quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Sabe Drummond. Viver dói. Dói demais, cara. Dói, porque olha, só, pra começar o livro que tem esse poema, quem me deu foi o Marcos. Eu acho que o Marcos é minha alma gêmea, Drummond. ele foi me se declarar pra mim depois de casado e com filho. E, não. Não sofro por uma promessa não cumprida, até porque não é sentimento que me diz isso. É maturidade do viver e do passar dos anos. Não é o amor, nunca amei Marcos, que ama Marie, que ama... Viver dói, Drummond.
Não há projeção não realizada pra uma pessoa tão imprudente como eu, Drummond. Eu gasto economicamente e emocionalmente o que não tenho. É tudo por aqui tão intenso que meu peito dói não necessariamente de amor. Eu perco folêgo, e não por falta de ar. O zodíaco talvez tenha a sua parcela de culpa, Drummond, mas, olha... A permanência daquilo de bom que foi vivido me dói mais do que a dor do que foi ruim e aconteceu.
E olha amigo, de tudo em mim que é sofrimento advém do amor que eu dei, do tanto que eu me doei, da relutância em ser egoísta nas opções. No tanto que eu me arrisco pelos outros e na conclusão certeira de que ninguém fez o mesmo por mim. Se aí reside meu egoísmo, explicado o sofrimento? Acho injusto, Drummond. O sofrimento não é opcional. Viver dói.

Um comentário:

Cleo disse...

Sofrer não é opcional, mas está implícito em alguns atos de nossa vida...