sábado, 1 de setembro de 2007

sexta-feira, 23 de fevereiro de 2007

Fui pagar um boleto no banco, feliz. Livros, mais livros! Entrou uma mulher e disse: "qual banco aqui foi assaltado"?. Minha resposta foi tão espontânea, disse: "puxa, as pessoas só contam boas notícias!".
Acho incrível a capacidade das pessoas virem despejar merda na nossa orelha. Não almejava ser agora acadêmica. Eu poderia escrever "más notícias", mas é pura merda mesmo. Fazem questão de propagar como um feixe de luz, por aí, tudo de podre oq acontece com os outros, numa tentativa de amenizar seus esgotos individuais. E falam, falam dos outros, acentuam seus erros, JULGAM seus atos, inventam mais desgraça como se já não fosse suficiente... E são incapazes de falarem de suas próprias vidas, de alguma alegria, de alguma coisa boa de fato, porque simplesmente já não se lembram delas.
É quase a mesma coisa dos pseudo-intelectuais, ou pretensiosos, como diria o Rê. Ele se sentam na mesa de um bar e debatem teorias, temas, e até emoções. Meu deus... Emoções. Emoção não cabe num cubículo, não se mede nem se debate. Exploram diversos pontos de vista sobre um assunto que não vai levar ninguém a nada, num jogo incessante de vaidade de "quem é que sabe mais", onde gritinhos inflamados e alteração de vozes querem parecer "uma opinião forte". E falam sobre os outros simplesmente porque também se esqueceram de si, nesse viciante processo de individualidade pra fora. É tanto esforço para parecer "legal", "inteligente" e "simpatico" e impressionar as pessoas, que é impossível desbravar aí, o verdadeiro eu das pessoas.


Blues da Piedade
Agora eu vou cantar pros miseráveis
Que vagam pelo mundo derrotados
Pra essas sementes mal plantadas
Que já nascem com cara de abortadas

Pras pessoas de alma bem pequena
Remoendo pequenos problemas
Querendo sempre aquilo que não têm

Pra quem vê a luz
Mas não ilumina suas minicertezas
Vive contando dinheiro
E não muda quando é lua cheia

Pra quem não sabe amar
Fica esperando
Alguém que caiba no seu sonho
Como varizes que vão aumentando
Como insetos em volta da lâmpada

Vamos pedir piedade
Senhor, piedade
Pra essa gente careta e covarde
Vamos pedir piedade
Senhor, piedade
Lhes dê grandeza e um pouco de coragem

Quero cantar só para as pessoas fracas
Que tão no mundo e perderam a viagem
Quero cantar o blues
Com o pastor e o bumbo na praça

Vamos pedir piedade
Pois há um incêncio sob a chuva rala
Somos iguais em desgraça
Vamos cantar o blues da piedade

Vamos pedir piedade
Senhor, piedade
Pra essa gente careta e covarde
Vamos pedir piedade
Senhor, piedade
Lhes dê grandeza e um pouco de coragem

Cazuza e Frejat

Às 20:12:07 MaritaPregou este panfleto
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sexta-feira, 16 de fevereiro de 2007
Puff








Não é lamentação, não é nada.

Simplesmente acordei magoada na Segunda, mas com a capacidade de seguir em frente normalmente. Sem resqúicios do que afligia, sem nada. Normalmente. Com o anel de lua e estrela no dedo, óculos vermelhos, normal. Apenas magoada.

Agora eu não sinto nada, mas enfim. Acho que me acostumei com o fato de que as pessoas não são iguais. E que, por melhor que isso seja, por melhor que a gente se torne trocando aí tantas experiências e vivências, a falta de empatia de necessidades inerentes não nos deixa de fazer sofrer. Ok, eu acho que me acostumei. Não tinha que ser assim, mas eu me acostumei. Não podia ser assim, mas eu me acostumei. Não vou versar sobre as pessoas que não sabem amar e que mostram q ue tudo foi uma grande mentira, porque eu sou privilegiada nesse aspecto. Falo e recebo eu te amo das pessoas realmente importantes e realmente especiais!. É. Mesmo que meus amigos estejam longe, ah, como é bom ter amigos! Não quero uma "galera". Eu tenho meus amigos, os de verdade permanecem, me dão esporro, me dão abraços, ficam com cara feia quando eu sou turrona e me enchem de beijos sinceros nos reencontros. Como eu já disse, mentira perece, e amizade de verdade, se chama conforto. Deitada num puff.

