esquecer que tem gente que nos abandona, e da mesma forma abandona todo amor e consideração dipensados, como se fosse um SANITO - é, se é pra ser largado, que eu seja um saco de MARCA (óóó as marcas nos dominam ideologicamente!!). Como é que as pessoas conseguem largar, se livrar assim de amor, anos de convivência, consideração. Como eu falei pra D. Iza hj a noite "mãe: eu não sei abandonar, é por isso que eu não entendo que eu seja abandonada". Claro. Várias vezes eu perdi a utilidade mas essa aí, que tem mais de um ano (nossa, como eu to estragada), foi com certeza, a pior.
Tudo bem. Já sei amarrar os sapatos, acho que já sei o uso do porquê por que porque e por quê, já sei responder pra quem ofender a minha mãe, já sei molhar o Óreo no leite e já sei que histórias criadas por mim mesma NÃO DÃO CERTO simplesmente PORQUE ELAS NÃO EXISTEM. Agora me digam, e quando parece que a HISTÓRIA ESTÁ REALMENTE ACONTECENDO?
Caros amigos, medo. MUITO MEDO. Eu não sei mais lidar com sentimentos verdadeiros. Na verdade eu já estou camuflando. Hoje eu me vi criando mecanismos de defesa. A primeira coisa que eu me vi falando hj de manhã antes de trabalhar, pra minha mãe, foi: "... mas eu não vou me animar, pq o ser humano é um dos únicos que tem a capacidade de abandonar. As pessoas abandonam". D. Iza olhou pra minha cara e disse: "Mas todos abandonam?". Aí, ainda bem, uma pontinha de esperança aqui dentro me impediu de responder que sim. Talvez pq eu tenha lembrado de um certo sorriso de canto, um certo furinho no queixo, não sei direito, mas eu tive vontade de novamente confiar. E foi aí que eu tive certeza daquilo que eu já desconfiava: que a história não era mais criada por mim, mas que estava acontecendo no plano real. Mas me digam: o que fazer agora, que está mesmo acontecendo?
Sou uma formiga e jogaram alcool no meu formigueiro.
.
.
.
.
.
.
.
Mas é tão bom!

(frio na barriga. estou correndo riscos?)
domingo, 23 de julho de 2006
Em conserva

É incrível a tecnologia, os avanços, a ciência. No Japão ou nos EUA, é bem comum achar computadores ou aparelhos de video-cassete (esses será que ainda existem por lá) no lixo, completamente inutilizados obsoletas frente à tudo aí que os grandes gênios das exatas criam, aprimoram, etc. É tudo tão fácil hoje, em 20 prestações, se vc tem o nome limpo, é lógico, você tem uma TV de plasma ou troca seu carro por um com computador de bordo e trio elétrico, tudo para facilitar sua vida. Vc se desfaz do carro "antigo" sem mais nem menos, e ele fica para aquele que não pode ter um carro mais caro.
É simples. Você quer, você compra. Não quer, joga fora. Hoje em dia, você pode até fazer isso sem culpa, pois em alguns lugares, a reciclagem está a todo vapor. Tudo pelo meio ambiente, mas vc só preserva o meio ambiente porque você precisa dele, porque sem ele vc simplesmente não existe. É só por causa disso.
Globalização, tecnologia de ponta, tudo compartilhado e tão mas tão tão high tech. Não se conserva mais nada - você pode ter um novo! Não se conservam mais pessoas importantes.
É triste perceber que, por mais que você faça, por mais que você dê e por mais que você goste, o risco iminente de ser descartado te rodeia, rodeia, rodeia. De repente vc apenas não serve mais, você não está mais adequado a uma série de interesses antes vigentes e que agora, não fazem mais sentido. E você? Bom, se vc for um sentimental com resquícios nostalgicos luzitanos, você está na Roça. Porque isso dói, heim...Ah! Já sei! Ó mundo da inteligência moderna, crie uma máquina de controle de sentimentos! Um computador que nos ensine a lidar com as vicissitudes desse seres humanos que só querem nos usar. Cadê? Eu to esperando. E nem adianta mandar tomar um remedinho aí nãnãnã. Quero a máquina, sou chata e ninguém me tapeia não.

