sábado, 1 de setembro de 2007


Sábado, 01 de setembro de 2007



Durante a adolescência, é muito comum termos um diário, onde os meninos da escola e suas patifarias para com a nossa pessoa são as grandes vedetes de uma história banhada de lágrimas e exagero, que a gente só vem achar ridículo uns 20 anos mais tarde, porque sim, vocês sabem, orgulho ferido e diamantes são eternos. Eu mesma demorei dois séculos pra esquecer figuras que hoje eu nem reconhecia na rua, porque devem estar feios e gordos, longe daquela graça que esbanjavam no alto de seus 10 anos de idade.

(Pra quem escrevem aqueles que estão apaixonados?)

Hoje eu quero fazer uma reflexão. E agradecer todos os pelancas que passaram pela minha vida, de coração aberto. Pois, sabemos também, que se um dia gostamos desses caras, é porque uma coisa nos encantou. Só que essa coisa foi ficando pequena diante de todos aqueles defeitos ridículos, tais como se achar o tal, ou olhar pra bunda das gordas que andam empinadinhas nas Titans da vida, ou destratar um garçon, se referir a filme pornô como "filme de foda", ou te pedir em casamento ao mesmo tempo que mantém uma namoradinha adolescente que tem foto de coelhinha no Orkut (patético).

(Eu sei. Para aquele que o sorriso preenche todo um vazio, que faz andar os pés e caminhar a esperança, renovar a vontade).

Porque, se eu gostei (e eu sempre me deixei gostar muito das pessoas, acho incrível a peculiaridade de suas qualidades e fico fudida com o download recessivo de caráter que algumas tem). Eu sempre gostei também de ver a cara de encanto delas quando gostavam de alguma coisa em mim, e como se fincava um estilete no meu orgulho cada vez que essas pessoas avançam a lanterna perspicaz para meus piores defeitos. Uma pessoa que saca seu campo, descobrindo um defeito ou uma faha só pode ser brilhante! Acho que sou uma anti social que admira as pessoas (sim, gostar é uma palavra muito forte).

(A inspiração vem da saudade que já está aqui, e da força motriz que é a espera do reencontro no final da semana).

Em suma, o que quero dizer com essa bla bla bla patético- nostálgico (sic)? Um simples eu te amo às vezes vira nada perto de um eu te amo que é cabeça, pernas, cada fio de cabelo, poro, coração. Acho que a melhor expressão vem a ser: eu te sinto. Porque quando não se pode estar junto o que fica é cheiro, risadas daquilo que foi dito e feito, fechar dos olhos, saber que apesar de 50km, a gente está junto.

(Eu te sinto).

3 comentários:

Michele disse...

adoreiiiiiiiiiiiiiiiii, adoreiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii, adoreiiiiiiiiii, e olha que era pra eu ficar com cimes porque sou sou mulher hein hehe...
Sabe, eu tambem devo dizer que com certeza alguns banhas que passaram pelas nossas vidas foram necessarios para que agora a gente desse mais valor ao que tem...Marita, td isso e so um pedacinho de tudo q vc merece amiga...te amo viu!!!!

Ana Patrícia disse...

Minha inspirada Marie,

sei bem o que é isso tudo, as pelancas que outrora foram nossos dias, noites e sonhos, os diários ridúculos, os perfumes, palavras e mentiras toscas ...

e principalmente o "eu te sinto", de quando vc sabe que toda a tua verdade e teu repouso estão distantes ... sentir é preciso!!

...

Tudo vale a pena, e olhar pra traz nos sentindo melhores hoje, não tem preço nem palavra que defina!!!!!!

:)

Sue Ellen disse...

cada vez desconfio mais do acaso..
as coisas na nossa vida acontecem de uma maneira tão bem definida.. não é possível que nossas vidas e destinos sejam fruto do acaso.
Cada pessoa tem o seu papel.
E como é bom sentir aquelas que vieram pra transformar. Pra fazer parte. Pra invadir.
Muito linda sua declaração.
To torcendo sempre!!

ps.: como é bom voltar a comentar..rss
ps2.: tá lindo o visual do blog. Adorei!

Bjus!!