É estranho. Eu estou estranhamente tranquila, não ligando para a desatenção Buarquiana, não temendo gotas d'agua. Simplesmente porque o feriado se aproxima. Minha irmã passou no vestibular. Voltei estudar... E eu posso descrever as coisas que vão acontecer nesse feriado, sem vivê-las. Não vou contar pra não estragar minha prórpia surpresa.

É muita responsabilidade. São contas pra pagar, dirigir um carro sem ar-condicionado nessas tardes escaldantes. É horário no dermatologista, conversa com a orientadora, carona pra amiga. E qual a roupa que eu vou por sábado?

Fazer as unhas, depilar as pernas, como é chato fazer o pé! Ritual de limpeza de pele, não esquecer do anti-alérgico. Tantas incumbências... Boa aluna, no mínimo 5 no mestrado, as Els que faltam. Boa filha, boa irmã boa amiga, boa de cama, sempre desejável. Essa maldita impressora.

...

...

...

Definitivamente, preciso de um puff.

Eu quero uma casa no campo
Onde eu possa compor muitos rocks rurais
E tenha somente a certeza
Dos amigos do peito e nada mais
Eu quero uma casa no campo
Onde eu possa ficar no tamanho da paz
E tenha somente a certeza
Dos limites do corpo e nada mais
Eu quero carneiros e cabras pastando solenes
No meu jardim
Eu quero o silêncio das línguas cansadas
Eu quero a esperança de óculos
E um filho de cuca legal
Eu quero plantar e colher com a mão
A pimenta e o sal
Eu quero uma casa no campo
Do tamanho ideal, pau-a-pique e sapé
Onde eu possa plantar meus amigos
Meus discos e livros
e nada mais...
(Casa no Campo, Zé Rodrix)

Às 21:47:22 MaritaPregou este panfleto
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Um comentário:

Marie disse...

19.02.2007 | Ah, e aquele apontamento sobre o calor...ótimo...deve ser isso com certeza o motivo de tudo...haha...maldito aquecimento global...rs
Michele Fernanda - micheledasletras@hotmail.com | http://spaces.msn.com/perolasdamimi

19.02.2007 | Marieee!!! Tudo passa né, e como certas pessoas mesmo diziam "Não importa o quanto vc se importe, algumas pessoas simplesmente não se importam" lembra disso?...bem, agora eu entendo bem ela em todos os sentidos. Porém, o que nos resta é pensar que por mais decepções que tenhamos sempre teremos pessoas verdadeiras como a gente ao nosso lado, pessoas que nos amam como somos do fundo do coração, e que não seriam capazes de nos fazer ou desejar o mínimo dos males. Pro resto eu te digo uma coisa: Tempo...ele dá um jeito né...e bem, vou procurar pensar em outro símbolo pra gente ok!? E a vida continua e como eu coloquei no blog lá: pedras no caminho, guardo todas. Um dia construirei um castelo com todas elas.
Michele Fernanda - micheledasletras@hotmail.com | http://spaces.msn.com/perolasdamimi

27.02.2007 | Nossa, parece que esse negócio de falar uma coisa e pensar outra tá bem perto da gente né...odeio isso...odeio a hipocrisia da nossa sociedade.
Michele Fernanda - micheledasletras@hotmail.com | http://spaces.msn.com/perolasdamimi

23.02.2007 | Bem legal, ainda mais num país onde as classes mais altas (média e elite) são totalmente burras, deseducadas e despolitizadas. Tenho parentes que falam mal do Lula (não estudou e virou presidente) e, ao mesmo tempo, fizeram uma facu de merda e mantêm emprego às custas dos pais. A propósito, quando em bares ou rodas, odeio quem fale alto e, PIOR, fique socando a mesa para parecer convincente. Parabéns pelo texto. João
João - jotamelo2000@yahoo.com.br | http://naotem.blogspot.com