Blues sem estar blue

Ontem eu cheguei em casa com uma fome... Vim escutando Tom Jobim na estrada, e aquele preto sem nenhuma luz me dava a ilusão do mundo perfeito: sem pessoas indesejáveis, sem contas e com bossa nova.
Fome. Cheguei, dei um toque no cel do Renato, e a fome... liguei a tv estava passando "Apertem os cintos: o piloto sumiu". Fiz minha pizza de frigideira, peguei meu suco de maçã e sentei na frente da TV. Não consegui dar um sorriso na hora mas me contorcia de rir na cama depois lembrando das cenas, a cena da menina doente e da aeromoça tocando violão é impagável.
Acabou a fome. Mas que falta... A tarefa agora era tirar a maquiagem, me lembrei: preciso comprar um desmaquiante - ou seria desmaquilante? Mas caraca, que falta! Tem algo ainda fazendo falta... Descobri, e lá fui eu, dormir contente, me completando com a lembrança (de alguns minutos) daquilo que tava me faltando naquele momento.

Completando a minha existência

1 - Imagem do meu pai sorrindo na frente de duas porções de batata frita;
2 - Minha mãe e seus cadernos novos;
3- Minha irmã fazendo clip no carro ao som de "Por Onde Andei";
4 - Fotos da minha caixa de imagens: a cara de besta do Ronaldo, o carinho no coração que são as vadias Mie, Sue, Jue, Pir e até a Quirs! Bianca e eu nas piores fotos do mundo, mas ainda Bianca e eu! A Néia de olhos fechados em TODAS AS FOTOS, Jaum com a sua cara de bom moço no meu aniversário, galante abraçando um balde de cerveja, Julia com a cerveja na mão, Renato com a sua foto de Terrorista procurado pelos EUA, Mandie voando, Dru dançando na mesa, Lê em traje de gala, Lelezinho ainda com alguns meses, Re, André e eu na minha foto traveco, Tia Daura trabalhando, Enrique de caipirinha, Warzinho com o amigo João Pedro, Gabriela de Janis, as fotos do Saulo que nos salvamos aqui, Maia e Max em poses lindas pedindo um biscoito e diversas fotos deletadas : -) (Mentira, eu nunca deleto fotos, só queria parecer má).

Meninas, meninas
Muito diferentes, porém, espero percorrer o caminho sempre junto desses brinquinhos aí... Mãozinhas sonhadoras, mãozinhas briguentas. Só mãozinhas e brinquinhos... (será?)
PS: é claro que o arquio d eimagem deu pau né, depois eu coloco.
PS2: Weblogger, eu te odeio
PS3: Quem venham os pinguins! (será que é um pinguim??)


Às 23:36:57 MaritaPregou este panfleto
# envie este texto para um amigo SUBA NO PALANQUE!!! [4]

--------------------------------------------------------------------------------
quarta-feira, 12 de julho de 2006
Balaio de Gato

Cada momento da minha vida é vivido com tanta intensidade que as vezes eu acho que eu vou morrer do coração, porque, eu vivo um momento várias e várias vezes enquanto lembro dele. É muita emoção pra 23 anos!
Eu tenho 23 anos, tinha tido até então um amor de adolescência, amor de maresia, amor de bombacha e um amor tranquilo. É evidente que as conotações são por mim dadas, pq o que é amor para alguém tão bobo qto eu (aliás eu acho que ainda não sei oq é amor de casal, sabem?) pode não passar de uma pegada para as outras pessoas mas enfim, como diria Neruda, se um dia eu escrever um livro ou tiver dinheiro pra fazer um túmulo daqueles bem stile eu vou tentar escrever assim: confesso que vivi.
Eu confesso! Confissões doem, não doem? Elas saem de dentro da gente como uma navalha afiada e nos mostram como somos de maneiras nem sempre agradáveis. Confesso que vivi? Acharia melhor escrever "Vivi confessando". Pq tudo pra mim é tão verdade e acaba doendo tanto!
Pois bem. Dói, dói mesmo. Mas quando o corpo e a cabeça da gente confessa que algo bom demais aconteceu... surgem as borboletas! Bianca, se ler esse post, sabe do que estou falando, pois ela tem pelo menos umas duas duzias delas lá dentro dela. Defitivamente, eu prefiro as confissões que meu corpo faz pra mim mesma do que aquelas que eu tenho que proferir e me sangram tanto.
Confissões que vem de dentro, verdades indeléveis. Há alguns dias tenho levantado (isso mesmo) e pensado que vale a pena conhecer novas pessoas, enfrentar o dia cara a cara. Tristeza e desilusão não vão dar credibilidade às confissões que virão daqui pra frente.
Confesso que vivi... que chorei, que esperniei, que fui teimosa e errei muuuito mais que acertei, que sufoquei pessoas, que dei voadora em quem tentava me sufocar, mai puta que pariu: que todo esse esforço se resuma em ser feliz, seja lá do jeito que for.

