terça-feira, 30 de outubro de 2007





Ali pelas 9hs, acordo. Ligo o computador, abro os e-mails, mando um alô pra Gilda, confiro se o Rê tá on line e verifico de a Mie está bem lá nos States. Às vezes tem um scrap do Renato do Rio, que eu respondo. Agora ele é marxista. Tomo meu remédio, pego a Picchi no colo, beijo minha mãe e minha irmã, tomo café, arrumo meu quarto e vou conferindo os e-mails que vão chegando. Nunca nada importante.


É tudo tão normal, se não fossem os sentimentos que rodeiam tudo isso. Preocupação com a pesquisa, amor, saudade, fofura, felicidade, medo, perseverança e vontade. Tudo isso antes e durante o café da manhã.


Outro dia encostei a cabeça no onibus e fui, quase dormindo, escutando um sambinha. E aí eu pensei no quanto a gente discute e se irrita com as pessoas mais próximas. Quando ouvi João Nogueira eu não pude de pensar que nada seria igual sem essas presenças irritantes. Tudo que irrita é porque toca. E se toca, é porque importa.


A maior parte do tempo me vejo num mau humor inexplicável. É o cansaço do corpo, é a moleza do calor e os compromissos de todos os dias. Sábado quando o Re chegou eu estava num desses estados Gremilin aí. Quando eu saí do banho e a gente se viu, ele me deu um beij tão gostoso que revigorou, naquele momento, toda e qualquer vontade de que tudo, a partir dali, fosse tão bom quanto.


Hoje acordei com sentimento especial. Acordei com saudade. Saudade das minhas idas de pijama até a casa da Mie e de todas as vezes que eu morri de vergonha quando a irmã dela aparecia na sala e eu tava lá de calça de bolinhas e blusa listrada e chinelo havaiana cor-de-rosa. Saudade das piadas sobre a calabresa do Marchesini. Do Calipso dançado freneticamente no estacionamento do restaurante. De todas as vezes que a gente jurou em jogar merda no feudo. E também com as promessas de jogar sabão em pó na fonte. Em todas as vezes que juramos vingança, no maior estilo Scarlett O'Hara. De todas as vezes que eu parava com o carro no portão da casa dela e a gente ainda ficava quase uma hora dentro do carro, confabulando. Da maionese roubada. Acordei com saudade, enfim, de um todo formado por três.




5 comentários:

Michele disse...

maritaaaa....sabão em pó na fonte...meu, pq não fizemos isso...hehe...é mto legal lembrar de tudo isso...e é mto verdade né, sempre acabamos discutindo com quem está mais próximo da gente, e no entanto acabamos sempre nos esquecendo de falar mtas vezes o qto amamos essas pessoas...te amo marita!!!te amo!!! te amo!!! vc faz parte da minha vida...se arrancar fica um buraco no coração...bjos!!!

Anônimo disse...

UAHUahuHAUa, que bunitinhu =D

Lendo isto, me vieram a cabeça tremendas outras confabulações. 20 anos de traquinagens, choros e sorrisos... é, às vezes parecem que eram simplesmente coisas bobas. talvez fossem mesmo. Mas dá uma saudade, cara... uma saudade...

bjos!!

Sue Ellen disse...

eu tb quero, tudo igualzinho! :)

Anônimo disse...

Lindo, Marie! "na vida tudo o que precisamos é comida e amigos", escutei outro dia, achei bonito, e concordei ... mas acrescento: comida, amigos e livros.

Pra mim tá bom!

Beijos, moça!

Unknown disse...

Vc falou uma coisa mais q certa nesse post... O q seria das nossas vidas sem as pessoas irritantes... totalmente sem graça.
Adoro seus posts Mary, adoro o Pagu.
Bjos