Ps1 - (Imitando o Ronaldo) - Obrigada pelas borboletas : -)

Ps2 - Tem uma musica do Cazuza que se encaixa tão bem nessa minha nova fase! mas como eu sou elegante, eu não vou postar!
domingo, 11 de junho de 2006
O que é felicidade?

Falta esse título na coleção "Primeiros Passos", da Brasiliense. Hoje eu fui bem porca. Tirei todas as roupas do meu armário e deixei todas elas em cima da cama da minha mãe, e eu não lembrei de ir lá e guardar de volta. Como todos sabem, as mães tem aquele chip de arrumação e ordem. Eis que a minha foi até lá e guardou todas elas. Acabei de abrir minha parte do armário. Mesmo que eu tivesse passado as roupas novamente, elas não estariam tão bem guardadas. Parece que estão até mais cheirosas. Po, me senti tão bem, experimentei um pouco a felicidade. Não sei o que é pior. Tempo ocioso ou tempo pra nada. Uma das boas coisas de você não ter tempo pra nada é o fato de você não poder averiguar o status da sua felicidade. Assim, vc não se sente menos ou mais feliz, vc apenas existe e acaba não se fazendo de coitado por estar carente nem sendo o folião insuportável da turma, com aquela alegria irritante. As ocupações diárias tiram da gente a medição da felicidade, assim como nos tiram todas as outras coisas. Ontem eu também me senti feliz. Costumava comentar com uma pessoa aí que a gente acaba se dando bem com as pessoas que tem o mesmo grau de sensibilidade que a gente. Ontem, ao comentarmos um filme que passei para uns alunos, uma moça veio e disse que tinha se sentido tocada, e hj num scrap, comentou que ainda se sentia da mesma forma. Mais um motivo para a felicidade. Quanto mais a gente corre, menos a gente vive. Que engraçado isso. Ficando por aqui, já pensando nessas balinhas ardidinhas de morango que me aparecerão durante a semana, que me farão relembrar o que é a felicidade. Mariane I've been working all day I've been thinking a lot I've been doing some things That are not quite right I've been thinking about you I've been thinking about you When will you return ? I've been working all day I've been thinking a lot I've been lost in the morning I don't know waht it costs Will you finde me there ? And I guess it's just a phase I don't know where I'm going And I guess it's just a phase I don't know where I'm going I've been working all day I've been thinking a lot I've been lost in the morning I don't know waht it costs I don't think about you I will be able to do Will you let me be ? And I don't know where I'm going I guess it's just a phase And I don't know where I'm going I guess it's just a phase

segunda-feira, 1 de maio de 2006

Mercadão

Uma vez, João mandou um texto para o Viúvas, nosso grupo no Yahoo, falando da lógica mercadológica das amizades e sentimentos, onde te compram quando precisam de você e te descartam quando você não é importante. Era um texto com endereço certo, que apesar de genial era de difícil compreensão por causa da linguagem economiqueza usada por ele, estudante de Economia. Eu estou de TPM. Acabo de ser chamada de "essa menina" pela Disquinha que sai com meu melhor amigo 2. Por quê? Porque meu melhor amigo 2 sequer falou o meu nome pra menina que ele semi-namora. E então, eu fico sendo chamada de "essa menina". Essa menina... Todas as pessoas com as quais eu convivo conhecem as pessoas importantes na minha vida pelo nome. Em casa, minha mãe, meu pai, minha irmã conhecem meus amigos pelos nomes, e acabam se tornando intimos das coisas que eles fazem ou dizem, sem conhecer. Pessoas importantes tem nome. Essa semana também eu fui obrigada a escutar que não gostam de mim como gostavam antes. Oh... Amor agora acaba... Que descoberta! Não. Amor que é amor, não acaba. E se acaba, vc tem o tato de não falar. E se diminuiu, ora, por favor, não seja hipócrita de espalhar aos quatro ventos que você ama, porque sinceramente... Amar não é querer ter uma bicicleta. Eu tenho quase 25 anos, quase 1/4 de século, e ainda dou um valor maior para as pessoas do que elas me dão. Estou subordinada á inflação de sentimentos e relações, que cada hora me atribui um valor. Se sou conveniente na hora, se valho mais, chama a Mari. Se valho menos, nah, nem lembramos da Mari. Blz, Fmz. Qualquer pessoa é muito mais que "gosto mais ou gosto menos". Preciso mais, preciso menos. Conto nos dedos as vezes que pessoas chegaram pra mim, nesse ultimo mês em especial que foi terrivel e me perguntou: Mari, como q tá? melhorou, as coisas estão se resolvendo? A Mari fala muita merda mas também tem alguns problemas... Não serve só pra fazer favores ou dar conselhos. Mas enfim, mercadoria não sente e não fala, só serve. "... a paixão não se prende às regras do bom comportamento. Ela não é asséptica nem polida. A paixão é primária e grosseira, ela nos remete a nossa essência feroz e animal. Porque é o que somos quando amamos. Somos Fedras. Somos Medéias." ... "... subúrbios das galáxias. O amor é o que me sabe e o que me sobra. Outro castelo que naufraga... que naufraga como tantos sonhos que a força dos meus sonhos quis transformar em catedrais. Ilusões? Ontem me restavam meia dúzia. Hoje... nada mais..." Mutante Rita Lee - Roberto de Carvalho Juro que não vai doer Se um dia eu roubar O seu anel de brilhantes Afinal de contas dei meu coração E você pôs na estante Como um troféu No meio da bugiganga Você me deixou de tanga Ai de mim que sou romântica! Kiss baby, kiss me baby, kiss me Pena que você não me kiss Não me suicidei por um triz Ai de mim que sou assim! Quando eu me sinto um pouco rejeitada Me dá um nó na garganta Choro até secar a alma de toda mágoa Depois eu passo pra outra Como mutante No fundo sempre sozinho Seguindo o meu caminho Ai de mim que sou romântica! Kiss baby, kiss me baby, kiss me Pena que você não me kiss Não me suicidei por um triz Ai de mim que sou assim!

segunda-feira, 17 de abril de 2006
Dói

Uma vez eu escrevi aqui um post onde eu dizia que eu tinha tido a sorte de um amor tranquilo, com sabor de fruta mordida. Aos que gostam de estatísticas como minha amiga Sue, posso dizer que várias das pessoas que leram o post disseram que eu era uma pessoa de sorte e queriam estar no meu lugar. Quem queria estar no meu lugar, agora? Eu mesma. Eu pensei que jamais fosse sofrer por amor, porque por amor a gente não sofre, a gente é feliz - e eu era feliz. Eu me sentia segura, mas tão segura. O que passou a ocorrer eram duas coisas então. Amor tranquilo e a verdade intranquila do que eu realmente sentia. E me diga, porque sentir se o que se sente é só aquilo que entristece? Eu ainda não tenho a capacidade de esquecer de tudo, passar pra outra, assim como eu não tenho a capacidade de compreender o que leva uma pessoa fazer tão pouco, mas tão pouco das coisas que eu digo e sinto. É tão difícil contar as coisas mais íntimas, é tão difícil levar ao conhecimento do outro tudo aquilo que te corrói, duas violências: vc conta e depois aguenta a completa indiferença. Me digam ainda, o que leva as pessoas agirem assim? Por mais em outra que eu estivesse, eu jamais deixei de me preocupar com as pessoas que eu havia amado, passado pela minha vida. Eu nunca deixei de me perguntar: puxa vida, será que fulano tá bem? Então você gosta, vc constrói e tudo é em vão. Oh sim, a construção pode ser unilateral, mas então tudo era mentira? E eu me sinto cada vez mais culpada por não comandar essa bosta de coração burro da porra, por magoar pessoas que gostam mesmo de mim, que foram de fato boas. Por ainda fechar meus olhos e me deslocar até lugares frios onde eu não gostaria de estar e por ser assim, tão dramática, caralho. Só uma coisa. Na próxima encarnação eu quero nascer sem coração, sem orkut, sem msn e sem memória.

quarta-feira, 5 de abril de 2006

São só garotAs...


Outro dia li no flog da Sue, onde ela comentava uma foto com uma linda menininha de menos de seis anos, que, "ela (a menininha) ainda acredita em cavalo branco". Ilusões da infância, eu sinceramente acho que não. O príncipe, atrelado, óbviamente ao cavalo branco persiste na nossa imaginação anos a fio, por mais que a gente ache que não ou resista. É só isso que explica o nosso despontamento diante de uma patada masculina. As patadas masculinas, para eles, não significam propriamente patadas. "My way" de Frank Sinatra seria mais condizente; eles dizem que "é o jeito deles" e que nós somos "dramáticas". Sentir o mundo dói, dói demais. Eu queria sentir menos, muito menos. Queria olhar as coisas e os objetos sem sentir tanta DRAMATICIDADE. Queria mesmo. Lá venho eu aqui, retomando a idéia de "Brilho eterno de uma mente sem lembrança". Não sei se a faculdade da lembrança é boa ou má, eu só sei que para os que sentem, machuca, e machuca pra caralho. Sabe o que é pior? A lembrança daquilo que vc ainda não viveu, aquela coisa doída do como teria sido. Eu sei caros leitores, os mais assíduos vão perceber que eu retomo uns posts que escrevi ano passado, nessa mesma época. As águas de março fecham o verão mas não varrem da minha vida certas coisas que sinceramente, eu preferia não sentir. Sentimento válido é aquele que te leva a algum lugar, e não assim, que estagna e deixa sem rumo - o coração sem rumo. Não querer sentir essas coisas seria deixar de ser mulher. Não é a figura mitológica do cavalo branco que ferra a nossa vida, o que ferra a nossa vida é ser mulher, é sentir assim, tão profundamente. É pensar pra frente e já conseguir perceber as peculiaridades do momento que nunca aconteceu... Involuntariamente vc vê "a pessoa", planeja toda a sua vida e menos de 30 segundos... Planos, PLANO é uma coisa muito séria. Você faz uma construção do seu destino em frações de tempo que duram o momento do olhar (é, que brega, mas a vida é brega), enquanto para a outra parte vc nada mais é que matéria apalpável. Isso é triste demais. Boca solta (Mi), Grande-pequena (Sue), Teimosa (Jue), Utópica (Néia), Irada (Bianca), Indiferente (Bié), Despachada (Aline), Pequeno Príncipe (Ju), Paciente (Dru), Tati (Quirs), Shopping (Cynthia), Baladeira (Julia), Advogada preferida do Tom (Bel), Artista (Letícia)... As mulheres de até 30 anos que estão na minha vida abrem mão dos seus rótulos quando dizem que querem casar com bolo e champanhe, numa chácara, na praia, vestida de vermelho, vestida de branco, vestida de prenda... Sejam o que forem, nós, mulheres, não paramos de sonhar, e assim então, somos só garotas. Só garotas... Lalalalarararlara O Show de calouros no ônibus tem sido cada vez melhor. Contando agora com o time completo, faltando apenas um Décio Pitinini a volta do busão Balalaica - a flor da Mogiana está impagável. Azar de quem não pega o Busa! Importante pra mim Sábado foi a formatura da Néia. Meu. Conheci a Néia no cursinho e participar de sua formatura foi emocionante. No caminho da ida (infelizmente não pude contar isso a ela), fui me emocionando ao lembrar das noites de Forró, de Limelight, dançando Village People até às 5 da manhã, de choradeira na porta do cursinho, de choradeira já na faculdade, de balada improvisada onde a frase final era sempre "Néia, tá bem, eu vou. Mas traz um salto que eu to de jeans e blusa ligeira"... Néia, me diz: quem é que faz churrasco, vai pra Xel-há direto e ainda arrasa? Heim?Te amo menina, companheira de vida no último! Dia 28/03 foi aniversário do Défi. Daniel Rodrigo, vc sabe que eu ti amo um muitão axim HUAHAUAHUAHAU.... Bjo Zé Boztinha! Num vai de jeito ninhum, véi! Um anjo de candura, uma flor de formosura, completamente salva? Ainda não. I will survive!


sábado, 25 de março de 2006



Letrinhas de música são bregas



Mas o cara fala tudo o que tá acontecendo no momento Deixa Chover Guilherme Arantes Certos dias De chuva Nem é bom sair De casa Agitar É melhor dormir Se você Tentou E não aconteceu Valeu! Infelizmente nem tudo é Exatamente como a gente quer As pessoas Sempre têm Chance de jogar De novo E errar Ver o que convém Receber Alguém No seu coração Ou não! Infelizmente nem tudo é Exatamente como a gente quer Deixa chover Ah ah ahhhhh Deixa a chuva molhar Dentro do peito tem um fogo ardendo Que nunca vai se apagar Deixa chover Ah ah ahhhhh Deixa a chuva molhar Dentro do peito tem um fogo ardendo Que nunca Nada Nada vai apagar Batatinha quando nasce A foto abaixo é da nossa noite de chuva, do dia que tentamos ir pra Cooperativa Brasil, chegamos na Replan em Paulínia, conseguimos finalmente chegar ao nosso destino, mas estando o arraial alagado por causa da chuva, paramos Défi, Jue, Sue e eu, Marie no Aulus pra comer uma singela batatinha. Eita porra de vida .
Às 19:11:18 MaritaPregou este panfleto # envie este texto para um amigo SUBA NO PALANQUE!!! [3]




quarta-feira, 22 de março de 2006



Vida fácil, fácil fácil...



Ser grande e sair para o mundo não está sendo fácil para Marie, 23 anos, recém socióloga. A questão da utopia política já tinha ido há tempos, quando me deparei com o Movimento estudantil da Unicamp, que me fez ter vergonha, vergonha mesmo de um dia ter feito parte do Movimento Secudarista. Tudo o que foi contruído na minha pessoa pela formação dada pela minha mãe está sendo lesado nesses últimos dias. Sociólogo no campo é uma dificuldade sem igual. Eu tento, mas eu tento muito entender a questão de base das crianças pra quem eu dou aula, mas no momento em que sofri uma ameaça (éééé, de um menino de 13 anos no máximo), eu já não consegui mais ser tão compreensiva. Eu parei e fiquei olhando. Pensei em falar de coisas como respeito, ou amor ao próximo, mas calei. Ia parecer bíblico demais para aqueles que já veem no lado marginal da vida uma forma de se fazer importante, o que na verdade significa ser temido. Eu não consegui concordar com os novos moldes da escola pública, eu não consigo. Educação, não, esse NÃO É O OBJETIVO. As escolas agora funcionam (além de serem os feudos de sempre, onde conchavos e panelinhas imperam), como miniaturas de reformatórios. Eles preferem, para não burlar a burocracia, que um Engenheiro Agrônomo dê aulas de História no lugar de um profissional gabaritado (porém não habilitado na delegacia de ensino): a única coisa que importa é que os alunos não fiquem na rua por umas 5 horas, evitando que nesse tempo possam causar estragos na ordem pública. São tratados como deliquentes mesmo, uma vez que a sua educação e formação pessoal não são levadas em conta. O que é levado em conta são os possíveis gastos com IML, limpeza do chão ensanguentado, gasolina da polícia, etc etc. Eu não aguento mais essa máquina podre e hipócrita que é o estado, que tem fins puramente utilitaristas, que não visam o bem estar de ninguém. Eu estou cheia dos servidores públicos que ganham bem e maltratam quem paga os seus salarios, eu não aguento mais a promiscuidade social que assola tudo. Não aguento aquela gentinha do IFCH fazendo militância com dinheiro do papai. Entender o social, as mazelas? É fácil, bem fácil se vc está sentado pesquisando, lendo sobre. O mal da maioria dos sociólogos é a falta de vivência, são na maioria ricos, nunca tiveram que sair pra vida, labutar, brigar. Aí tudo é fácil mesmo. Será que existe vida em Marte? Death: somos marcianos que invadiram a Terra Divas É, nem tudo são pedreiras. Sábado foi a formatura da minha queridíssima amiga Jue, e teve de tudo: boa comida, muito YMCA, namorada ciumenta de amigo querendo pegar na saída, enfim, muito divertido. Só pra constar: Jue, Mie, Marie e Sue na foto abaixo. O que essas meninas representam no momento? Não dá nem pra explicar : -)
Às 19:07:09 MaritaPregou este panfleto # envie este texto para um amigo SUBA NO PALANQUE!!! [4]




quarta-feira, 15 de março de 2006



Ser campineira



Tenho ido dormir todos os dias com um aperto desgraçado no peito. São problemas e mais problemas que só se multiplicam, que eu não consigo resolver e nem posso (alguns até posso, mas eu não tenho tido muita coperação), então, eu tento esquecer, o que é impossível. É dinheiro, é emprego, relação do presente, a relação que foi sem nunca ter sido e por aí vai. A verdade é que hoje, ao descer na Benjamin Constant eu olhei a estátua do Bento Quirino e pensei: esse é o meu lugar! Quando coloquei meus pés no chão me senti protegida, aquela atmosfera de inserção me fez tão bem que poderia ser qualquer coisa, mas o que importava mesmo era que estava eu ali, campineira. Quando eu sou campineira eu me sinto mais bonita. Me sinto parte da princesa sedutora, e assim fico durante o tempo que percorro as calçadas. A luz de Campinas é diferente também. Jamais vou esquecer o momento em que, ao chegar do Rio de Janeiro ás 5 da manhã, abri os olhos e, olhando pra fora, sentindo o cheiro, sorri e sussurei: "agora estou em casa, como é linda a minha menina". Luminosidade que sacia minha vida de coisas boas. Quando estou campineira retomo meu ânimo, e só consigo ser feliz sendo campineira. Fronha
Descrever os momentos que passei no Rio ao lado de Tia Daura, Renato e Lara é uma tarefa impossível. Não se descreve o fantástico. Posso dizer que foram dias em que eu não fui campineira, e mesmo assim fui muito, mas muito feliz. O show dos Stones vai ganhar destaque apenas na descrição da foto, porque o que valeu a pena mesmo foram os minutos e minutos de cumplicidade e carinho que compartilhei com essa gente maravilhosa. O destaque vai para o meu querido amigo, irmão, o meu amor Rê, também conhecido como Said), tantas vezes aqui citado. Não vou falar mais nada, não consigo. Rê, Tia e Lara: amo vocês.
A volta dos que não foram Pois é, não foi.



segunda-feira, 30 de janeiro de 2006
Não gosto de sorvete de creme

Perco tanto tempo pensando na falta de noção das pessoas em não aceitar nossas escolhas. Quando convém, essas mesmas pessoas concordam com elas, mas você pode perceber que é só porque a sua escolha é aquela que não entrará em concorrência com as que q outra parte escolheu. Então, como um jogo, fica bom para os dois lados e vc recebe o tão desejado apoio sem o qual o ser humano não age com segurança. Assim é com a minha profissão, muito embora eu mesma não tenha aceitado muito bem essa minha escolha, que tem promovido um caminho difícil. Ninguém entende, ninguém conhece, ninguém respeita. Meu único medo é perder o respeito por mim mesma. Espero apenas, ansiosa, o período eleitoral para escutar, mais uma vez, o bloco sólido de bogagens que cairá sobre minha cabeça. As pessoas ainda não tem a maturidade suficiente para entender que todos os partidos erram, que quando se é situação a coisa muda de figura e que nada vai me fazer mudar de idéia e de partido. Eu vou votar no PT, e se iss é absurdo, o problema é meu. Vou botar minha estrela, e como faço desde os 16 anos, vou subir a rampa e votar na estrelinha. Quando eu chegar em casa, se na rádio estiver tocando Beatles, eu vou tirar, com certeza se a música não for Ticket to Ride. E se na geladeira tiver sorvete de creme, eu não vou tomar. As pessoas têm que aprender a respeitar de uma vez por todas os diversos pontos de vista e opções (eu inclusive). Vive la diferénce!
Às 23:42:22 MaritaPregou este panfleto # envie este texto para um amigo SUBA NO PALANQUE!!! [2]

segunda-feira, 2 de janeiro de 2006
Pollyanna

Antes de começar a sessão do Chaves, por várias vezes o SBT nos fazia assistir ao filme "Pollianna". Uma oportunidade aos que não leram o livro da menina que joga o "jogo do contente" e faz de sua vida vivível embora tenha sofrido diversas desgraças pessoais. Ela mora num sótão sujo, mas o que importa!? Ela tem um lugar para morar! A tia é uma megera, mas oh, o que tem isso? Ela tem alguém para lhe fazer companhia (aff). Então. O que descobrimos numa conversa via telefone, eu e Bianca, é que também existe uma versão afro para a Pollyanna, ou seja, para que a mensagem do conformismo chegasse a todas as pessoas, de todas as cores, de maneira mais direta. Concluímos que, esse filminho bosta é uma ferramenta imperialista, que ensina que desde cedo temos que nos conformar com as injustiças do mundo, nos resignar e aceitar tudo, achando nosso próprio jogo do contente. Moral da história: nós, os subdesenvolvidos somos todos uns parvos, ou se preferirem, todos polliannos. Presente Presenteei minha irmãzinha com um Guimarães Rosa. Escrevi uma dedicatória, que ela teve a audácia de me perguntar: "aquilo que tá escrito... é Engenheiros?" Sem mais comentários
quarta-feira, 14 de dezembro de 2005

Eu podia ser uma ariranha, ou quem sabe até um baiacu
Léo Jaime

Não, o Pagu não morreu. Em meio a crise política e outras crises, minha luta ideológica (sim, o PT assim como o blog, não morreu!), minha depressão, algumas importantes felicidades; um amor com sabor de fruta mordida, meu pai, minha mãe, minha irmã na USP (pelo menos a prieira fase já foi, estamos confiantes!) e meus alunos fofinhos. O aniversário passou sem que eu viesse aqui escrever a tradicional carta em homenagem a mim mesma. Esse ano não deu vontade. Aliás... Esse ano perdi vários amigos, aquelas pessoas qeu acabam morrendo em vida pra você. Não tem a mesma proposta de vida e nem defendem os mesmos valores, logo... Não fazem mais parte do nosso show. Sem choro, nem vela, apenas não fazem mais parte e . Novos amigos vieram, é verdade. Esperança de que sejam verdadeiros? Claro, existe. Até Berriel está redescobrindo a utopia, haha! Mas sem o depósito de projeções. Se der deu. Se não der, não deu. Podia ser muitas coisas. Ontem descobri que sou uma Cientista Social Bacharalada! Haha! A Sociologia vem dia 20/01, mas sinceramente... engraçadíssimo saber que vc se formou pela diretoria acadêmica! Sim! Para minha surpresa, já havia me formado em uma modalidade q não havia pedido. Blz, melhor para o meu diploma e para os burocratas de merda que analisarão me curriculo daqui pra frente. É, aqueles que não saem de nada, que tem um conhecimento superficial de tudo mas... ESTÃO INSERIDOS NAS GRANDES EMPRESAS E SABEM TUDO DE RECURSOS HUMANOS!!. Não sabem quem foi Marx (aliás, sabem sim, pensam que ele é aquele cara que se vingar a teoria... fará perder seus empregos!). Mas walter Benjamin... Nem cheiro! Discrente sim. Mas RENOVADA. Os amigos, aqueles que eu julgava verdadeiros, se foram. Tarde, tarde. Meu gênio? Esse continua ruim, sim, sou uma pessoa difícil! Yeah! Sou melindrosa, intransigente, caprichosa ás vezes. Mas não me culpem por não ter sido verdadeira. Volto em 2006 com alguns textos baseados em Érico Veríssimo, o patrono do meu mestrado (que virá com certeza em 2006!) Terminando, uso as palavras de minha nova amiga Isabel: Um anjo de candura, uma flor de formosura: completamente salva!
quinta-feira, 4 de agosto de 2005O que eles querem? Eu não entendo mais nada. A situação política está difícil, insustentável, cada vez mais lixo aparece mas isso é comum e já esperado quando instaurada uma CPI. O que não dá pra aguentar é essa urubuzação em cima do mandato do Lula. "Amplia-se a agenda de inaugurações". Puta que o pariu, o que se quer que ele faça? Abaixe as calças de vez e espere que a escória se delicie cada vez mais? Lula tem carisma, e isso desde sempre, que é o que fundamenta e muito, o sucesso do PT num país onde só quem tem grana tem direito ás coisas, e até mesmo no sucesso da formação de um partido. Longe do caudilhismo, ou dentro do caudilhismo sindical, se deu sua liderança, criando força e fazendo a revolução nesse país em 2002. Sua popularidade e carisma é sua arma mais digna. Nada mais natural que usá-la em seu favor nesse momento sombrio. Campanha milionária? E algum candidato lá se elege nesse país sem caneta ou camiseta? Impeachment? Quem vai pra rua pedir? Os filhinhos da classe média que cresceram ouvindo que o Lula era comunista, que ia mudar a cor da bandeira e que comia criancinha? Uma cópia ainda mais ridícula dos carapintada, rebeldes sem causa que vão para as ruas pelo simples fato de ir contra, sem saber o que realmente significa essa ação. Ora, ninguém nesse país se informa ou lê, nem os filhinhos da classe média. O negócio é gritar, achar um Cristo para tudo aquilo que nos oprime, para tudo aquilo que dá errado. Joga bosta no Lula, joga merda no Lula, ele é bom pra malhar, ele é bom de cuspir.